Por favor, preencha a atmosfera com a vibração sublime dos Santos Nomes:
Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

quarta-feira, 21 de março de 2007

Astrologia

A semana de 19 a 25 de março de 2007

O Sol ingressou em Áries, signo da coragem, dos começos. Nós vamos morrendo aos poucos se ficarmos inertes, sempre fazendo as mesmas coisas. Periodicamente, precisamos de desafio, começarmos algo novo.

Quer saber a agenda astrológica para a sua semana? Se você tiver de marcar compromissos, escolha de acordo com o melhor 'clima' que você encontrar para a atividade que deseja fazer!

Abaixo, você encontra as tendências para toda a semana e também a atmosfera e humor para cada dia, os quais são determinados pela Lua. Lembre-se que as tendências gerais ficam como pano de fundo para as diárias. Os horários mencionados servem para o fuso horário de Brasília.

Tendências da semana em detalhes

Até a metade da semana, o Sol em quadratura com Plutão pode fazer com que tenhamos inclinações mais intensas e radicais. Será importante nos precavermos de riscos, evitando comportamentos ou palavras que possam aumentá-los. Felizmente, Mercúrio em bom contato com Vênus auxilia para que tenhamos um bom traquejo social. Há facilidade, também, em sintonizarmos em coisas boas e positivas, mas isto depende do seu esforço! Semana favorável para acordos, contratos e negócios.

Na quarta, o Sol ingressa em Áries. Para a astrologia, este é o ano novo! É tempo de confiar em você, pois você só conta com as suas forças para progredir, ser criativo, reagir a vida, definir o ponto onde quer chegar. Os outros podem incentivar, mas quem tem de sempre fazer é você mesmo. É tempo de agir, começar o que se quer, mesmo com medo e hesitação, que acaba sendo vencido com o andar dos acontecimentos. Áries é, também, o signo da individualidade. É preciso valorizá-la, não no sentido de querer ser melhor do que o outro, mas de conhecer suas qualidades e contar com elas. Não é imitando ninguém que fazemos algo brilhante. É sempre a partir do que é espontâneo em nós mesmos.

Marte está em oposição a Saturno. Classicamente, isto representa obstáculos e demoras (Saturno) contra a ação (Marte). Sabendo disso temos de ser mais estratégicos e pacientes, não batendo de frente contra figuras de autoridade ou quem quer que possa estar em maior vantagem. Do lado positivo, Marte também faz um sextil com Júpiter. Há assuntos que irão fluir, coisas que podemos fazer crescer e progredir, basta que ajamos com maior confiança e otimismo! Como Marte, porém, também está em conjunção com Netuno, temos de tomar cuidado para não perdermos o nosso senso de direção e de propósito, perdendo tempo, sendo muito distraídos. A combinação Marte e Netuno precisa ser utilizada para que acreditemos nos nossos ideais e procuremos realizá-los.

Segunda (19 de março) - LFC entre 1h00 e 2h41

A Lua no signo de ÁRIES favorece que comecemos a semana com uma atitude assertiva, evitando chorar sobre o leite derramado, colocando-se em ação. Gastar energia (atividade física) irá equilibrar emocionalmente.

Terça(20 de março)

A manhã tem boas chances de ser equilibrada, com doses equivalentes de bom senso, intuição, confiança e energia. À noite, motivação e determinação em alta, favorecendo as decisões, limpezas ou finalizações.

Quarta (21 de março) - LFC entre 00h34 e 2h15

A Lua passa para TOURO, trazendo um desejo por comodidade e facilidades. Talvez nos demoremos mais no que fizermos. Apesar da disposição afetuosa e voltada para o prazer, estamos também práticos, tendo bom senso para lidarmos com assuntos materiais e financeiros.

A manhã tem um clima muito favorável às comunicações. Há cordialidade e jogo de cintura. Ótimo para compras, também.

Quinta (22 de março) - LFC entre 12h13 e 03h07

Quem acordar cedo, poderá estar mais criativo e cheio de idéias. O dia terá algumas pressões, exigindo capacidade de agir, mas, se algo não puder ser forçado, restará a paciência. Planeje-se bem para evitar problemas e furos.

Sexta (23 de março) - LFC entre 00h34 e 2h15

A Lua passa para o versátil GÊMEOS. As pessoas estarão intelectualmente estimuladas e permeáveis a informações novas. Necessidade por troca, mas também estaremos mais inquietos, não querendo ser retidos por um tempo exagerado. Desejo por pequenas mudanças!

Vitalidade em alta pela manhã. Até 15h00, as comunicações e o trânsito terão maior tendência a agitação. Entre 2h30 e 9h30 da manhã de sábado, possibilidade de alterações de última hora, imprevistos, agitação ou aumento do individualismo.

Sábado (24 de março)

Entre 10h00 e 17h30, estaremos mais ativos. Necessidade de sair do comum, principalmente até a metade da tarde. Evite complicações e tudo o que possa causar intensidade a partir das 1h30 e 8h30 de domingo.

Domingo (25 de março) - LFC entre 4h58 e 6h49 - FASE CRESCENTE

A Lua passa para o signo de CÂNCER, que cultiva as memórias e tudo aquilo que foi importante. Este é um ótimo dia para rever velhos amigos, estar com a família ou simplesmente seguir mais as inclinações do seu coração. Há, também, excelente disposição para tudo o que envolve a casa, desde arrumações até preparar uma refeição.

A partir das 16h30, será ótimo passear, ver novidades, ligar para alguém de quem você gosta, enfim, agitar! À noite, as pessoas estarão mais sociáveis e voltadas para o prazer.

Mudança de fase lunar. No dia da mudança, podemos nos sentir contraditórios, por isto será prudente evitar conflitos. A fase crescente, que se inicia hoje, exige mais ação. Fazer qualquer coisa em direção ao que queremos, tomar providências. Há, também, um aumento da sociabilidade a partir de agora.

terça-feira, 13 de março de 2007

Curso do Fogo

Magia Divina das Velas

...As velas, em si, são um mistério religioso disseminado por todas as religiões do mundo e só algumas não a adotam. Mas se soubessem que elas têm uma utilidade importantíssima, com certeza também adotariam o seu uso durante os rituais.

...As velas são um substituto muito prático às piras ardentes da antigüidade, nos remotíssimos cultos às divindades do fogo, saudadas com tochas ardentes ou fogueiras.

...O fato é que as velas são um mistério em si e, quando acesas magística ou religiosamente, são um poderoso elemento religioso mágico, energético e vibratório que atua no espírito de quem receber sua irradiação ígnea.

...O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas.

...É essa capacidade das velas que as tornam elementos mágicos por excelência, pois por meio de suas irradiações e suas vibrações incandescentes é possível todo um intercâmbio energético com os seres que vivem em outras dimensões e com os espíritos estacionados nas esferas ou níveis vibratórios positivos e negativos.

...Essa capacidade delas justifica seu uso até quando são acesas para o espírito de alguém que desencarnou, pois ele irá receber um fluxo luminoso, curador de seu corpo energético, fortalecedor de seu mental e terá seu emocional reequilibrado, caso tenha sido atraído pelo magnetismo de uma esfera ou nível vibratório negativo. Mas caso esteja em alguma esfera positiva e luminosa, também receberá o fluxo da vela do mesmo jeito, incorporando-o ao seu corpo energético e fortalecendo seu magnetismo mental.

....Saibam que o fluxo irradiante de uma vela, se for ativado por sentimentos virtuosos, é muito positivo e gratificante a quem o receber.

...Só que, no caso de quem ativa negativamente uma vela contra alguma pessoa ou espírito, acontece uma reação imediata e fulminante da Lei Maior e da Justiça Divina, pois quem a ativou perdeu sua própria luz e, com o tempo, a dor de quem foi atingido retornará e o atingirá com o rigor da lei.

...Nem é necessário dizer que uma magia divina jamais poderá ser ativada com fins escusos. Ela simplesmente não funcionará, mas a reação virá do mesmo jeito.

...Portanto, uma vela só deve ser acesa por um bom motivo e por sentimentos virtuosos, pois, na mesma proporção, a Lei Maior retribuirá com luz Divina quem deu luz a alguém necessitado ou merecedor de suas irradiações.

...O ato de acender velas brancas ao Anjo da Guarda é muito positivo e funciona mesmo. Ele tanto a usará para atuar em favor da pessoa guardada por ele, quanto para energizar-se com uma irradiação ígnea poderosíssima, capaz de acelerar imediatamente suas vibrações e expandir suas irradiações mentais, pois como já comentamos, seu mental será fortalecido.

...As velas usadas nos templos têm o poder de consumir as energias negativas e os miasmas que são descarregados pelos seus freqüentadores dentro de seu campo eletromagnético, assim como, num intercâmbio energético, recebem da divindade à qual foram consagradas um fluxo de energia Divina que se espalha pelo altar e irradia-se pelo espaço interno, alcançando quem se encontrar dentro dele.

...Magisticamente, as velas criam passagens ou comunicações com outras dimensões da vida e tanto podem enviar-lhes suas energias, como podem retirar delas as que estão sendo necessárias a alguém.

...Por isso, toda oferenda, ritual ou solicitação de auxílio às divindades e aos guias e protetores espirituais deve ser precedida do ato de acender uma ou várias velas, pois suas ondas serão usadas no retorno e trarão a quem oferendou ou solicitou auxílio um fluxo energético natural (de elemento), ou Divino (de divindade), ou espiritual (do espírito guia).

...Em magia, o uso de velas é indispensável, porque são elas que projetam ou captam as energias mais sutis, assim como abrem campos eletromagnéticos limitados ao campo ativo delas, mas que interpenetram outras dimensões, esferas ou níveis vibratórios.

...Quando um desses campos eletromagnéticos é aberto magisticamente, ele permanecerá ativo até que seja fechado ou redirecionado contra quem o ativou. Isso caso seja uma magia negativa, pois caso ela seja positiva, não há por que fechá-lo, certo?

....O fato é que a umbanda e outras religiões recorrem intensamente ao uso das velas e as usam:

...Para iluminar seus altares e suas casas das almas ou cruzeiros;

...Quando oferendam às divindades ou aos guias protetores;

...Para magias positivas ativadas para cortar demandas, magias negras, feitiços, encantamentos etc.

...Os resultados são ótimos e, na maioria das vezes, benéficos, pois só se beneficia realmente quem é merecedor, já que o uso das velas atende a necessidades religiosas regidas pela Lei Maior e pela Justiça Divina em seus recursos mágicos.

...Magias negativas, tais como acender vela preta em cima do nome ou da fotografia de alguém; escrever o nome de alguém em uma vela e depois acendê-la de ponta-cabeça; acender velas para amarrar marido, amante ou namorado; acender velas para fechar os caminhos ou as portas de alguém ou para afundar-lhe a vida são entendidas como fraqueza ou negatividade de quem o faz e não demora muito para que a Lei Maior e a Justiça Divina providenciem os merecidos choques de retorno ou punições exemplares a quem recorre a essas magias condenáveis.

...Tudo é só uma questão de tempo, pois se podemos agir positivamente, então nada justifica o mau uso que dão às velas e aos mistérios mágicos negativos que são ativados quando são acesas com interesses mesquinhos ou desumanos.

Cor das velas e seus respectivos Tronos

Trono Masculino da Fé vela branca

Trono Feminino da Fé vela branca ou azul-escura

Trono Masculino do Amor vela branca ou azul-clara

Trono Feminino do Amor vela rosa ou azul

Trono Masculino do Conhecimento vela verde ou branca

Trono Feminino do Conhecimento vela magenta ou vermelha

Trono Masculino da Justiça vela branca, marrom ou vermelha

Trono Feminino da Justiça vela laranja

Trono Masculino da Lei vela branca, vermelha ou azul-escura

Trono Feminino da Lei vela amarela

Trono Masculino da Evolução vela branca ou violeta

Trono Feminino da Evolução vela branca ou lilás

Trono Masculino da Geração vela branca ou roxa

Trono Feminino da Geração vela branca ou azul-clara

Observação : as velas brancas e douradas podem ser usadas para todos os Tronos.

Parte do texto retirado do Livro: “Magia Divina das Velas”

Obra de Rubens Saraceni.

Inscrições Aberta para a Magia do Fogo

"Magia das Sete Chamas Sagradas"
(também conhecida como Magia das Velas ou Magia do Fogo)
Felipe Argüello foi preparado por Rubens Saraceni,
Como Mago Iniciador para ministrar este curso.
O Aprendizado é teórico e prático, de fácil assimilação e simples de se praticar.
Estuda a Magia Divina e sua utilidade no nosso dia-a-dia, independente de crença e religião.
Aprenda a trabalhar com a Magia Divina para fazer limpeza de pessoas e ambientes,
Corte de demandas, desmanchar magias negras, decantar, harmonizar, equilibrar,
Prosperar, energizar, regenerar, curar, propiciar e auxiliar pessoas e muito mais.
Conheça os Tronos Divinos e seus Mistérios, suas Escritas Mágica Simbólicas,
Signos, Símbolos, Mandalas e Cabalas correspondentes ao Setenário Sagrado
E sua utilização através das mandalas, como riscar, ativar e evoca-los corretamente.
Aprenda sobre as cores das velas, suas relações aos Mistérios, e utilização.
Faça você também como mais de 8000 magos que utilizam esta Magia como um grande aliado
Esta é a porta de entrada para vários outros Mistérios Divinos que estão sendo revelados com o passar do Tempo.
Faça você também parte desta egrégora que só tem como objetivo beneficiar, facilitar e auxiliar a Vida de quem pratica.



INSCRIÇÕES ABERTAS
  • No Tremembé próximo à Santana
às Quintas Feiras das 20:00hs às 22:00hs

E também teremos turmas

Aos Sábados das 13:00hs às 15:00hs

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(11) 4338-0843 ou (11) 94360834
Ou pelo e-email: felipearguello@globo.com
O curso tem duração de quatro meses, sendo uma aula semanal de 2hs.
O investimento do curso é de R$: 30,00 mensais.
Um grande abraço à todos,
Felipe Argüello

domingo, 11 de março de 2007

Astrologia

A semana de 12 a 18 de março de 2007

Quer saber a agenda astrológica para a sua semana? Se você tiver de marcar compromissos, escolha de acordo com o melhor 'clima' que você encontrar para a atividade que deseja fazer!

Abaixo, você encontra as tendências para toda a semana e também a atmosfera e humor para cada dia, os quais são determinados pela Lua. Lembre-se que as tendências gerais ficam como pano de fundo para as diárias. Os horários mencionados servem para o fuso horário de Brasília.

Tendências da semana em detalhes

Mercúrio em bom aspecto com Vênus traz uma necessidade por trocar, conversar, distrair. Procure quem você gosta. Diplomacia em alta! Alguns relacionamentos ganharão mais intimidade e profundidade por causa de um trígono entre Vênus e Plutão.

A partir do final de semana, o Sol em quadratura com Plutão vai tornar claro o que não dá está dando certo e precisa de cortes ou transformações. Recomenda-se ter mais cautela nos relacionamentos, para evitar crises ou disputas desnecessárias.

No sábado, Vênus ingressa em Touro, produzindo uma busca por conforto, por retomar os portos seguros e conhecidos e seguir - com prazer - a lei do menor esforço. Será mais fácil perceber - e valorizar - o que é bom para você, o que se afina com você.

Mercúrio também muda de signo no domingo, passando para o sutil Peixes. A comunicação irá se dar por vias mais indiretas. Ninguém vai querer dizer sim ou não claramente e será preciso captar nas entrelinhas. Esta influência dura cerca de vinte dias.

Júpiter faz trígono com Saturno, trazendo um forte desejo por crescer, por ser mais prático e produtivo. Coloque em prática planos e projetos. Ao mesmo tempo, Saturno continuará em oposição com Netuno, requerendo fé e paciência para o que não pode ser realizado agora. Não brigue com limites que não possam ser mudados ou transpostos de imediato.

Segunda (12 de março) - LFC entre 15h28 e 17h34 - FASE MINGUANTE

A Lua em SAGITÁRIO torna as pessoas expansivas, favorecendo divulgações, atividades externas. Boa para infundir otimismo e também pensar na própria vida em termos mais abrangentes.

Desejo por se relacionar e se comunicar pela manhã. Durante a tarde, cabeça esperta para trabalhos intelectuais. Mergulhe em alguma atividade.

A partir das 17h34, a Lua ingressa no prático CAPRICÓRNIO. Hora de arregaçar as mangas, seja com trabalho, com estudos, isto é, levar a sério tudo o que precisa desta energia. Os esforços serão recompensados!

Início da fase minguante. Recomenda-se concentrar esforços, concluir pendências. Favorável para limpezas e procedimentos cirúrgicos.

Terça (13 de março)

A Lua prossegue no compenetrado CAPRICÓRNIO. Tenha uma atitude profissional, divida bem o tempo.

À noite, estaremos mais inventivos. Podem surgir boas idéias para questões práticas!

Quarta (14 de março) - LFC entre 17h22 e 23h50

Até 16h30, clareza, com você sabendo o que quer. Entre 13h30 e 21h00, talvez você sinta um pouco de preguiça ou mais necessidade de gratificação.

Quinta (15 de março)

A Lua em AQUÁRIO produz grande receptividade a mudanças. Favorece, também, atividades em equipe. Há mais independência e criatividade. Menor suscetibilidade emocional, permitindo ver qualquer assunto com distanciamento.

Durante a noite, aumento de energia. Canalize-a para o que considerar produtivo para você.

Sexta (16 de março)

Até às 14h30, atenção para atrasos e distrações. Do lado positivo, estará mais fácil perdoar, entender ou enxergar qualquer assunto sob um ângulo mais maleável. À noite, facilidade em seguir as próprias motivações. Você também estará mais sociável! Ótimo para comunicações.

Sábado (17 de março) - LFC entre 01h42 e 02h29

A Lua ingressa em PEIXES no final de semana. Perfeito para relaxar, curtir praia, cinema, música ou qualquer coisa que não precise de esforço. Será mais produtivo estar com outras pessoas!

A partir da meia noite, disposição mais individualista, busca por surpresas ou novidades.

Domingo (18 de março) - FASE NOVA

Pela manhã, desejo por coisas especiais: comer algo diferente, sair da rotina, expandir-se. A partir das 21h30, recolhimento. Evite crises internas ou nos relacionamentos.

Astróloga Vanessa Tuleski, autora do livro 'SIGNOS ASTROLÓGICOS - As doze etapas para a auto-realização'. Consultas por telefone, Skype ou pessoalmente. Idas periódicas ao Rio ou São Paulo. Manifeste o seu interesse em ter uma consulta se mora nestas cidades. http://www.vanessatuleski.com.br

quarta-feira, 7 de março de 2007

Anjos

Anjo da Guarda

Por Alexandre Cumino

Texto do Jornal de Umbanda Sagrada de Julho de 2006

O Anjo da Guarda é um Anjo pessoal que têm por função nos velar, proteger, inspirar e acompanhar.

Archibald Joseph Macintyre em seu livro “Os Anjos, Uma Realidade Admirável” apresenta de forma resumida as condições da questão CXIII da Suma Teológica, que é de São Tomás de Aquino, o maior teólogo da Igreja Católica e considerado “Doutor Angélico”, desencarnado em 1274, como podemos ver abaixo:

1.– Os homens são custodiados pelos Anjos. Isto porque, como o conhecimento e as aflições dos homens podem variar muito, vindo a desencaminhá-los do bem, foi necessário que Deus destinasse anjos para a guarda dos homens, de modo que, por eles, fossem homens orientados, aconselhados e movidos para o bem.

Pelo afeto ao pecado, os homens se afastam do instinto do bem natural e do cumprimento dos preceitos da lei positiva e podem também desobedecer às inspirações que os Anjos bons lhes dão invisivelmente, iluminando-os para que pratiquem o bem. Por isso, se um homem vem a perder-se, isso se deve atribuir à malícia do homem e não à negligência ou incapacidade do Anjo da Guarda.

2.- A cada homem custodiado, corresponde um Anjo Custódio distinto. Cada Anjo tem sob sua responsabilidade uma alma que lhe compete procurar salvar.

3.- O Anjo da Guarda livra constantemente seu protegido de inumeráveis males e perigos tanto da alma quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta. Vimos como Jacob se dirigiu a José (Gen 48,10):

- “Que o Anjo que me livrou de todos os males abençoe a essas crianças.”

4.- O Anjo da Guarda impede que o demônio nos faça o mal que desejaria fazer-nos. Lembremo-nos da história de Tobias mencionada neste e no capítulo 3.

5.- O Anjo da Guarda suscita continuamente em nossas almas pensamentos santos e conselhos saudáveis (conforme se lê em Gen 16,18;At. At. 5,8,10).

6.- O Anjo da Guarda leva a Deus nossas orações e pedidos, não porque Deus onisciente, necessite disso para conhece-los, mas para que ouça benignamente. Implora por iniciativa própria os auxílios divinos de que iremos necessitar, sem que disso nos demos conta e sem que, muitas vezes venhamos a saber que recebemos esses auxílios (ver Tobias c.3 e 12;Atos c.10).

7.- O Anjo da Guarda ilumina nosso entendimento, proporcionando-nos as verdades ,de um modo mais fácil e compreensível, mediante o influxo que pode exercer em nossos sentidos interiores.

8.- O Anjo da Guarda nos assistirá particularmente na hora da morte quando mais dele iremos necessitar.

9.- Os Anjos da Guarda, segundo opinião piedosa de grandes teólogos, acompanham as almas de seus protegidos ao purgatório e ao céu depois da morte, como acompanhavam as almas dos antigos patriarcas ao “Seio de Abraão”, expressão que simboliza a união com o pai.

De fato, a igreja apoiando e confirmando essa crença, na cerimônia da encomendação da alma a Deus, ao descer o corpo à sepultura, como última oração,reza:

- “Ide a seu encontro Anjos do Senhor; recebei sua alma e conduzi-a presença do Altíssimo...; que os Anjos te conduzam ao seio de Abraão.”

10.- O Anjo da Guarda, ainda, segundo a opinião de muitos teólogos, atendem às orações dirigidas pelos fiéis à alma de seu custodiado quando esta se encontra no purgatório, “em estado não de socorrer, mas de ser socorrida” (2-2 Q.83 a. 11. ad 3). Por isso, as súplicas dirigidas às almas do purgatório são das mais eficazes, pois são impetradas pelo Anjo da Guarda da alma a quem se recorre.

11.- O Anjo da Guarda acompanhará eternamente no Céu a seu custodiado que alcançou a salvação, “não mais para protege-lo, mas para reinar com ele” (1.Q.113 a.4) e “para exercer sobre ele algum mistério de iluminação” (1 Q, 108 a. 7 ad 3).

12.- O Anjo da Guarda não pode livrar-nos das penas e cruzes desta vida, enquanto Deus em sua infinita bondade no-las tiver mandado ou permitido, para nossa provação, santificação e purificação. Mas nos ajudará a suportar pacientemente , resignadamente e até mesmo alegremente as provações, encaradas como nossa modesta participação de solidariedade no Mistério da Redenção da Humanidade, o qual se realizou plenamente no Sacrifício do Calvário, com a morte de Jesus.

13.- O Anjo da Guarda nos protege contra a malícia humana, a injustiça ,a hipocrisia, a falsidade, a mentira, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem prejudicar. Sua veneração e invocação sempre nos hão de valer.

Na religião de Umbanda há o costume de se acender uma vela branca ao Anjo da Guarda, oferecendo água e mel. O que pode ser feito de forma simples e como prática espiritual de proteção na presença do Anjo da Guarda, fortalecendo o vinculo entre ele e nós.

Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel.

Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:

Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!

Evoco meu Anjo da Guarda ofereço a vós esta vela e peço que a imante, cruze e consagre em vosso poder se fazendo presente através dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente!

Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcançando o infinito, no alto onde se encontra seu anjo da guarda com o Altíssimo, a luz sobe como um facho e quando alcança o anjo a luz Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo de dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça. Após feito isso coloque a vela no pires, pingando no mesmo e colando a vela para não cair, tomando cuidados para não queimar cortinas nem tapetes e evitando estar ao lado de gás. Este pires pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de acender e evocar, neste momento, a vela estava acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro. Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.

Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações. Me inspire bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM.

Caso ache necessário faça outros pedidos.

Oxum

Belezas de Oxum

Por Fernando Sepe

No meio da oração ela surgiu ra­diante e esplendorosa. Suas roupas douradas lembravam-me o nascer do Astro Rei. Sim, a Mamãezinha do Amor passou por aqui e me convidou a dançar junto dela.

Em sua dança cadenciada, o ritmo e o axé do belo fluir dos rios. Em seu canto, a beleza que não se entende, mas se sente, aos pés de uma cachoeira. E então, meu coração expandiu-se na vibração dessa Mãe e a rosa da compaixão desabrochou.

Compaixão pelo mundo. Os ho­mens e mulheres não sabem, mas Oxum canta e dança o tempo todo, e é por isso que a vida é tão cheia de encantos. Ela é a senhora da beleza e da formosura, do carinho e do alen­to, da felicidade íntima. Ah, se a hu­ma­nidade visse, mesmo que uma úni­ca vez, as belezas de Oxum, tudo muda­ria. Pois as ondas de amor que bro­tam dessa Mãe, tudo pode mu­dar...

Menina doce, que anima os brilhos dos olhos das crianças. Chama dourada, que infla o amor entre os casais. Mãezinha boa, que chora as dores de seus filhos e por eles enche de rosas os caminhos...

Em seu corpo, vejo o bálsamo para as dores do mundo. Em seus olhos, a esperança do nascer de um novo dia. Em seu abebê, o símbolo de seu poder. Em suas jóias e brincos, toda beleza do Universo. Em seu coração, o amor que dissolve os mais pesados climas de ódio e vingança. Em sua boca, o canto da paz espiritual de Oxalá.

Aspecto amoroso da Mãe Divina, aspecto que concebe. Útero gestador do cosmos, eterna dança criadora. Encontro entre o macho-fêmea que procria.

Mãezinha Cinda, que flui nas águas doces do planeta. Mãezinha do ouro espiritual. Senhora dos tesouros imperecíveis do espírito. Menina do pingo d’água que refresca a alma. Belezas de Oxum...

Ah, tantas são suas qualidades e mistérios, que meus olhos não podem a tudo contemplar. Assim como a linha do horizonte, e a imensidão do firmamento, Tu És infinita em Si. Quantos mundos residem em Teu ventre, Mãe? Quantas vidas a testemunhar-se dos seus olhos? Quantas estrelas ainda brotarão de Teus belos lábios?

Cada palavra de Olorum faz surgir um Orixá. E foi em um canto misericordioso e bondoso que o Pai-Mãe da Criação manifestou-Te. Desse dia, pouco se sabe, mas o coração do poeta sente, que então o primeiro sorriso foi dado e as belas palavras de amor surgiram.

A poesia estava inventada e a música finalmente seria tocada. Juras de carinho eterno cobririam o mundo, e a singela voz de um colibri a todos encantaria. Pois é Ela, Oxum, quem inspira a linguagem do coração. E apenas por Ela, tudo isso pode existir...

Aye yê, eram as palavras que os antigos yorubanos utilizavam para saudar-Te. Foram as pretas-velhas quem preservaram e trouxeram a tradição. Foram as Caboclas que levaram sua presença a todos os templos. Foram as Pomba-giras que nos ensinaram seus mistérios. E foi na linha das crianças, que a mais bela de suas flores desabrochou.

Ah, Mamãe do manto dourado. Cobre de bênçãos esse planeta. Nem todos ainda Te conhecem, mas Tu, ó bela Cinda, residi em todos. Nem todos Te amam, mas Tu, Ó Oxum, a todos ama. Nem todos Te prestam culto, mas Tu, Ó Apará, protege todos que tem coração puro. E é por isso que os animais te amam, e as flores e árvores prestam-lhe culto no silêncio. Nem todos podem escutar seu canto, ó Mãe, mas o planeta escuta e por ele continua a viver.

Cinda, Oxum, Menina ou Ma­mãe... Nascida das juras de amor que Olorum fez à Criação. Por favor, nunca deixe de encantar e cobrir essa Terra de Orixá, com a sagrada benção de suas belezas...

Ayeyê, Mamãe...

Ayeyê, Oxum!

Fernando Sepe, dedicado à querida preta-velha do meu coração - “Dita de Aruanda” e a minha mãe de santo – Aleida Barros, por me ensinarem as belezas de Oxum e da Umbanda.

Obs: Oxum é a divindade do Amor dentro da Umbanda. Seu nome é o mesmo de um Rio Sagrado para os povos nagôs que corre na região do Ijexá. Na África, seu culto estava mais ligado aos rios. No Brasil e na Umbanda, seus fiéis gostam de cultuá-la na cachoeira. Por isso ela é chamada de a Mãe das Águas Doce.

É um Orixá associado aos minerais e ao ouro. O Arquétipo que sustenta sua imagem é a da menina doce, bela e singela. Está associada também a concepção de qualquer forma de vida.

Em outras culturas pode ser encontrada como a Afrodite dos Gregos, Vênus dos Romanos, Lakshmi e Ganga dos hindus, Ísis dos Egípcios, Freyja dos nórdicos, Iara na tradição indígena brasileira, Kwan Yin para os chineses.

Pai Benedito de Aruanda através de seu médium, Rubens Saraceni, nos ensinou que Oxum é regente da segunda linha de Umbanda, junto de pai Oxumaré. Aspecto feminino da manifestação do amor de Olorum (Deus).

Seus falangeiros que se mani­festam nos terreiros são amorosos e bondosos. Rege infinitas linhas de caboclos e caboclas, pretos e pretas-velhas, exus e pomba-giras. Po­demos reconhecê-los por seus nomes simbólicos que vibram e encontram fundamento na egrégora/vibração/mistério de mamãe Oxum. Toda linha das crianças é também funda­mentada na vibração de Oxum e pai Oxumaré.

Suas cores são o rosa, o amarelo e o azul-claro. Sua pedra o quartzo rosa. Seu sincretismo cristão-católico acontece com Nossa Senhora da Conceição e/ou Nossa Senhora Aparecida.

“Cinda” é um epíteto de Oxum, identificando-a com sua qualidade de mãe das águas doces, é um nome que faz referência a sua fluidez. “Apará” é uma manifestação guer­reira e protetora de Oxum. Dentro da umbanda dizemos que Oxum Apará é uma Oxum que vibra na Linha da Lei, uma Oxum da Lei.

Dia de 12 de outubro é o dia consagrado à Oxum, devido ao seu sincretismo com Nossa Senhora Aparecida. Aqui fica uma singela homenagem do JUS a essa querida mãe.

E a todos irmãos que irão fazer suas oferendas na cachoeira, lembrem-se da responsabilidade ecológica que todos devemos ter em um ponto de força como esse.

E principalmente, lembre-se que antes da cachoeira natural, Oxum ESTÁ na cachoeira de luz que existe em nossos corações quando o amor e a com­paixão surgem. Pensem bem nisso!

Fábulas e Lendas da Índia

As jóias de Krishna


Kala, o ladrão, arrastava-se furtivamente de quarto em quarto, pela casa do homem rico. Não havia sido difícil entrar desapercebido, porque todos que viviam na vila, tinham vindo naquela noite para ouvir o Pandit. Agora, estavam sentados à volta dele no saguão central, ouvindo com atenção extasiada uns poucos versos que ele cantava, tirados de seu precioso livro de folhas de palmeira, diante dele no estrado, explicando-os e desenvolvendo-os para que todos pudessem entender. O dono da casa, sua família e os empregados estavam absorvidos, como os outros, devoção feliz e brilhante em seus rostos, e todos os cuidados e brigas esquecidos, no deleite de ouvir as histórias doces e encantadoras do Senhor.

Era uma oportunidade maravilhosa para Kala tentar apossar-se de tudo que pudesse. Sua mente estava ocupada com sua busca e não prestava nenhuma atenção à história que fascinava os aldeões. Ele era um ladrão e um vagabundo, não tinha lar, nem família ou amigos. Uma vaga lembrança do homem que ensinara o único ofício que ele conhecia era tudo que restava. Kala não tinha a mínima idéia se o velho Babu era relacionado com ele de algum modo; sabia apenas que tinha sido gentil e lhe ensinado como ser rápido e esperto para surrupiar pequenos objetos que podiam ser trocados por dinheiro, em certos lugares que eles conheciam. O que não aprendera com o velho Babu, conseguiu fazê-lo por si próprio, desde que seu protetor desaparecera – quer para o reino do Senhor Yama (o deus da morte), ou para seu equivalente, a cadeia, Kala não sabia. Agora não tinha mais ninguém e procurava defender-se da única maneira que conhecia. Estava quase sempre sozinho quando ia de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, e sonhava em ter um lugar a que pertencesse, em vez de ser sempre um intruso, à margem das coisas, olhando para um mundo onde não havia lugar para ele. Imaginava-se encontrando alguma coisa realmente valiosa – uma rica bolsa de homem, um diamante, um bracelete de rainha... algo que pudesse lhe proporcionar o bastante para comprar uma pequena casa na cidade e mantê-lo, a fim de nunca mais ficar com medo. Então ele teria vizinhos, amigos... sabia que era apenas um sonho, mas o pensamento de seu tesouro aquecia-lhe o coração e enchia-lhe a mente, enquanto andava de quarto em quarto. As palavras de Pandit, que prendiam a atenção dos aldeões, nada significavam para Kala. Mas, de repente, uma frase atraiu sua atenção, e detendo-se na sua ronda furtiva, ele ouviu a história, com crescente encanto, e foi se aproximando, sem notar, do círculo à volta do estrado.

O Pandit estava lendo e cantando o Bhagavata Purana, que fala das histórias admiráveis da vida do Senhor Krishna. Ele estava passando apenas uns dias nessa aldeia, pois era sua vida andar de um lugar pra o outro, contando a todos que o quisessem ouvir sobre o seu amado Senhor. Na noite anterior, narrara a seus ouvintes ansiosos o nascimento de Krishna, a crueldade de Kamsa, e como Krishna, milagrosamente, havia sido trazido para casa de Nanda, o pastor, onde crescera como filho da Mãe Yashoda. Esta noite a história era sobre a juventude de Krishna, na floresta de Brindavan. Os versos contavam, como ao primeiro clarão do dia, os meninos pastores gritavam do lado de fora da casa de Krishna:

- Krishna! Balarama! Ainda não acordaram? Venham, seus dorminhocos! É hora de leva as vacas para pastar.

Então relatavam como a Mãe Yashoda preparava a comida antes de os meninos se ataviarem com as belas roupagens que sempre usavam. O Pandit descrevia com detalhes cheios de amor, como ela os vestia com belos dhotis – o de Krishna, amarelo alaranjado, que brilhava contra sua pele escura, e o de Balarama, azul escuro, como o mar distante. Depois, ela colocava seus adornos: pulseiras, colares, cintos e ornatos de cabeça engastados de jóias e, por último, suas tornozeleiras de ouro. Estas foram as palavras que atraíram a atenção de Kala e seu espanto crescia, à medida que o Pandit ia descrevendo todo o esplendor cintilante dos ornamentos de Krishna:

- Pulseiras de ouro incrustadas de pérolas e rubis nos braços; um cinturão de ouro e pérolas à volta da cintura; um diadema de ouro na cabeça, no qual sempre usava uma pena de pavão; ao redor dos tornozelos, sinos de ouro que faziam uma música tão encantadora que arrebatava a alma; e à volta do pescoço um colar de jóias variadas engastadas de ouro, que pendia até o peito, onde um único diamante brilhava com tal esplendor que o próprio sol parecia escuro.

O Pandit continuava a falar sobre os olhos travessos de Krishna, o encanto suave de seu rosto que irradiava tal amor e beleza, que se poderia contemplá-lo para sempre com incansável deleite; de sua pele escura e cabelos encaracolados, suas mãos e pés delicados, o charme de cada linha de seu corpo...e por fim, a irresistível música de sua flauta, cujo fascínio não podia ser expresso em palavras. Mas Kala não estava ouvindo. Nem tinha voltado ao seu trabalho. Permanecia deslumbrado, estupefato, diante da perspectiva que se abria diante dele. Por que deveria ele se incomodar em furtar uma ninharia aqui, uns poucos níqueis ou tecido ali? Por que continuar nessa existência imprevidente, andando de um lugar para outro, roubando o que podia conseguir? Se ele pudesse encontrar essas duas crianças, seria fácil tirar seus adereços... e então não teria mais com que se preocupar durante o resto da vida. Poderia comprar uma pequena casa e viver tranqüilamente como todo mundo. Sua mente continuava, repetindo sempre a descrição que ouvira daquelas maravilhosas jóias. Até que podia quase ver, diante dos olhos, a criança escura, cintilando com todos os seus atavios. Não podia pensar em mais nada. E assim ele ficou como se estivesse em transe, surdo, até que Pandit terminasse sua história.

Então o bom Pandit, o rosto brilhando de devoção convidou todos os ouvintes para comer prasad. Enquanto faziam suas oferendas, ele deu um punhado de flores perfumadas a cada um, e assim abençoadas e purificadas, as pessoas voltaram às suas casas. Kala deixou a casa com o resto, porém esperou fora, atrás de uma árvore, até que finalmente o Pandit fosse levado à porta para se despedir, com os respeitosos cumprimentos do anfitrião de sua família. Nosso ladrão tinha decidido falar com o Pandit e descobrir mais sobre aquelas duas maravilhosas crianças e suas jóias.

Assim, quando o Pandit se pôs a caminho em direção à casa, que havia sido providenciada para sua estada, Kala seguiu-o; e ao chegarem a um trecho deserto do caminho, ele gritou:

- Hei, Panditji! Espere por mim, quero falar-lhe!

Ao som daquela voz áspera, o Pandit pensou imediatamente em assalto. No seu cinto carregava todo o dinheiro que os aldeões tinha lhe oferecido como dakshina, e ele estava com medo... Apertando sua roupa mais de encontro ao corpo, ele apressou o passo. Mas outra vez Kala gritou:

- Espere por mim, Panditji! De que tem medo? Quero perguntar-lhe uma coisa.

Então, não havia razão para se preocupar. O Pandit parou e esperou, dizendo uma prece em seu coração.

- Quero saber mais acerca daqueles meninos... aqueles meninos de quem você estava falando. Como se chamam? Onde moram? Quem é seu pai? Como posso encontrá-los?

O Pandit estava assombrado com a avalanche de perguntas desse homem de aspecto rude; como ele não parecia lhe querer mal, respondeu:

- Você não ouviu o que esta a dizendo às pessoas? Krishna e seu irmão Balarama vivem na casa de Nanda, o chefe dos pastores, perto de Brindavan, e todos os dias, ao amanhecer, levam as vacas para os campos e florestas que margeam o rio Yamunda.

- Qual é o caminho daqui para Brindavan? Não é muito longe, não é? É verdade que essas crianças vão todos os dias para os campos, vestidas como você disse, com todas aquelas jóias esplêndidas?

O Pandit começou a ter um vislumbre de percepção. Sentiu que, talvez, pudesse adivinhar o que tinha despertado o interesse deste sujeito inculto... e ele queria apenas chegar em casa com seu dinheiro e a pele intacta. Porém ainda perguntou:

- Por que você está me fazendo todas essas perguntas? Você não ouviu o que disse? O que o fez tão interessado?

Kala olhou para o Pandit e disse francamente:

- Olhe para mim! Você sabe o que sou, não é? E por que iria um ladrão com eu ficar interessado naquelas crianças? É verdade que elas têm todas aquelas jóias... ou você estava apenas inventando? – perguntou ele de repente, avançando para o Pandit, com o punho levantado e olhar ameaçador.

- Não, não, não inventei. Claro que é tudo verdade, - disse o Pandit apressadamente.

- E se eles usam todas aquelas jóias quando vão para os campos todos os dias, devem ter muito mais em casa para ocasiões especiais, não é Panditji? Quanto você acha que elas valem juntas?

- As riquezas de Krishna são um tesouro inestimável, além de tudo que se possa imaginar, - replicou o Pandit com um sorriso.

- Bem, só daqueles adereços faria minha independência para o resto da vida. E eu pretendo ir até lá e conseguir algo, - disse o ladrão. – Assim, é melhor você me dizer, francamente, Omo posso chegar lá. E não tente brincar comigo, porque, se não os achar, pode ficar certo de que voltarei e me vingarei. Mas se conseguir o que quero, então dar-lhe-ei sua parte por ter me ajudado, você verá.

Assim o pobre Pandit, querendo apenas chegar em casa salvo, apontou para o norte e disse:

- Brindavan fica para aquele lado.

- E como vou saber quando chegar lá? Como é que ele é, esse lugar Brindavan? – interrogou Kala.

- Há um rio largo, com lindos prados verdes e arvoredos de flores ao longo das margens. Especialmente, há belas árvores Kadamba... você conhece a árvore Kadamba, com suas longas folhas e enormes bolas de flores? Lá os pastores vêm de manha cedo, e Krishna fica debaixo de uma Kadamba, tocando sua flauta encantada; você certamente o reconhecerá quando o vir.

O crédulo ladrão ficou muito satisfeito com o que Pandit lhe disse de suas memórias dos versos sagrados, resolvendo partir imediatamente e não descansar até chegar ao rio, achar as maravilhosas crianças e tomar-lhes alguns de seus tesouros inestimáveis.

Era o alvorecer do terceiro dia quando Kala chegou ao rio. Ele não tinha quase dormido e comido no caminho e, durante toda sua longa jornada, uma imagem somente enchia sua mente: a linda criança escura de cabelos encaracolados, num dhoti amarelo e jóias brilhantes, com uma pena de pavão no diadema. Esta visão o havia incitado de tal modo durante as cansativas milhas, que ele estava vagamente consciente da fome e sede e fadiga e da dor nas pernas e nos pés. E aqui, finalmente, estava o rio, parecendo tão fresco e acalentador, brilhando esmaecido ao lusco-fusco, correndo veloz e profundo entre as ribanceiras verdes, margeado aqui e ali por pequenas praias de areia. Certamente este deveria ser o lugar!

“Mas os meninos não virão senão de manhã...” pensou Kala, e imaginou qual seria a direção da aldeia; mas ele não via nenhuma casa por perto, e o rio fresco e a grama verde pareciam tão convidativos que ele decidiu ficar onde estava e esperar pela luz do amanhecer. Refrescou os pés doloridos no rio e a água pareceu-lhe tão boa que mergulhou nela. Depois estendeu o corpo fatigado na grama refrescante e macia. Porém, embora estivesse muito cansado, a imagem daquela criança encantadora ainda flutuava diante de seus olhos fechado... Talvez tenha passado uma ou duas horas quando ela acordou com um luar radiante em seu rosto, seu corpo tremendo de excitação.

“Eles virão ao primeiro raio de sol”, pensou, “vou encontrar um bom lugar para me esconder e procurar por eles; não devo perder essa oportunidade.”

E seguiu para a ribanceira do rio, procurando pela kadamba que Pandit havia mencionado. Eram muitas as árvores belas e altas e, enquanto seguia o rio, logo chegou a um lindo arvoredo de folhas largas, perfumadas com as inflorescências de bolas fofas, que enchiam o ar com seu olor. Enquanto ele passava debaixo das enormes árvores, Kala teve a estranha sensação de algo que nunca tinha sentido antes na vida, algo mágico e doce, um sopro de promessa encantadora.

“Este deve ser o lugar”, pensou, “aqui estão as árvores. E como é viçosa a grama e a vegetação. Seguramente eles virão para cá com suas vacas ao amanhecer. Este deve ser o lugar.”

Ele tremia de excitação outra vez, ao procurar um esconderijo. Escolheu um arbusto perto do rio, entrou debaixo de seus galhos e sentou-se para esperar a manhã. Mas havia formigas que picavam e nem mesmo a visão na sua mente podia fazê-lo se esquecer dessas criaturas importunas.

“Além disso”, pensou, “e se Krishna seguir outro caminho? Mesmo que ele esteja apenas um pouquinho mais além do rio, posso perdê-lo... e aqui na margem não parece existir nenhuma trilha de vacas. É melhor trepar numa dessas árvores e então serei capaz de vê-lo mesmo à distância.”

Assim ele se arrastou, removendo as formigas e galhos de seus braços e cabelos, e olhou à volta à procura de uma boa árvore para subir. Havia uma à margem do arvoredo e, com alguma dificuldade, alçou-se entre os ramos cheios de folhas. Porém as folhas formavam uma folhagem tão espessa que ele não podia ver muito e também não estava confortável, pousado num ramo como um passarinho; estava com medo de que, se adormecesse, caísse como uma fruta madura. Assim, desceu outra vez para procurar um lugar melhor. Por fim, simplesmente recostou-se contra um dos grandes troncos, liso e prateado, num pequeno nicho, onde ficou abrigado e não podia ser visto; e a despeito de toda sua ansiosa antecipação, foi vencido pelo cansaço e seus olhos fecharam-se e a cabeça pendeu para o lado.

Aos primeiros raios da madrugada, despertou assustado...o que o teria acordado de seus sonhos de Krishna? Lá estava outra vez, muito doce para ser o canto de pássaros, embora eles estivessem acordando e espalhando seu canto à volta, enquanto a luz mágica da madrugada intensificava todos os matizes e sombras maravilhosas da floresta. Desta vez soaram bem claras na primeira brisa trêmula, as notas de uma flauta! O coração de Kala quase deixou de bater de excitação e deleite – eles estavam realmente vindo, o Pandit não o tinha iludido, não tinha cometido um engano, este era o rio certo, a floresta certa, e eles estavam vindo por este caminho, em direção a este mesmo arvoredo! Ele podia ouvir as vozes infantis agora e o andar compassado das vacas... contudo, eles estavam passando um pouco para a esquerda e desaparecendo na floresta – ele não iria encontrá-los!

Kala já se punha de pé para seguir as vozes, quando um movimento, num canto longínquo da clareira, chamou sua atenção. Lá, debaixo da mais afastada árvore, estava uma pequenina figura, seu dhoti amrelo-laranja, barrado de vermelho e dourado, cintilava incrivelmente vívido naquele alvorecer matinal contra a pele escura e os verdes e cinzas da floresta. O menino estava lá, parado, e tocava flauta, como você deve tê-lo visto muitas vezes em pinturas, um pé cruzado sobre o outro, uma pena de pavão no cabelo, jias reluzindo à volta do pescoço, dos braços, dos tornozelos e testa, um sorriso doce no rosto e olhos faiscando de malícia. Mas o que Kala viu era mais encantador do que qualquer quadro que você ou eu tenhamos visto, mais encantador mesmo do que a visão que ele tinha guardado em sua mente todos esses dias e noites de jornada, algo absolutamente estimulante e arrebatador em sua beleza, porque era o próprio Senhor Krishna.

Kala completamente embevecido, deixou seu esconderijo e aproximou-se cada vez mais do fascinante menino, irresistivelmente atraído pela beleza do que via e ouvia. E quando ele chegou bem perto, Krishna tirou a flauta dos lábios e sorriu para o pobre ladrão, tão ternamente que todo o corpo de Kala tiritava e estremecia de deleite. Krishna demorou nele seu olhar e então falou, uma voz que era tão encantadora e musical quanto todo o resto:

- Querido kala, você não queria algo de mim?

Kala não estava nem mesmo espantado de que o sedutor menino soubesse seu nome. Ele mal notou, porque um fluxo de vergonha intensa e dolorosa tomou conta dele quando, de repente, lembrou-se da intenção que o havia levado até lá. Logo a seguir, porém, apercebeu-se que Krishna sabia perfeitamente bem porque viera e que ele não estava zangado, apenas rindo dele. E Kala também, olhando para aqueles olhos, podia ver que tudo era gracejo.

- Querido, querido menino, é verdade que vim para roubar suas jóias, mas isso foi antes de conhecê-lo. Pensei que queria ser rico, mas na verdade queria ter um amigo... agora que o vi, por que precisaria de dinheiro? Você é meu amigo, não é? – perguntou.

- É claro que sou seu amigo, e assim posso dar-lhe um presente. Apenas diga-me, o que gostaria de ter?

- Diga-me somente que posso vir aqui encontrá-lo quando quiser, olhar para você e às vezes ouvi-lo tocas sua música encantada; isso é tudo que quero, - disse Kala, com lágrimas nos olhos.

- Mas minhas jóias... você fez todo esse caminho para conseguir minhas jóias. Você não quer nada agora? – disse Krishna, olhando sério, mas com uma faísca travessa brilhando nos olhos.

- Guarde suas jóias... elas ficam tão bem em você! Apenas..., - Kala pausou como se pensasse em algo, - prometi ao Pandit, que me falou de você, que se o encontrasse, dar-lhe-ia alguma coisa. Se não fosse por ele, nunca o teria visto... talvez você pudesse me dar algo para ele? – perguntou Kala acanhadamente.

Krishna riu alto e tirou um dos seus braceletes de prata, lindo, engastado com uma bela esmeralda.

- Tome isto para o Pandit, - disse, - e é claro que você pode vir aqui me ver quando quiser. Venha a esta arvoredo qualquer manhã, debaixo desta árvore e me chame; prometo que virei.

- Querida criança, querida criança, - disse Kala, sacudindo a cabeça, - mas você tem certeza de que está direito, sua mãe não vai brigar com você? O Pandit ficará muito feliz, é uma coisa linda...

- Talvez minha mãe ralhe comigo, mas logo a farei sorrir de novo, - disse Krishna com os olhos faiscando, - mas venha, vamos ao encontro dos outros... eles foram banhar as vacas!

Os pés de Kala pareciam ter asas enquanto ele corria de volta à aldeia onde deixara o Pandit. O pensamento de seu maravilhoso novo amigo e sua recém encontrada felicidade não deixava lugar para fraqueza ou fome, e ao passar, distraído, pelas aldeias no caminho, a gente se maravilhava com seu rosto brilhante e a luz que parecia acompanhá-lo. Todavia, foram três dias de jornada até que alcançasse a aldeia. O Pandit tinha terminado sua série de palestras e estava se preparando para partir, no dia seguinte, para o próximo estágio de sua jornada. Tarde da noite, ele ouviu uma forte batida na sua porta e, ao relutar em abri-la imediatamente, escutou chamarem:

- Panditji, Panditji, você está dormindo? Abra depressa, trouxe uma coisa para você.

Apesar de reconhecer a voz do ladrão, que ele esperava nunca mais ver, havia alguma coisa tranqüilizadora em seu tom e o homem não parecia que tivesse voltado para se vingar. Mais por curiosidade do que por outra coisa, o Pandit abriu a porta. Kala entrou como um pé de vento, os olhos luzindo e imediatamente ajoelhou-se e tocou os pés em Pandit:

- Obrigado, eu o encontrei, Panditji! Estou tão agradecido! Sem o senhor não o teria conhecido nunca! Ele é tão bondoso e encantador e maravilhoso, que o senhor não pode imaginar... que linda criança! E eu contei sobre o senhor, Panditji, e ele mandou-lhe isto! – e Kala tirou o precioso bracelete da cintura de seu traje em farrapos.

O Pandit teve que se sentar, de repente, perguntando incoerentemente:

- O que... quem... onde você foi... que aconteceu?

E Kala, rindo, encantado pela consternação do velho homem, teve de contar toda a história, justamente como lhe contei.

Você pode imaginar como o Pandit teve dificuldade em acreditar no que ouvia. Ele era um homem educado e, apesar de toda sua devoção, sabia muito bem que o Krishna real havia vivido há milhares e milhares de anos atrás, lá longe no norte... e assim, o que era que este pobre sujeito esfarrapado estava balbuciando? E contudo... havia o bracelete, e aí estava Kala com seu rosto e voz transfigurados... O Pandit interrogou-o, repetidamente:

- Onde você o viu? Como é que ele era? O que ele disse então? E o que fez em seguida? – e assim por diante.

Depois de muitas e muitas perguntas e das respostas simples e diretas de Kala, o velho disse por fim:

- E ele realmente prometeu-lhe que você o poderia encontrar quando quisesse? Então leve-me com você, amigo... vamos partir imediatamente. Toda minha vida tive vontade de vê-lo, mas nunca pensei que realmente acontecesse.

E ele teria partido imediatamente, sem mais delonga. Porém o pobre Kala estava exausto, depois de toda viagem, e não tinha se alimentado durante o caminho de volta, e ele implorou por algo para comer e uma noite de descanso antes de partirem outra vez. Contudo, a madrugada seguinte viu-os na estrada... uma dupla estranha: o venerável Pandit, com sua veste branca impecável, e o abrutalhado Kala, em seus trapos desbotados, carregando o precioso volume que continha os livros do Pandit, alguns pertences e, agora também, o bracelete do Senhor. Enquanto eles andavam, Kala questionava o velho sobre Krishna e maravilhava-se com tudo que ele podia dizer sobre o surpreendente menino. E, em troca, o Pandit questionava Kala e pasmava-se com as coisas simples, convincentes, e ainda inacreditáveis, que ele dizia sobre o menino que lá encontrara. Assim, as milhas passaram facilmente, até que por fim chegaram, à noite, às margens do rio e, na orla da floresta, refrescaram-se e deitaram-se para dormir.

Antes do alvorecer, Kala acordou o Pandit:

- Agora ele virá... vamos para o arvoredo; você pode esperar junto dos espinheiros que eu o chamarei.

E de fato, quando Kala chamou, ouviram-se as notas suaves de uma flauta se aproximando através do ar enevoado da manhã, e Kala logo pôde ver seu amigo de pé, debaixo da árvore, tocando e piscando para ele.

- Querida criança, - disse, - espero que não se importe... trouxe o Panditji. Ele estava tão excitado ao receber seu presente, que quis lhe agradecer pessoalmente; ele já queria encontrá-lo há tanto tempo e conhece toda espécie de histórias a seu respeito. Você de fato fez todas aquelas coisas? Não importa, conte-me outro dia... Olhe, ele está esperando acolá. Posso chamá-lo?

- Eu posso vê-lo, - replicou Krishna sorrindo, - mas não acredito que, mesmo se o chamasse, ele fosse capaz de me ver, por enquanto. Ele não tem coração puro e a visão inocente. Contudo, você pode lhe dizer que estou esperando por ele, não o esqueci, e certamente ele me verá um dia.

E olhava ternamente para o velho, ainda de pé ao lado do espinheiro. O Pandit, atordoado, fitava Kala que parecia estar falando com o ar.

Todavia, ele podia ouvir a flauta. E mais tarde disse a Kala, quando se sentavam juntos na cabana simples que construíram ao lado do rio e que partilharam por vários anos, até a morte do velho homem:

- Compreendo muito bem... eu já era um homem educado quando li as histórias do Senhor; e apesar de ter desejado ardentemente em meu coração vê-lo e conhecê-lo, tinha também outros desejos e pensamentos em mim. Porém, desde o momento em que você ouviu falar sobre ele, não teve nenhum outro pensamento em sua mente, nenhum outro desejo em seu coração, a não ser ele. Foi sua Graça que se derramou sobre você.. Mas posso ouvir sua flauta na floresta todas as manhãs e você me diz como ele está e o que diz e faz com você, e ele prometeu que eu também vou vê-lo um dia, com meus próprios olhos. Estou contente.


Por Manoj Das