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sábado, 23 de agosto de 2014

Kali – A Deusa da Transformação



Kali – A Deusa da Transformação
À medida que a Divindade escolhida adorado por Paramahansa Ramakrishna, um dos mais conhecidos mestres modernos dentro da tradição hindu, Kali é um dos mais comumente conhecido de deusas hindus, mas ainda não bem compreendida. No entanto, muito do que nós admiramos em Ramakrishna – o seu amor, felicidade e espírito universal – é Kali presente para nós por meio dele. Através dele Kali já entregou-nos a sua mensagem para a idade moderna.
Tempo é vida. Vida é a nossa movimento no tempo. Através da nossa própria força vital ou Prana vivenciamos o tempo. Kali como o tempo é Prana ou força vital. Kali ou a Mãe Divina é a nossa vida. Ela é o poder secreto por trás do funcionamento dos sistemas do nosso corpo e energia vital. Só através dela que vivemos, e é sua inteligência que lhe dá uma ordem tão maravilhoso para o corpo.
Kali é o amor que existe no coração da vida, que é a vida imortal que perdura através da vida e da morte. Manter a consciência da natureza eterna da vida através dos ciclos de nascimento e morte é outra de suas abordagens de meditação. A verdade é que nunca a nossa alma, nossa aspiração em direção ao Divino, que é o nosso eterno amor, morreu e nunca morrerá. Ser consciente de que a aspiração permanente é morrer para as coisas da mente e dos sentidos, e vir a conhecer a vida cósmica e divina graça.
Kali nos concede a vida eterna. No entanto, a vida eterna tem um preço. Só o que é imortal pode ser imortal, como nada pode mudar sua própria natureza. O mortal e transitório devem passar longe. Para ganhar a eternidade que é Kali, a nossa natureza mortal deve ser sacrificado. Assim, Kali aparece assustador e destrutivo para a visão comum.
Kali como o poder da morte e negação é o Nirvana, o estado da dissolução do desejo. Ela funciona para apagar todos os nossos desejos e anseios e fundir-nos no campo nirvânico, o reino do incriado, por nascer, e não manifesto. Kali desenvolve formas apenas para nos levar para além da forma. Quando sua força desperta dentro de nós, ela trabalha para quebrar todas as limitações e anexos, para que possamos transcender todo o campo do conhecido.
Kali é o poder de ação ou de transformação (Kriya-shakti). Através do tempo e fôlego todas as coisas são realizadas. Mas o que ela realiza não é uma mera ação exterior. Ela realiza o trabalho espiritual de nosso renascimento na consciência pura. Para isso, ela cria a energia e faz o trabalho se render a sua força.
Kali significa beleza. A raiz kal, desde que o nome vem, significa “contar”, “à medida”, ou “pôr em movimento”, daí o “tempo”. Também se refere ao que é bem-formado ou medida fora, beleza daqui. O próprio tempo tem um movimento, um ritmo, uma dança que é a base de toda a beleza. Este é também o ritmo da força de vida, que permite o movimento.
Kali é de cor azul escura e usa uma guirlanda de crânios. Ela tem a sua longa língua de fora e está rindo. Às vezes, em vez de uma língua que ela tem duas presas. Kali tem quatro braços e quatro mãos e tem um helicóptero cabeça com uma mão e uma cabeça decepada de sangue pingando com o outro. Com as outras duas mãos, ela faz os mudras de conceder favores e dissipar o medo. Ela veste uma saia feita de braços humanos. Kali é retratada como dançar em um campo de cremação e caminhando sobre um cadáver (que é a forma do Senhor Shiva).

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ankh


 

 

"...o plano dos grandes edifícios religiosos da Idade Média, pela junção de uma abside semicircular ou elíptica ligada ao coro, adota a forma do signo hierático egípcio da cruz de argola, que se lê ank e designa a Vida Universal oculta nas coisas... Por outro lado, o equivalente hermético do signo ank é o emblema de Vênus ou Cypris (a impura)..."

(O Mistério das Catedrais – Fulcanelli)

 

O que é Ankh?

O Ankh é um símbolo que significa, entre outros, a imortalidade. É encontrado nas gravuras e hieróglifos a partir da 5ª Dinastia egípcia, principalmente nos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. Além de obeliscos, túmulos e murais.

No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro de Vida. Na tumba de Tutankhamon, foi encontrado um porta-espelho na forma de Ankh, já que a palavra egípcia para espelho também é Ankh. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.

No Ocidente, o Ankh é conhecido como Cruz Egípcia ou Cruz Ansata. Esta segunda denominação tem origem na palavra latina Ansa, que significa Asa. Além destas, o encontramos como Chave do Nilo (ou da vida), Cruz da Vida ou simplesmente Cruz Ankh.

Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não é correto, pois os egípcios da Antigüidade desconheciam a fechadura. Portanto, não seria possível associá-lo a uma chave.

Anatomia

A forma do Ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.

Cultura & Simbolismo

Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o Ankh (por sua semelhança a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.

No final do século XIX, o Ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam; além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60. É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. O Ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associado aos Vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente, o ciclo vital da natureza.

Desse modo, vemos que o Ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado há várias culturas diferentes. Mesmo assim, lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem sua origem e significados reais; associando este símbolo, erroneamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.

spectrumgothic

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Xamanismo




Xamanismo

O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, supostas metamorfoses e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos, etc.

A palavra xamã vem do russo - tungue saman - e corresponde à práticas dos povos não budistas das regiões asiáticas e árticas especialmente a Sibéria (região centro norte da Ásia). Apesar, como assinala Mircea Eliade da especificidade dessas práticas na região (em especial as técnicas do êxtase dos tungues, Iacutes, mongóis, turco-tártaros etc.), não existe, contudo origem histórica ou geográfica para o xamanismo como conhecido hoje, tampouco algum princípio unificador. Outros nomes para sua tradução seriam feiticeiros, médico-feiticeiros, magos, curandeiros e pajés.

Antropólogos discutem ainda na definição xamanismo a experiência biopsicossocial do transe e êxtase religioso, bem como as implicações sociais da definição do xamanismo como fato social. É considerado uma tradição equivalente à magia enquanto prática individualizada relacionada aos problemas e técnicas e ciência da sobrevivência cotidiana (agricultura, caça, medicina, etc.) ou ao fenômeno religioso, abstrato, coletivo, normatizador.



Xamã

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que geralmente entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes incomuns, invocando espíritos, plantas etc., através de objetos rituais, do próprio corpo ou do corpo de assistentes e pacientes. A comunicação com estes aspectos sutis da vida pode se processar através de estados alterados de consciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor, danças e até ervas enteógenas.

As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o xamã pode ser homem ou mulher, a depender da cultura, e muitas vezes há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação. Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.

O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.


De acordo com Eliade (o.c.), entre os manchus e os tungues da Manchúria a tradição dos dons xamânicos costuma ser feita de avô para neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, isso no caso dos amba saman (xamãs do clã). Os xamãs independentes seguem a sua própria vocação. O reconhecimento como xamã só pode ser feito pela comunidade inteira depois de uma prova iniciática. Ainda segundo esse autor das referências a distúrbios psicológicos (especialmente no processo de formação) o ideal iacuto de um xamã é: um homem sério, que sabe convencer os que estão à sua volta, não presunçoso nem colérico. Entre os kazak-quirguizes o baqça, guardião das tradições religiosas é também cantor, poeta, músico, adivinho, sacerdote e médico.

Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou experiência de possessão o xamã é confundido com indivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadel e de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss afirma que …existe uma relação entre os distúrbios patológicos e as condutas xamanísticas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que na necessidade de definir os distúrbios patológicos em função das condutas xamanísticas… afirma ainda, baseado em estudos comparativos, que a frequência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem xamanismo e que xamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas, por outro canalizando-as e estabilizando-as.


Xamanismo no Brasil


O xamanismo é constante em diversas manifestações indígenas brasileiras. A palavra "pajé", de origem Tupi, se popularizou na literatura de língua portuguesa em referência ao xamã. Seu estudo, descrições de caso e comparação, tem sido recomendado para facilitar a implementação de práticas de assistência à saúde culturalmente adequadas no Brasil a cerca de 4.000 índios pertencentes a 210 povos sob a responsabilidade da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde desde agosto de 1999
Xamanismo ou Pajelança – Comunicação com os encantados e entidades ancestrais através de cânticos, danças assim como nos índios Guarani Kaiová e utilização de instrumentos musicais (maracá, zunidores) para captura e afastamento de espíritos malignos tipo mamaés, anhangás. Há também a utilização do jejum, restrições dietéticas, reclusão do doente, além de uma série de práticas terapêuticas que incluem: o uso do tabaco (o pajé fuma grandes cachimbos) e outras plantas psicoativas, aplicação de calor e defumação, massagens, fricções, extração da doença por sucção/ vômito, escarificação no tórax e locais inflamados com bico, dentes de animais ou fragmentos de cristais.

No Brasil rural e urbano, apesar da tradição multiétnica dos ameríndios, observa-se a presença dessas práticas médicas-religiosas em comunhão com rituais católicos e espiritualistas de origem africana. Esse xamanismo é conhecido em algumas regiões como pajelança cabocla, culto aos encantados, toré, catimbó, candomblé de caboclo, em rituais de umbanda, culto a Jurema sagrada.


Atualmente no Brasil existem várias vertentes de neo-xamanismo ou xamanismo urbano, entre estas linhas diversos grupos se reúnem para estudar e trocar conhecimentos sobre o tema.

O Xamanismo, ou como conhecemos (índios) costumavam se obliterar em cavernas, matas virgens, além de florestas, os rituais com seiva de animais mortos era um costume tanto quanto normal, o Xamanismo vem desde a existência brasileira, e com isso, tem suas apresentações, coloniais realizadas apenas entre eles, e a diferenciação, de raças.

Uso de plantas psicoativas

Como foi dito algumas práticas xamânicas são marcadas pelo uso de elementos extraídos de fontes naturais que levam o indivíduo a entrar em estados modificados de consciência denominados transe ou êxtase. Esses produtos, tem característica da presença de substancias psicoativas ou enteógenos. Para entender o efeito de tais substâncias não basta analisar a composição molecular e efeito bioquímico, é necessário situar-se no contexto (set) de utilização as expectativas e formas de uso da substância incluindo os mitos ou crenças a seu respeito.


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