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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Timidez





Timidez

A timidez ou o acanhamento pode ser definida como o desconforto e a inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e profissionais de quem a sofre. Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. A timidez aflora geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interação com algumas pessoas: contato com estranhos e ao falar diante de grupos - e até mesmo em ambiente familiar.

A timidez é um padrão de comportamento em que a pessoa não exprime (ou exprime pouco) seus pensamentos e sentimentos e não interage ativamente. Embora não comprometa de forma significativa a realização pessoal, constitui-se em fator de empobrecimento da qualidade de vida. Deste ponto de vista, a timidez não pode ser considerada um transtorno mental.

Aliás, quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afetados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade como um todo, ou micro-sociedades.

A timidez funciona ainda como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude de cautela e buscar a resposta adequada para a situação.

Tipos de timidez

Existem três tipos de timidez:
  • Timidez situacional: a inibição se manifesta em ocasiões específicas, e portanto o prejuízo é localizado (por exemplo: a pessoa interage bem com a autoridade e pessoas do sexo oposto, mas sente vergonha de falar em público);
 
  • Timidez crônica: a inibição se manifesta em todas as formas de convívio social. A pessoa não consegue fazer amigos e falar com estranhos, intimida-se diante da autoridade, tem medo de falar em público etc.
 
  • Timidez ´´proposital``: um termo designado a misantropia.Neste caso a timidez vira um ``Sociopatismo enrustido``.Seria um radicalismo na timidez, `isolação social é pouco`.Um tímido legítimo tem vergonha de si mesmo, um misantropo tem vergonha da sociedade e por isso não se socializa. Alguns misantropos querem ser anti sociáveis, então tenha sempre paciência ao conhecer algum.

Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, se refere ainda a outra espécie de tímido, aquele que não teme o relacionamento social, simplesmente prefere estar só, sentindo-se mais confortável com suas ideias e com seus objetos inanimados do que com outras pessoas. Esta seria a pessoa comumente chamada de introvertida, que tem muitos pontos em comum com o tímido e se torna vulnerável a transtornos de ansiedade.


Evolução

Adultos tímidos foram crianças tímidas ou adolescentes tímidos. Já adolescentes tímidos não foram necessariamente crianças tímidas. No entanto, ter um temperamento tímido na infância ou na adolescência não torna inevitável que alguém seja tímido por toda a vida.

Infância

Algumas crianças nascem com pre-disposição a serem tímidas, assim como outras têm predisposição para se tornarem hiperativas ou calmas. Mas, se uma criança com tal predisposição genética encontrar um ambiente propício para a timidez se desenvolver, isso certamente ocorrerá.

Não há unanimidade entre os estudiosos sobre quais sejam as causas da timidez na infância, variando as opiniões de acordo com a corrente doutrinária adotada por cada profissional.

O psicoterapeuta Ruy Miranda aponta que o papel dos pais é decisivo neste processo e a timidez certamente desenvolverá se um ou ambos os pais: a) forem eles próprios tímidos – a percepção depreciada de si mesmo é transferida para o filho; b) forem muito agressivos – o filho passa a perceber os outros como potencialmente hostis; c) submeterem o filho a constantes críticas ou humilhações silenciosas ou públicas – a auto-estima do filho é comprometida; d) criem problemas familiares que causem vergonha – se o pai bebe ou leva uma vida desregrada a criança ou o jovem pode carregar esta vergonha como parte de sua vida; o mesmo problema ocorre com a separação dos pais; e) tiverem um comportamento frio – pais que não exprimem seus sentimentos não ajudam os filhos a desenvolver a percepção de confiança em si próprios.

Em suma, a timidez deve ser vista como um traço do temperamento, com tudo o que ele implica, isto é, algo estável presumivelmente herdado, que aparece cedo na vida de numa criança e que provavelmente determina o posterior desenvolvimento da personalidade, da emotividade e da conduta social. Mas, apesar do peso da hereditariedade, este traço do temperamento poderá ser atenuado ou reforçado pela conduta dos pais e pelas experiências vividas pela criança na infância.

Adolescência

A timidez é mais comum na adolescência e, como vimos, independe de o adolescente ter sido tímido na infância. O quadro na adolescência, principalmente nos primeiros anos, pode se mostrar sério, mesmo quando na infância se apresentasse leve ou quase imperceptível.

O rápido crescimento por que passam os adolescentes pode fazer com que ele crie uma auto-imagem desfavorável de seu corpo, do todo ou de parte dele, mesmo que essa imagem distorcida não corresponda à realidade. Numa fase da vida em que a aceitação pelo grupo é essencial, esta distorção do corpo gera no jovem a insegurança de não ser bem visto pelos outros e favorece o reforço da timidez.

Este estado de insegurança se alterna, por vezes, com um estado de euforia, quando o jovem faz alguma coisa para mudar a parte do corpo que lhe causa desconforto (por exemplo, mudando o corte de cabelo ou fazendo regime para emagrecer). Este estado de euforia, no entanto, não costuma durar muito e logo, a insegurança e a timidez se reinstalam.

Este quadro não costuma perdurar quando o jovem entra na idade adulta, por volta dos vinte anos. A persistir, tem tudo para se transformar num quadro realmente grave de transtorno mental.


Causas físicas

Estudos mais recentes apontam causas físicas para a timidez. Pesquisas feitas nos Estados Unidos com crianças de até dois meses de vida, submetidas a tomografia computadorizada do cérebro, mostram que crianças tímidas apresentam mais atividade no lado direito do cérebro, enquanto crianças que não apresentam este quadro tem o lado esquerdo mais ativo.

A amígdala e o hipocampo são outros órgãos cuja ação é afetada pela timidez. A amígdala, considerada “o centro do medo”, parece estar conectada a situações estressantes, enquanto o hipocampo transmite os sintomas da timidez (tremura, suor, tensão muscular) para o corpo.

A Escola de Medicina Harvard realizou pesquisa com pessoas de vinte anos, que não demonstravam mais sinais da timidez sofrida na adolescência. Submeteu-as a tomografias computadorizadas enquanto lhes mostravam fotos de pessoas desconhecidas: todas apresentaram hiperatividade na amígdala.

A abordagem biológica da timidez possibilitará que esta seja tratada no futuro com remédios criados especificamente para atuar diretamente nesses sintomas físicos.


Formas patológicas

A timidez não é um transtorno mental. Mas a timidez crônica pode evoluir para uma patologia, principalmente quando o adolescente não consegue superá-la ao entrar na vida adulta.

Fobia social

Tem-se aí a fobia social, quando a pessoa passa a evitar todas as situações sociais que não lhe são impostas pela mais absoluta necessidade. Assim, compelida a garantir sua sobrevivência, a pessoa pode, com algum sacrifício, trabalhar, mas evita outras situações que exijam exposição social, como comer em restaurantes, falar em público ou usar banheiros públicos. Quando submetida a essas situações, suas reações físicas são mais visíveis e intensas, obrigando às vezes a uma internação hospitalar. Além das sudoreses e tremores comuns nos tímidos, o fóbico sofre de taquicardia, náuseas e desconforto abdominal.

O sofrimento de quem é acometido de fobia social é tão mais insuportável porque, no íntimo de seu ser, a pessoa anseia por manter um "relacionamento social", mas só não o faz porque uma intensa sensação de ameaça impede que isso ocorra.

Síndrome do pânico

Mais grave que a fobia social é o transtorno ou síndrome do pânico. Ao contrário da fobia social, não depende de nenhuma interação social ou mesmo da presença de outra pessoa para que se desencadeie o processo patológico, em que o paciente apresenta sensação de desmaio ou de morte iminentes.

Os ataques de pânico ocorrem aleatoriamente e o portador da síndrome pode passar longos períodos sem senti-los, tanto que as primeiras manifestações são interpretadas como sendo apenas sinais de uma exaustão física ou uma decorrência do stress.


Wikipédia

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O significado dos relacionamentos


 
 
O significado dos relacionamentos
Um dos aspectos mais importantes na nossa vida é o dos relacionamentos que temos uns com os outros. Relacionar significa estabelecer uma comunicação, uma ponte entre as pessoas, que as une através de um propósito ou objectivo.
Cosmicamente, relacionar significa restabelecer a união entre todos, valorizando os pontos de contacto e as afinidades entre as pessoas. Este é o verdadeiro sentido da comunicação.
Porém, fora deste âmbito de consciência, relacionar pode ser, apenas, uma forma de nos servirmos de alguém, por forma a concretizar os nossos interesses ou desejos. Nesta dimensão, obter torna-se o grande propósito do relacionamento.
Dar passa a ser a moeda de troca, através da qual pagamos aos outros o seu serviço, a sua atenção, o seu esforço ou sacrifício, para nos agradar. Quantos de entre nós podem dizer que amam sem contrapartidas?
Quantos de entre nós podem desfrutar de uma relação livre de obrigações e compromissos, de sacrifícios ou condenação? Enquanto olharmos para os relacionamentos como uma forma de nos ressarcirmos das necessidades que julgamos ter, jamais iremos sentir verdadeiro amor e alegria.
Somente quando aceitamos mudar o objectivo dos relacionamentos , podemos, finalmente, desfrutar de todas as coisas boas que eles nos podem oferecer: a paz, a plenitude, a satisfação e a segurança. Relacionar de forma equilibrada e natural pressupõe que desejamos, acima de tudo, que no relacionamento encontremos os pontos de união que permitam transcender as diferenças e a separação. Dar, ou seja, partilhar, passa então a ser a razão de ser para nos relacionarmos.
Hoje é o melhor dia para mudarmos a forma como olhamos para os outros com quem nos relacionamos! Hoje podemos decidir que dar e partilhar com eles é muito mais importante do que obter deles o que quer que seja! E nesta simples prática está a chave para a felicidade!
 
Isabel Ferreira
 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Kundalini





Kundalini

Kundalini é o poder do desejo puro dentro de nós, é a energia de nossa alma, de nossa consciência. Kundalini é a nossa emanação do infinito, a energia do cosmos dentro de cada um de nós. Como nossa energia criativa, ela pode ser imaginada como uma serpente enroscada adormecida na base de nossa coluna. Uma energia adormecida dentro de nós que se desperta, expande nossa consciência. Kundalini é a potencialidade de que todos nós somos capazes.

E quando nós despertamos a nossa Kundalini, nós nos tornamos cônscios de nossas capacidades criativas, de nossa finitude diante do infinito. A kundalini torna possível a nós, seres humanos com identidades finitas, relacionarmos com nossas identidades infinitas. E nós tornamos isto possível quando o nosso sistema glandular é ativado e nosso sistema nervoso forte e estes são combinados para se criar um movimento ou fluxo no fluido espinhal e uma sensitividade nas terminações nervosas. Nestas condições, o cérebro recebe os sinais e os integra.

Como resultado, toda nossa percepção se expande numa tremenda claridade. Percebemos os efeitos e os impactos de uma ação antes dela acontecer. Adquirimos o poder da escolha de agir ou não. A consciência nos dá esta escolha e a escolha nos dá liberdade. Quando conseguimos um fluxo constante da Kundalini, é como se estivéssemos nos despertando de um longo cochilo, deixamos de viver numa realidade imaginária e nos tornamos compromissados com os nossos propósitos e metas aproveitando muito mais os prazeres da vida. 

O nosso sistema foi construído para sustentar o despertar da energia Kundalini, restamos saber se estamos usando-a em toda extensão desta potencialidade. O fluxo da Kundalini é liberado a partir do chakra do umbigo e sobe até o chakra coronário acima do topo da cabeça; aí a energia começa a descer passando pelos chakras até a base de nossa coluna. Depois de alcançar o chakra raiz, ela volta para o centro do umbigo. 

A ascensão da energia é o caminho para a liberação. É chegar à percepção de que a realidade de Deus está dentro de cada um de nós. A ascensão da Kundalini é o desenroscar da consciência Deus, o testemunho da realidade do poder ilimitado que é a essência de nossas almas.

A descida da kundalini é o caminho da manifestação. Os chakras se abrem nesta descida. E assim que os chakras se abrem, a nossa essência é consolidada em nosso caráter, nossos dons são integrados em nossos comportamentos e ações. Nossos talentos se tornam uma parte prática em nossas vidas. O que nos referimos como manifestação aqui são as "vibrações” que é uma tradução aproximada do termo sânscrito Chaitanya. Chaitanya (vibrações) é a força integrada de nosso ser fisiológico, mental, emocional e religioso." Portanto a descida da energia Kundalini simboliza esse despertar de nosso potencial e nos traz a consciência de Deus para todas as nossas atividades cotidianas.

A iluminação, ou auto realização é conquistada quando o ciclo de ascensão e descida, se completa. Auto realização é o nosso primeiro encontro com a Realidade. O despertar da Grande Mãe dentro de nós, que a partir de então, irá cuidar de nós, nos dando toda proteção que precisamos. A kundalini nos cura, nos melhora e nos confere todas as bênçãos. Ela varre para fora de nossa realidade todas as nossas preocupações dos níveis mais grotescos.

Sergio Pereira