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sábado, 25 de agosto de 2007

A RAINHA BOUDICCA E A REBELIÃO DOS ICENOS


Copyright 1996-2002 S.Wilson
dos textos sobre a rebelião do icenos em 60 e.c. escritos por Tacitus e Dio Casius
PARTE 1
Boudicca,conhecida pelos romanos Boadicea, nasceu por volta de 30 e.c.

Pouco ou nada sabe-se sobre sua origem, muitos acreditam até que seu nome não seja esse mas sim que ela tenha sido chamada de Boudiga, uma deusa celta de vitória, por seus seguidores.
Boudicca uniu-se a realeza ícena no sudeste da Bretanha acredita-se por volta de 48e.c. e gerou 2 crianças que eram adolescentes a época da morte de seu pai por doença em 60-61 e.c. Depois de sua morte, sucederam-se uma série de ataques surpresas e rustilidades á ela e suas filhas que levaram os Icenos a sua rebelião liderada pela rainha contendo 100 mil ou mais homens, deixando um espinho permanente entranhado no império romano.
A coisa que os romanos mais odiavam era o aterrorizante espírito de guerra dos Celtas e especialmente o fato de suas mulheres lutarem ao lado dos homens,e possuírem indistintas forças e honra.Diodorus Siculus escreveu:
"As mulheres gaulesas são altas como homens, e são rivais na coragem"
"a luta não tem perdido tantas forças femininas quanto masculinas.. .as mulheres atacam com espadas e machados na direção de seus oponentes soltando berros horrendos ".
Por ser a líder da rebelião uma mulher, Roma se sentiu especialmente ultrajada e constrangida.
Prasutagus, marido de Boudicca,era o mais querido dos reis Icenos quando Roma retornou em 43 e.c. sob comando de Claudius que se tornou oficial depois do assassinato do horrível Caligula para prevenir
que todo o império se rebelasse.Claudius, depois de analisar as falhas de Caligula e as empreendidas de César e etc enviou um destacamento de 60 mil tropas para tomar e colonizar a ilha.
Nesse caso, os Icenos foram submetidos em 43a.e.c. e Prasutagus para garantir os provimentos de seu povos concordou em ser freguês (client-rule) de Roma e aceitar os romanos como seus benfeitores desde que continuasse a liderar seu povo e suas terras.
Roma estendeu à todos eles educação, proteção militar, fundação de estado assim como servos e suserania. Calgacus, líder dos Caledônios, que liderou a rebelião uns 20 anos depois de Boudicca disse: "Eles criaram uma desolação e chamaram isso de paz (pax romana)". Muitos líderes do sul e do oeste seguiram o exemplo de Pratusagus na Bretanha, mas no Oeste, os Galeses só se renderam após 30 anos de guerra violenta.E quanto mais ao Norte iam os Romanos, mais eles encontravam rebeliões.
Após se casar com Prasutagus em 48-49 a.e.c., ela tornou -se rainha dos iCENOS. Boudicca se tornou regente. Quando morreu, Prasutagus deixou terras, dinheiro e posses pessoais para o imperador,que na época era demente: Nero, que o havia declarado como freguês em débito com Roma.
Ele também deixou dotes para as mulheres e filhas não só para assegurar o dote de seus futuros esposos, mas para assegurar que o pagamento de taxas e atributos romanos fossem pagos durante certo tempo. Assim acertado, Prasutagus morreu sem preocupações.
Logo após a morte de Prasutagus representantes do chefe de finanças da Bretanha e Procurador Catus Decianus, foram imediatamente despachados para sitiar as propriedades dele. Em Roma era ilegal ceder sua riqueza pessoal a outras pessoas sem aprovação ou mesmo iniciativa do império.
Prasutagus no entanto acreditou que seu grande sacrifício pelos romanos poderia fazê-los permitir a doação de dinheiro e posses para suas filhas,que na verdade eram as herdeiras de todo seu reino.Acreditou, enfim, que os romanos tivessem um pouco de honra.
Sobre esse assunto disse Tacitus:
"Prasuagus, Rei dos Icenos, famoso por sua vasta prosperidade, fez o império seu herdeiro assim como suas duas filhas, com o pensamento de que essa submissão poderia pôr seu reino e sua casa fora do alcance de errantes.
Mas as coisas não funcionam
dessa maneira."
Logo após a morte de Prasutagus representantes do chefe de finanças da Bretanha e Procurador Catus Decianus, foram imediatamente despachados para sitiar as propriedades dele. Em Roma era ilegal ceder sua riqueza pessoal a outras pessoas sem aprovação ou mesmo iniciativa do império.
Prasutagus no entanto acreditou que seu grande sacrifício pelos romanos poderia fazê-los permitir a doação de dinheiro e posses para suas filhas,que na verdade eram as herdeiras de todo seu reino.Acreditou, enfim, que os romanos tivessem um pouco de honra.
Sobre esse assunto disse Tacitus:
"Prasuagus, Rei dos Icenos, famoso por sua vasta prosperidade, fez o império seu herdeiro assim como suas duas filhas, com o pensamento de que essa submissão poderia pôr seu reino e sua casa fora do alcance de errantes.
Mas as coisas não funcionam
dessa maneira."
Num sítio devastado, os nobres Icenos foram forçados a fazerem suas propriedades que eram suas por hereditariedade, propriedades de Roma, suas casas foram saqueadas e destruídas e seus familiares humiilhados, maltratados e vendidos como escravos. Em meio a variados ultrajes, Roma repentinamente cobrou-lhes um reembolso imediato das somas em dinheiro doadas pela opulenta vida romana na corte Icena.
Os fundos para pagar esses"empréstimos" não foram avaliados e tudo foi declarado propriedade de Nero.
Boudicca mesma foi responsabilizada por todos os débitos em sua regência. Ela não podia pagar e Roma aplicou a ela o que os tão nobres e civilizados romanos chamavam de "Lei Romana". Ela foi levada como refém, desnudada e espancada em público, enquanto suas filhas eram estupradas por soldados romanos. Nenhum crime contra Roma foi imputado, senão a morte de Prasutagus e a distribuição de seus bens e de suas filhas.

Boudicca recuperou suas filhas após o assalto e voltou à seu povo. Nessa ocasião, pequenas rebeliões continuavam a acontecer nas áreas sul habitadas pelos Trinovantes entre outros, que estavam libertando seus homens.
Essas tribos que jamais se renderam à Roma ganharam força depois do ultraje Iceno.

Na Ilha de Mona (Anglesey), o governador Suetonius Paulinus estava no meio de acabar com rebeldes que tinham escapado para lá procurando segurança e profecia dos druidas que habitavam a ilha em paz, quando a rebelião apenas começara, a trezentas milhas dali, ele tinha acabado de aniquilar os santuários da ilha e chacinado seus habitantes.

Boudicca, acredita-se, ter reunido um exército de mais de cem mil homens enquanto liderou seu primeiro ataque a colônia Camulodunum (Colchester) , uma colonia de oficiais romanos aposentados e suas famílias.Nessa cidade,rebeldes asseguravam que o ataque acontecesse sem problemas ou perigos.
A batalha durou poucos dias, o que foi suficiente para mensageiros fugirem para Londinium (Londres) para avisar o imperador.Sua resposta foi despachar 200 homens que foram rapidamente engolidos pelos Celtas.Os veteranos romanos agüentaram por dois dias trancados dentro de seu templo.Como pastores agora, eles estavam despreparados para defenderem sequer suas própria vidas.A cidade foi devastada,incendiad a e seus habitantes foram assassinados violentamente.

A IX Legion Hispana, liderada por Petilius Cerialis, foi despachada para Camulodunum para seu acampamento a 80 milhas ao Norte.Eles rapidamente marcharam com menos de 5 mil homens mas foram capturados numa emboscada de um destacamento que os esperava ao norte de Camulodunum. Cada soldadinho foi derrubado enquanto a marcha de Boudicca seguia. Com as novas notícias da revolta, o bravo romano Procurados Decianus fugiu do quartel administrativo levando consigo todo seu igualmente bravo pessoal, deixando a Bretanha sem administração.

Suetonius nessa hora marchava próximo a Londres e inspecionou a cidade com destacamento. Ele tinha de alguma forma sabido da chegada de Boudicca de Camulodunum, seis milhas dali,de modo que ele havia marchado com sua legião inteira, mais de 250 milhas esperando encontrar a cidade em ruínas.
Nesse momento histórico, Londres era uma cidade de florescentes negócios e um mercado com mais de 330 acres de terra e não uma fortificação particular de militares.E negócios eram negócios e 30 mil colonizadores, romanos ou não moravam ali e ao redor dali, e chamavam-na de lar.

Suetonius chegou a tempo mas abandonou-a rapidamente, sabendo que não haveria defesa.Tacitus descreveu a cena em seus anais:"Ele decidiu sacrificar uma cidade para salvar toda a situação.Para aqueles que oravam e choravam implorando ajuda, ele fez sinal para saírem, levando em sua legião qualquer um que pudesse seguí-los.Aqueles que eram impróprios para guerra por causa de seu sexo, por serem muito velhos,ou muito apegados ao local para deixarem-no foram abatidos pelo inimigo."
Suetonius abandonou Londinium e as forças de Boodicca chegaram logo após suapartida, e demoliram a cidade.Cassius Dio descreveu mais vivamente que Tacitus a cena da carnificina que acontecera aos colonizadores depois da saída de Suetonius: "Aqueles que levados como reféns pelos bretãos foram submetidos a toda espécie de ultraje. A pior atrocidade bestial cometida pelos seqüestradores é a seguinte:Eles enforcam as mais nobres e distintas mulheres e então cortam seus seios e os fixam em suas bocas de modo que as vítimas parecem estarem se comendo.Daí eles espetam as vítimas em espetos afiados que correm seus corpos inteiros verticalmente"
Londinium foi incendiada de modo tão intenso que seus restos fundiram-se numa camada de argila vermelha de dez polegadas que ainda estão a 15 pés abaixo das modernas ruas de Londres.

Após deixar Londres,Boudicca voltou-se para noroeste, em direção a Verulamium(St. Albans), uma cidade desprezível,menos povoada que Camulodunum, mas totalmente composta por bretões simpatizantes das leis romanas.Suetonius
agora convocara a II Legion Augusta do sudoeste agir com a sua legião nas planícies,mas até dado momento eles não haviam aparecido, tendo sido restabelecidas a seu comandante Poenius Postumus.
Sem ele,Suetonius rapidamente juntou 10 mil homens do destacamento que acompanhou em Mona e os melhorzinhos da região que pudessem chegar rápido.Dio estimava que os rebeldes agora somassem mais de 200 mil.Diz Tacitus:Cerca de 70 mil cidadãos e aliados falharam no lugar que eu havia mencionado.Nã o por serem feitos prisioneiros e vendidos como escravos, ou nenhum outro escambo de guerra que o inimigo foi que eles se curvaram, mas sim pela chacina,pela forca, pelo fogo e pela aflição,por homens que logo pagarão as falhas, enquanto se agarram a essa vingança instantânea.
A Batalha Final

Os Verulamianos receberam as direções de Boudica bem antes dela deixar Londres.
Antes da chegada dela a cidade, os habitantes em sua maioria já tinham evacuado a cidade com seus pertences.Ainda assim o exército cruzou a cidade e a incinerou como fez com as demais,acabando assim com as vidas daqueles que se recusaram a sair.Para completar o ataque,Boudicca teve ainda mais uma chance de atacar Suetonius enquanto suas tropas estavam se aglomerando, mas ela não o fez.

Não se sabe exatamente onde ela ocorreu.Acredita- se porém ter sido nas planícies do oeste.
Assim como aliados para a batalha final se juntavam, se juntavam a eles suas famílias bretãs,na base da arena onde Boudicca reunia sua horda.Mães e pais, avós e avôs, crianças e bebês,os animais da criação,jarras enchidas através da pilhagem e itens pessoais aguardavam o reino desejado de segurança para desfrutar,aclamar e aplaudir a vitória que eles estavam certos de terem conseguido.Os bretões devem ter acreditado que as chances da vitória eram definitivamente altas
e que a liberdade estava quase ao alcance.
Por que suas famílias estavam lá com todas as coisas trazidas para a guerra?
Alguns acreditam que não era para manter seus bens fora das mãos romanas enquanto outros acham que era questão de ego.Outros acreditam que era uma tática usada para atrasar os romanos evitando que eles avançassem completamente, deixando mulheres, crianças e velhos serem mortos e saques valiosos serem destruídos (se fosse dentre os romanos,esse pensamento até que faria sentido...).
As das forças se encontraram no campo e se prepararam para a batalha. A própria Boudiccaé descrita nessa batalha final por Tacitus como estando "cansada e injuriada,vestida no tartan de seu clã e armada até os dentes. Seu aspecto é aterrorizante. "
Costumeiramente, os Celtas se reuniam com tambores, flautas, e gritos, muitos vestiam o tartan de seus clãs, muitos não se vestiam como era costume de guerra,e exibiam suas lanças, espadas, ou armas roubadas.Suas peles eram pintadas de azul para amedrontar os inimigos mais conservadores.
Pode-se imaginar a reação dos treinados soldados romanos, em muito menor número, mais baixos e franzinos em relação aos Celtas,em frente a tal linha de combate. Certamente os comandantes perdiam um tempo considerável convencendo- os de que a batalha poderia ser ganha.
Boudicca fez um discurso final e então deu comando para o início da batalha.
Os romanos por sua vez, ficaram parados numa massa de soldados, seus escudos acima deles para criar um teto protetor contra os bretões. Nessa hora, o "inimigo" estava com raiva, Suetonius deu a ordem: a formação fez um formado circular e uma gama de lanças pesadas caiu sobre os bretões. Depois das lanças vieram ondas da infantaria auxiliar, seguidas por ondas de infantaria romana.
A massa de bretões adiantados estava morta e o caos estava montado na traseira dos bretões para onde a cavalaria seguiu atacando pelos lados, emboscando-os contra o campo dos mortos ,o lugar onde os bretões eram mais sensíveis, no lugar onde estavam seus familiares assentados em suas carroças, eles os arremessavam contra seus próprios familiares e completavam a chacina.
Alguns escaparam, muitos morreram. E apesar dessa grande rebelião ter acabado, dalí muitas rebeliões separadas continuaram a acontecer por certo tempo.
Tradicionalmente conta-se que Boudicca sobreviveu à batalha final só para voltar à sua casa e tomar veneno.
É extremamente improvável que Nero tenha tido clemência em seu caso, ou no caso de suas filhas que teriam de explicar porque se desviaram na história para o lado de sua mãe. Se Boudicca sobreviveu e foi capturada, ela seria o troféu da parada do triunfo de Suetonius em Roma e tratada com indescritível horror e por fim executada na arena. Cassius Dio escreveu que os bretões deram a Boudicca um rico enterro, apropriado a uma Rainha e heroína Celta.

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