Por favor, preencha a atmosfera com a vibração sublime dos Santos Nomes:
Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Casamento na Umbanda

Você sabia que o casamento realizado na Umbanda é reconhecido pelo
governo federal?

Justiça reconhece legalidade de casamento na Umbanda

Porto Alegre - Em decisão inédita no País, a 8ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul reconheceu como legal um
casamento realizado num centro de umbanda. Gorete Catarina Dorneles
Machado, casou com Guedes no dia 12 de maio de 1983 no Centro de
Umbanda, em Porto Alegre. O casal nunca efetuou o registro civil do
matrimônio. Após a morte de Guedes, a herança e a pensão foram
requeridas por outra mulher que dizia ter tido união estável com o
funcionário dos Correios. Gorete apresentou a certidão de casamento
religioso concedida pelo Centro de Umbanda como prova de sua
relação com Guedes.

O relator, O advogado de Gorete, Hélio Silva Júnior, acredita que
agora começa a ser formada a jurisprudência para uma determinação
constitucional que não era respeitada, a de que todas as religiões
merecem o mesmo respeito. "É uma vitória da Justiça, dos negros e das
religiões afro-brasileiras", comemorou.
O julgamento foi acompanhado por dezenas de umbandistas, que lotaram
o saguão do Tribunal de Justiça e, emocionados, reverenciaram os
orixás no mesmo local, logo que souberão da decisão onde o relator da
matéria, desembargador Rui Portanova, disse que reconhece os direitos
dos povos negros, seu jeito e sua cultura. Gorete, filha de oxum,
chorou. "Pela nação africana", afirmou várias vezes, referindo-se à
vitória que acabara de conseguir.

Jornal O Estado de São Paulo
Elder Ogliari - Quinta-feira, 27 de junho de 2002


Como é o casamento nas religiões de origem africana:

• As religiões brasileiras de origem africana (candomblé, umbanda,
tambor de mina e xangô) realizam cerimônias de batismo, de iniciação,
de casamento entre outras
• Os casamentos ocorrem nos Terreiros, têm padrinhos e são celebrados
por Sacerdotes e Autoridades religiosas
• Textos sagrados são lidos e atos ritualísticos são realizados
durante todo o ritual

• A troca de alianças é disseminada
• Uma ata é lavrada em cada ocasião. A transcrição da ata funciona
como certidão

Casamento com Efeito Civil


No Brasil, o casamento veio junto com os colonos portugueses,
sendo que o casamento proferido pela Igreja Católica era oficial, até
a promulgação do Decreto nº 181/1890, advindo com a República. Tal
decreto tornou o Brasil um país laico, não tendo uma religião oficial
e sendo, agora, o casamento civil obrigatório.

Uma das características do casamento, e talvez a maior delas, é
a manifestações das vontades, entre essas manifestações, está à
vontade dos noivos que contrair o matrimônio na religião em que
depositam sua fé e seus princípios. Outra característica é que o ato
deve ser solene, "A lei o reveste de formalidades destinadas não
somente à sua publicidade, mas também à garantia da manifestação do
consentimento dos nubentes", onde há a necessidade de padrinhos que
atestam as manifestações assim como todo o ato solene.

Para o casamento ser válido e eficaz, contudo, é necessário que
ele preencha alguns requisitos, entre eles: o da Validade, o da
Eficácia e o da Existência,.

- o requisito Validade compreender a capacidade dos nubentes e o não
impedimento de contrair matrimônio;

- o requisito Eficácia prender-se à regularidade do casamento;

- o requisito da Existência é o mais importante, onde só é
considerado inexistente o casamento em três situações: quando este é
celebrado por autoridade absolutamente incompetente, quando é
contraído sem consentimento, ou ainda quando é realizado entre
pessoas do mesmo sexo.

O Casamento religioso com efeitos civis

No nosso ordenamento jurídico, três tipos de matrimônio são
considerados: o civil, o religioso sem efeitos civis e o religioso
com efeitos civis.

O casamento religioso sem efeitos civis não é aceito pelo Estado,
podendo, entretanto, os nubentes o efetivarem depois de um lapso
temporal através da União Estável. O casamento religioso com efeitos
civis é aquele celebrado por uma "AUTORIDADE OU MINISTRO RELIGIOSO"
(art. 71 da Lei dos Registros Públicos).

E ai está a primeira indagação que se faz à improcedência do
casamento espírita, haja vista a falta de Autoridade Espirita . É
sabido que a doutrina espírita não possui os mesmos moldes da
religião judaico-cristã, evangélica ou quaisquer outras as quais
podem celebrar um casamento religioso, pois possuem um grau de
hierarquia exorbitante.

E na Umbanda como acontece um casamento?

Primeiro precisamos saber onde está a Autoridade do Terreiro. Segundo
o dicionário da língua portuguesa Houaiss autoridade significa: 1.
direito ou poder de ordenar, de decidir, de se fazer obedecer; (...)
5. influência exercida por pessoa sobre outra; (...) 7. especialista
respeitado sobre um assunto, então percebemos que os Sacerdotes, Pais
e Mães Espirituais são as pessoas capazes de preencher os requisitos
supracitados, são as Autoridades e são elas quem devem realizar o
cerimonial, assim sendo o casamento na Umbanda terá efeitos civis.
Interpretando os dizeres da própria Constituição Federal de 1988, no
Art. 5º, VI onde diz: "é inviolável a liberdade de consciência e de
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas
liturgias", pode-se notar que a liberdade de culto é facultada a
todos e que a leis devem valer a todos, porem, se passarmos a
entender que a Umbanda não tem os mesmos direitos que a Igreja
Católica, por exemplo, estaremos menosprezando uma religião e,
consequentemente, aqueles que dela fazem parte.

Segundo, o cerimonial do casamento na Umbanda deve ser um ato solene
e realizado com todos os atos ritualísticos pertencente à Umbanda,
como defumação, abertura de gira, canto a Oxalá, etc. Deverá a
Autoridade proferir esse ato solene para só depois, os Guias
Espirituais abençoar o casal e as alianças (ato espiritual). Tudo
acompanhado pelos padrinhos onde atestarão, após a cerimônia, o ato
em um livro ata designado para esse fim, ficando assim registrado a
veracidade da cerimônia.

Não se esquecendo de expor aos noivos a importância do casamento, a
importância da família e que essa união estabelecida por Deus é
importante para nosso aperfeiçoamento, que um relacionamento afetivo
só será bem sucedido se houver respeito e entendimento mútuo e que
acima de toda e qualquer visão materialista, o casamento é
geralmente, um compromisso assumido antes da reencarnação.

Para André Luiz, que ditou 17 livros para Chico Xavier, há vários
tipos de casamentos:

Casamento acidental: o encontro de almas inferiorizadas por efeito de
atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual. Nesse caso,
funciona apenas o livre-arbítrio. Nos dias atuais, tais casamentos
são comuns pela falta de compromisso, pelo desequilíbrio emocional e
pela insatisfação generalizada.

Casamento provacional: esse é o reencontro de almas para os reajustes
necessários à evolução de ambos. Esses são os mais freqüentes, por
isso existem tantos lares onde prevalecem os conflitos morais, a
desarmonia e a desconfiança.

Casamento sacrificial: reencontro de uma alma iluminada com uma alma
inferiorizada. O objetivo é redimir e ajudar o espírito que se
encontra em posição inferior.

Casamentos afins: o reencontro de corações amigos para consolidação
de afetos. Reúnem almas esclarecidas e que muito se amam. São
espíritos que no ambiente doméstico consolidam antigos laços de
afeição.

Casamentos transcendentes: de almas engrandecidas no bem que se
buscam para realizações imortais.

Texto retirado do Jornal de Umbanda Carismática- JUCA

Edição nº.10/maio de 2007

Mais um texto ótimo do Max Geringer

Paciência

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais", e o bem comportado executivo...

"O cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no transito que ele mesmo ajuda a tumultuar! Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o titulo, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que e "ansioso demais" - onde ele quer chegar?
Qual e a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para que?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo esta apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia
vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

Duas versões

“Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?
Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho
da água, como é possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de um
pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa,
cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu
povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças
do homem vermelho.. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem
quando vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem
vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia são
nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do
corpo do potro, e o homem. Todos pertencem à mesma família.
O grande chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver
satisfeitos.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Portanto vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não
será fácil.
Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o
sangue de nossos antepassados.
Se lhes vendermos essa terra, vocês devem lembrar-se de que ela á sagrada, e
devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e cada reflexo nas águas
límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.
O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede.
Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos
que os rios são nossos irmãos, e seus também.
E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer
irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes.
Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra,
pois é um forasteiro que vem a noite e extrai da terra aquilo de que
necessita.
A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue
seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se
incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa.
A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos.
Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser
compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos.
Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei,
nossos costumes são diferentes dos seus.
A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque
o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco.
Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar das folhas na primavera ou o
bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não
compreendo.
O ruído parece somente insultar os ouvidos.
E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma
ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa à noite? Eu sou um homem
vermelho e não compreendo.
O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o
próprio vento limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho pois todas as coisas compartilham o
mesmo sopro, o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro.
Parece que o homem branco não sente o ar que respira.
Como um homem agonizante a vários dias, é insensível ao mau cheiro.
Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é
precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que
mantém.
O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar, também recebe seu último
suspiro.
Se lhe vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como
um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado
pelas flores dos prados.
Portanto vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra.
Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deverá tratar os
animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo
qualquer outra forma de agir.
Vi um milhar de bisões apodrecendo na planície, abandonados pelo homem
branco que os alvejou de um trem ao passar.
Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro
pode ser mais importante que o bisão, que sacrificamos apenas para
permanecermos vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem
morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais
breve acontece com o homem.
Há uma ligação em tudo
Vocês devem ensinar a suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de
nossos avós.
Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com
as vidas de nosso povo.
Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe.
Tudo o que acontecer a terra, acontecerá aos filhos da terra.
Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos: a
terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas
as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em
tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra.
O homem não tramou o tecido da vida, ele é simplesmente um de seus fios.
Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo deus caminha e fala com ele de amigo para amigo,
não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos apesar
de tudo.
Veremos. De uma coisa estamos certos, e o homem branco poderá vir a
descobrir um dia: Nosso Grande Espírito é o mesmo deus.
Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra, mas não
é possível.
Ele é o Deus do homem, e sua compaixão é igual para o homem vermelho e para
o homem branco.
A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador.
Os brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos.
Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos seus próprios
dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela
força do deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes
deu domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os
bisões sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os
recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens,e
a visão dos morros obstruída por fios que falam.
Onde esta o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
Aí termina a vida e começa a mera sobrevivência.”
Este documento, dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a
respeito da defesa do meio ambiente, é uma carta escrita em 1854 pelo chefe
Seatle ao presidente dos EUA Franklin Pierce, quando este propôs comprar
grande parte das terras de sua tribo, oferecendo em contrapartida a
concessão de uma outra ‘reserva’.
Tradução de Irina O. Bunning.

Breve Introdução
Apesar de ser chamado de "Chefe" Seattle, não havia hereditariedade entre os
Índios de sua estirpe. De tempos em tempo, diversos índios se distinguiram
em seus vilarejos por sua habilidades, quer por serem grandes caçadores,
quer por serem grandes pacificadores, quer serem Líderes para tempos de
crise. Seattle foi um destes últimos. E além de sua grande habilidade em
compreender, ao mesmo tempo, os desejos de seu povo e a mentalidade do homem
branco, ele se notabilizou por ser um notável orador em sua língua nativa.
Em 1854, por ocasião da proposta de acordo, ele deu esta rara peça de
oratória que abaixo transcrevemos.


Houve um tempo em que nosso povo cobria a terra como as ondas de um mar
batido pelo vento cobre seu chão repleto de conchas, mas há muito que aquele
tempo passou, juntamente com a grandeza das tribos que agora são nada mais
que uma triste memória. Não me entristecerei ou lamentarei acerca de nossa
intempestiva decadência, nem reprovarei meus irmãos cara-pálida por terem
acelerado tal fato, pois também temos tido algo com que nos culpar...
Nosso bom pai em Washington - porque eu presumo ser ele agora nosso pai,
assim como seu, desde que o Rei George moveu seus limites ao norte- nosso
grande e bom pai, digo, nos envia palavras de que se fizermos como ele
deseja, nos protegerá...
Seu Deus não é nosso Deus! Seu Deus ama seu povo e odeia ao meu. Ele dobra
seus fortes braços, dando sua amorosa proteção ao cara-pálida e o conduz
pela mão como um pai conduz a seu pequeno filho; mas Ele abandonou suas
crianças vermelhas- se realmente elas são dele. Nosso Deus, o Grande
Espírito, também parece ter-nos abandonado. Seu Deus faz seu povo crescer
forte diariamente. Logo encherá toda a terra. Nosso povo está desaparecendo
como uma maré em baixa que nunca retornará. O Deus do homem branco não pode
amar nosso povo ou Ele o protegeria..
. Nós somos dois povos distintos, com
origens separadas e destinos separados. Há pouco em comum entre nós.
Para nós, as cinzas de nossos antepassados são sagradas e seu lugar de
repouso é terra santa. Vocês, vagam ao longe das sepulturas de seus
antepassados e, aparentemente, sem pesar. Sua religião foi escrita em tábuas
de pedra pelo férreo dedo de seu Deus de forma que vocês não podem esquecer.
O homem vermelho nunca poderia compreender ou se lembrar disto. Nossa
religião são as tradições de nossos antepassados - os sonhos de nossos
homens velhos, transmitidos em solenes horas da noite pelo Grande Espírito,
e as visões de nosso gurus - estando escrita no coração de nosso povo.
Seus mortos deixam de amar a terra de sua natividade assim que falecem aos
portais das tumbas e viajam por além das estrelas. Logo, eles são esquecidos
e nunca retornam. Nossos mortos jamais se esquecem do belo mundo que lhes
deu a existência. Eles ainda amam os verdes vales, seus rios murmurantes,
suas montanhas magníficas, vales isolados, lagos forrados de verdes e baías,
e sempre, ansiando por ternura, afeiçoam-se pelos seres de coração solitário
e freqüentemente voltam da "Terra das Caçadas Felizes" para visitar, guiar,
consolar e confortá-los.
Dia e noite não podem conviver juntos. O homem vermelho sempre fugiu da
aproximação do homem branco, como a névoa matutina foge antes da chegada do
sol do amanhecer.
Porém, sua proposta parece justa e penso que meu povo a aceitará e se
retirará à reserva que lhes é oferecida. Então, nós moraremos apartadamente
e em paz, pois as palavras do Grande Chefe Branco parecem ser as da natureza
que fala à um povo imerso em densa escuridão .
Pouco importa onde nós passaremos o resto de nossos dias. Eles não serão
muitos. A noite dos índios promete ser escura. Não há sequer uma única
estrela de esperança que paire sobre o horizonte.
Ventos de vozes entristecidas gemem à distância. Um Destino severo parece
estar no rastro do homem vermelho, e onde quer que ele vá ouvirá os passos
de seu destruidor se aproximando e se preparará para conhecer sua destruição
assim como faz a ferida corça ao ouvir os passos de um caçador a se
aproximar...
Mas por que eu deveria lamentar o destino intempestivo de meu povo? Tribo
segue tribo e nação segue nação, tal qual as ondas do mar. É a ordem da
natureza, e lamentar é inútil. Seu tempo de decadência pode estar distante,
mas seguramente virá, pois até mesmo o homem branco cujo Deus caminhou lado
a lado e falou como de amigo para amigo, não pode estar isento do destino
comum. Então nós poderemos ser, finalmente, irmãos. Nós veremos.
Ponderaremos sua proposição e quando decidirmos, nós o deixaremos saber. Mas
se nós viermos a aceitá-la, eu aqui faço esta condição - que não neguem ou
molestem nosso privilégio de visitar a qualquer hora as tumbas de nossos
antepassados, amigos, e crianças. Cada pedaço desta terra é sagrado na
estimação de meu povo. Toda ladeira, todo vale, toda planície e arvoredo
foram abençoados por algum triste e feliz evento em dias já há muito
desaparecidos...
E quando o último homem vermelho tiver perecido, e a memória de minha tribo
tiver se tornado uma lenda entre os homens brancos, estas terras se
enxamearão dos invisíveis mortos de minha tribo, e quando o crianças de suas
crianças se imaginarem sós no campo, na loja, na rodovia, ou no silêncio dos
bosques virgens, elas não estarão sós. Em toda a terra há um lugar sequer
dedicado à solidão.
À noite quando as ruas de suas cidades e aldeias estiverem caladas e você as
imaginar desertas, elas se repletarão com aqueles que uma vez as encheram e
que ainda amam este linda terra. O homem branco nunca estará só.
Deixe-o tratar bondosamente meu povo, pois os mortos não são impotentes.
Mortos, disse eu? Não há nenhuma morte, apenas uma troca de mundos...

"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba te liderar.
Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo.

Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos.&quo;
(Provérbio Ute)

Qual é a sua MISSÃO DE VIDA?

Por Arthur Diniz*
O que é mais importante? O que deseja ser? Em que acredita?
Se você ainda não sabe responder a todas essas perguntas,
não perca tempo: reflita, avalie e descubra para que veio a este mundo
FARÁ TODA A DIFERENÇA EM SUA VIDA!
Poucos setores da vida das pessoas e das empresas são tão subavaliados quanto o tripé básico formado por missão, visão e valores. Esses conceitos fundamentais costumam ser esquecidos, ignorados ou deixados de lado, com graves conseqüências, tanto para as pessoas quanto para as organizações.
Para entendermos melhor a importância deles, precisamos fazer uma revisão do significado de Inteligência Emocional, cuja idéia surgiu quando se começou a perceber que nem sempre as pessoas com QI (Quociente de Inteligência) mais alto eram as que tinham maior sucesso, seja na vida pessoal, seja na profissional. Como o QI era a forma mais respeitada para medir a inteligência, ficou a dúvida: por que nem sempre as pessoas mais inteligentes sobressaíam?
Dos diversos estudos realizados, quem melhor respondeu a essa pergunta foi Daniel Goleman, em seu livro Trabalhando com a inteligência emocional (Editora Objetiva). Ele dividiu a inteligência emocional em duas partes: competências pessoais e competências sociais (veja os quadros na pág. 46). Chegou à conclusão de que esses fatores são muito mais importantes para se prever o sucesso ou insucesso das pessoas. As competências pessoais dividem-se em três partes: autoconhecimento, autogerenciamento e motivação, que formam uma trilha perfeita para o desenvolvimento de cada um. Já as competências sociais se dividem em empatia e habilidades sociais.
Nesse trabalho, fica muito clara a importância do autoconhecimento como passo inicial da jornada do desenvolvimento pessoal. Não adianta tentar pular essa etapa. Somente quem se conhece pode traçar um plano eficaz de autodesenvolvimento . Cada pessoa tem os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. De nada vale desenvolver competências sociais como empatia e comunicação sem saber suas necessidades individuais. Cada um possui as suas.
Somente depois desse passo é possível executar o autogerenciamento e os demais. Afinal, uma das partes mais importantes do autogerenciamento é o cumprimento do seu plano de desenvolvimento pessoal, traçado na fase do autoconhecimento. A implementação desse plano é que vai gerar a motivação necessária para se atingir objetivos. E é aí que entra o nosso tripé básico. Conhecer-se bem significa saber primeiramente qual é a nossa missão de vida, nossos valores mais importantes e também nossa visão de futuro.
Inteligência EmocionalCompetê ncias Pessoais
Auto Conhecimento
Auto Gerenciamento
Motivação
- emoções
- pontos fracos e fortes
- autoconfiança

- autocontrole
- integridade
- responsabilidade
- adaptabilidade
- inovação

- força
- comprometimentos
- iniciativa
- otimismo
Inteligência Emocional Competências Sociais
Empatia
Habilidades Sociais
- entender os outros
- desenvolver outros
- orientar-se a serviços
- usar a diversidade
- conhecer a política

- influenciar
- comunicar-se
- gerenciar conflitos
- catalizar mudanças
- colaborar
- trabalhar em equipe

POR QUE ISSO É TÃO PODEROSO?
A resposta a essa questão fica fácil quando estudamos o conceito de níveis neurológicos, desenvolvido por Robert Dilts, e muito usado na Programação Neurolingüística. Aqui, vale dizer que os níveis neurológicos são ambiente, comportamentos, capacidade, valores/crenç as e identidade.
O ambiente se refere aos lugares em que vivemos e trabalhamos e pessoas com as quais convivemos. Pode ser encontrado fazendo-se as perguntas "onde?" e "quando?" Os comportamentos são as nossas ações no dia-a-dia e podem ser determinados questionando- se "o quê?" Já as capacidades são refletidas na forma como fazemos as coisas. A pergunta-chave nesse caso é "como?" Chegamos então ao nível de valores e crenças, que são os princípios que guiam nossas ações diárias. Aqui, a questão é obvia: "Por quê?" No nível mais alto da pirâmide temos, então, o da identidade: "Quem é você como pai de família, como profissional, como líder da sua comunidade?"
Como podemos ver, a pirâmide atinge seu topo com os níveis mais importantes e decisivos.
CHEGA DE SER VÍTIMA!
Existem muitas pessoas que vivem a vida delas apenas no nível do ambiente. O que isso significa? Elas apenas reagem ao ambiente em que vivem. Tornam-se, portanto, vítimas desses ambientes. Essas pessoas passam o dia inteiro no trabalho reclamando da empresa e culpando-a por todos os seus problemas. Dizem frases do tipo: "Na minha empresa existem problemas que nenhuma outra tem. Você só vai acreditar se trabalhar aqui um dia. Por isso não consigo progredir nem realizar todo o meu potencial". Colocam toda a culpa no ambiente. Chega um dia em que mudam de empresa. Passam-se alguns meses de "lua-de-mel" e vem a grande surpresa: a nova empresa tem os mesmos problemas da anterior. Alguns até piores.
Não adianta nada você mudar de ambiente e levar você com você. Os problemas tendem a se repetir. Isso acontece sempre que trabalhamos somente no nível do ambiente. Mudanças apenas no ambiente podem ser respostas a problemas ocasionais, mas dificilmente atacam as causas. Por isso chamamos essas mudanças de remediativas. Elas apenas remediam o problema, mas dificilmente geram grandes mudanças.
O mesmo não é verdade nos níveis mais altos da pirâmide. Quando explicitamos nossos valores ou transformamos nossas crenças, essas mudanças vão causar impactos em nossas capacidades, comportamentos e alteram o ambiente por conseqüência. É o que chamamos de mudanças generativas, pois geram transformações em outros níveis.
Ao partir do princípio de que isso é verdade, onde podemos fazer mudanças que sejam realmente poderosas? No nível de identidade, que fica no topo da pirâmide. É o que chamamos de mudança evolutiva. E aí vem o mais importante. Quais são os componentes básicos do nível de identidade? Missão de vida e visão de futuro. E é por isso que esses dois itens são somados aos valores no tripé básico.
MISSÃO - Mahatma Gandhi
Deixar que a primeira ação todas as manhãs seja fazer a seguinte resolução para o dia:“Não temerei ninguém na terra.Temerei somente a Deus.Não terei maus sentimentos em relação a ninguém.Não me submeterei à injustiça por parte de ninguém.Conquistarei a inverdade com a verdade.E, ao resistir à inverdade, suportarei todo o sofrimento.”
IDENTIFIQUE SEUS VALORES
Ao responder a essas perguntas, você refletirá sobre seu propósito
de vida e, conseqüentemente, o ajudará a descobrir a sua missão.

Exercício 1 – INFERNO
- Como seria o inferno para você?

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- No inferno, as pessoas teriam que...

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- O que não existiria no inferno?
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Exercício 2 – MOVIMENTO DE ÊXTASE
- Identifique momentos especialmente gratifi-cantes.

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- O que foi importante nesses momentos para você?
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- O que lhe traz alegria no dia-a-dia?
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Exercício 3 – AMIGOS
- Que qualidades você mais utiliza nos seus amigos?

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- O que é importante nessas qualidades?

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Exercício 4 – ANIMAIS
- Se você pudesse ser um animal, que bicho seria? Por quê?

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Exercício 5 – PESSOAS ADMIRÁVEIS
- Pense em três pessoas que você admira.

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Exercício 6 – LEITO DE MORTE
- Se você estivesse em seu leito de morte equisesse ensinar as crianças as três coisas importantes que aprendeu na vida, quais seriam elas?
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- O que vai estar escrito na sua tumba?
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MISSÃO

Madre Tereza de CalcutáTer compaixão e misericórdia pelos moribundos.

O QUE É MISSÃO DE VIDA?
Que valores são esses? O que vem a ser visão de futuro? Como faço para descobrir isso? Comecemos pela missão de vida. Ela é a frase que responde à pergunta: "Por que estamos vivos aqui neste planeta?" O propósito de vida é uma lembrança de quem somos e do impacto que causamos no universo. Falo aqui sobre esse fator sem nenhuma conotação ou crença religiosa. Missão de vida é simplesmente aquilo que precisamos fazer para nos realizar como seres humanos completos. É o que nos inspira e motiva a fazer diferença em cada dia de nossa vida. Realizá-lo faz com que a vida seja completa e feliz.
Mas se isso é tão importante, como podemos saber ou descobrir a nossa missão de vida? Em meus trabalhos como coach profissional (treinador de executivos) e em meus cursos sobre liderança, ajudo meus clientes a encontrar sua missão com as seguintes perguntas:

O que em sua vida está incompleto?
O que você gostaria de fazer para se considerar completamente realizado?
O que você gostaria de aprender?
Faça uma lista: o que você faria se tivesse apenas seis meses de vida?
O livro/filme mais inspirador que já li/vi foi...
Quais são as coisas mais importantes da sua vida?
Imagine seu enterro: três pessoas aparecem para lhe elogiar - uma da família, uma dos negócios e outra de sua turma de amigos próximos. Quem são elas? O que dizem sobre a sua vida? Como você gostaria de ser lembrado?
Se você tivesse todo o dinheiro que necessita, o que mudaria na sua vida e o que não mudaria?
É importante frisar que não existe missão certa nem errada. Cabe apenas a você saber se a sua missão lhe inspira e lhe impulsiona. Pense nisso!

MISSÃO - Benjamin Franklin
01. Temperança
02. Silêncio
03. Ordem
04. Resolução
05. Economia
06. Diligência
07. Sinceridade
08. Justiça
09. Moderação
10. Higiene
11. Tranqüilidade
12. Castidade
13. Humildade
VALORES E CRENÇAS
Descoberta a missão de vida, que, cá entre nós, não é um processo muito rápido, podemos partir para os valores e crenças, os princípios que guiam nossas ações e a nossa vida. Explicitá-los pode transformar nossa vida. O que é mais importante para você entre liberdade, felicidade, família, honestidade etc.? Liste os seus dez valores mais importantes. Se estiver difícil, recorra aos exercícios da pág. 48.

Agora, coloque-os em ordem de prioridade, do primeiro ao décimo. Por fim, o mais importante: dê uma nota de 1 a 10 para quanto você vem honrando e respeitando cada um desses valores.
Se alguma das notas for abaixo de 7, comece a refletir sobre o que teria que acontecer na sua vida para que passe a 10. Pronto! Monte seu plano de mudança imediatamente, pois, se você não honra seus valores mais importantes, dificilmente vai ter sucesso na vida.
Propósito de Vida – Missão
Por que estamos vivos aqui neste planeta?
O propósito de vida é uma lembrança de quem somos
e do impacto que causamos no universo.
Isso faz com que a vida seja completa e feliz.
Valores
São nossas crenças.
Aquilo em que acreditamos e que nos faz agir como agimos.
Visão
Imagens mentais que nos inspiram a agir e a tornar nossos sonhos realidade.
Visão nos dá direção e pode criar significado na vida.

O FUTURO

Chegamos então ao passo final: sua visão de futuro. São as imagens mentais que nos inspiram a agir e a tornar nossos sonhos realidade. Visão nos dá direção e pode criar objetivos de vida. Comece pensando no seu futuro daqui a dez anos. Onde você gostaria de estar vivendo? Onde gostaria de estar trabalhando? Com quem gostaria de estar vivendo e convivendo?
Crie um filme para a sua vida. Se você ainda não sabe exatamente onde deseja estar, comece a refletir sobre isso e crie essa visão. Faça de conta que você é um diretor de cinema e imagine um filme com uma.vida maravilhosa na qual você é o ator principal. Uma visão inspiradora pode fazer toda a diferença no seu a cotidiano. Sabendo aonde se quer ir, podemos chegar mais rapidamente até lá. Se a sua visão de longo prazo está incongruente com as suas atitudes, essa é a hora de tomar uma atitude e mudar.

Muito bem. Agora o seu tripé está completo! Cheque se os três estão congruentes entre si. Se um deles for incompatível com qualquer um dos outros dois, você está preparando uma armadilha para você mesmo.

Mas se o tripé estiver harmonioso e for inspirador para você, corra para colocar em prática uma vida maravilhosa. Não tenha vergonha de ser diferente dos outros e não receie buscar uma vida extraordinária. Afinal, ela só existe mesmo para quem acredita nela. VOCÊ ACREDITA?!

MISSÃO


VISÃO


VALORES

*Arthur Diniz é economista, tem MBA pela Columbia Business School,
Certificado Internacional de Coaching pela Lambent e pela Erickson College no Canadá,
e curso de extensão em Coaching Estratégico pela FIA-USP
Atua como coach e é fundador da Crescimentum - Coaching for Performance
(www.crescimentum. com.br)
Texto: Revista vencer

Planetas

O SISTEMA SOLAR

Sistema é um conjunto de corpos que interagem entre si. O sistema planetário solar, é composto de uma estrela central chamada de SOL, de 9 planetas, 80 satélites dos planetas, aproximadamente 20.000 asteróides catalogados, centenas de cometas, Disco de Kuiper, infinidade de meteoróides, o meio interplanetário e a Nuvem de Oort. A interação entre todos é predominantemente gravitacional, sofrendo influência dos campos magnéticos do Sol.

OS LUMINARES E OS PLANETAS

Na Astrologia, trabalhamos com a influência dos luminares: SOL e LUA, além dos planetas MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JÚPITER, SATURNO, URANO, NETUNO e PLUTÃO. O planeta Terra, funciona como uma base, onde está o observador, podendo desta forma ser qualquer pessoa.

Sendo assim, poderemos dizer que os planetas num Mapa Astrológico informam “como” serão as situações dentro do setor onde se encontram. São energias canalizadoras da energia solar.

Vejamos:

SOL – É uma estrela anã do Sistema Solar. Tem cor amarela. É o único astro do sistema que emite luz própria e a sua luz e calor são responsáveis pela manutenção da vida na terra.
Para os gregos e romanos, foi primeiro Hélios, deus que dirige um carro de fogo. É conhecido como ”aquele que tudo vê”. Era invocado como testemunha em juramentos solenes. Depois Apolo, deus da luz, das profecias, da música e da poesia.
Este glifo , simboliza o escudo de Hélio, ou círculo da infinidade. O ponto central representa a pessoa interior.
Na Astrologia, representa a personalidade, o ego. Palavra-chave: O Ser Interior.

LUA – É o satélite da Terra. Sua revolução em torno do nosso planeta dura cerca de 27 dias e 8 horas, tempo que corresponde exatamente ao que leva para girar em torno do seu próprio eixo. Por essa razão, a face lunar voltada para nós é sempre a mesma. A Lua não tem luz própria. Apresenta formas diferentes ou “fases”, de acordo com a posição em que se encontra em relação à Terra e o Sol, a saber: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Ela não possui atmosfera. Sua superfície é seca e muito acidentada com crateras e montanhas. As superfícies planas são chamadas “mares” (lá não há água).
Para os gregos, foi primeiro Selene, irmã de Hélios, dona de um carro de prata. Depois, Ártemis (Diana romana), deusa dos partos e da fecundidade.
Este glifo simboliza a Lua no quarto crescente.
Na Astrologia, representa a necessidade de proteção familiar.Palavra-chave:Emoções. Saiba mais:

http://www.wmulher.com.br/template.asp?tipo=arq&canal=esoterico&col=148


MERCÚRIO – É o planeta mais próximo do Sol, cerca de 58 milhões de km e o segundo menor do Sistema Solar, superando apenas o planeta Plutão. Possui tamanho intermediário entre a Lua e o planeta Marte. Leva 88 dias para completar uma órbita em torno do Sol ou seja, o período de translação. Tem uma rotação lenta em torno de si mesmo, cerca de 58 dias. Apresenta uma superfície análoga à do solo lunar, cheia de crateras e não tem atmosfera. Não têm satélites. Temperatura máxima 427°C e mínima -173°C. Não possui água em sua superfície.
Os gregos o conheciam como Hermes o mensageiro dos deuses, que possuía sandálias e elmo alados que lhe conferiam velocidade. Para os romanos era Mercúrio. É o deus protetor dos comerciantes. Rege a inteligência, a lógica e o raciocínio.
Este glifo simboliza o capacete alado do deus Mercúrio.
Na Astrologia, representa a necessidade intelectual e a forma de expressão. Palavra-chave: Capacidade de raciocínio.

VÊNUS – Segundo planeta em distância ao Sol, cerca de 108 milhões de km. Sua órbita está situada entre Mercúrio e a Terra. É o planeta mais próximo da Terra. É o mais brilhante objeto observado no céu, depois do Sol e da Lua. É conhecido por “Estrela d’Alva” ou “Estrela da Manhã. Sua atmosfera é muito espessa, densa, composta principalmente por dióxido de carbono, o que provoca um violento efeito estufa, elevando demasiadamente a temperatura, cerca de 482°C. A sua pressão atmosférica é 90 vezes maior que a pressão da Terra. Tem um período de translação ao redor do Sol de 225 dias e o de rotação em torno no próprio eixo de 243 dias. O sentido desta rotação é “retrógrado” ou seja, é contrário em relação à Terra, girando de leste para oeste. O pólo norte dele está no lugar no nosso pólo sul.
Para os gregos é conhecido como Afrodite e para os romanos, Vênus. Para ambos os povos é a deusa da beleza, do amor sensual, além do reino vegetal. Há duas versões para o seu nascimento: nasceu da espuma que se formou no mar, quando houve a castração de Urano e a outra, que é filha de Zeus com Dione.
Este glifo simboliza o espelho da vaidade da deusa.
Na Astrologia, representa a necessidade social e o senso de valores. Palavra-chave: Afeição.

TERRA - Ou Geia, é o terceiro planeta em distância ao Sol, afastada cerca de 150 milhões de km e quinto em tamanho, superando o dos planetas Mercúrio, Vênus, Marte e Plutão. É um corpo de forma esferoidal, com uma crosta sólida que envolve um núcleo central de ferro e níquel. É o único planeta do sistema que apresenta água em grande quantidade: 73% da superfície. Seu período de rotação é de 24 horas siderais (23h 56min de tempo solar médio). Velocidade de rotação é de 465m/s no Equador. Seu período de translação, ou movimento ao redor do Sol é de 365dias 5h 48min, aproximadamente.
Geia é a deusa da Terra. É também conhecida como a Grande Mãe, que tem poderes femininos da maternidade, da mãe e da mulher. Gerou Urano, com quem se uniu e teve os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros.
Este glifo simboliza a matéria dentro do círculo da infinidade.
Na Astrologia, representa o observador no centro do sistema planetário ou mesmo de um Mapa Astrológico. Palavra-chave: Realidade.

MARTE – Quarto planeta em distância ao Sol, cerca de 228 milhões de km. Sua órbita está compreendida entre a da Terra e a de Júpiter. De todos que conhecemos é o que mais se assemelha à Terra. Sua atmosfera é pouco densa (8% da terrestre). Já foi detectada pequena quantidade de oxigênio e vapor de água. É conhecido como o “planeta vermelho”. Tem na sua superfície, aspectos muito semelhantes aos da Lua. Seu período de translação em torno do Sol é de 1 ano e 322 dias (= 687d) e de rotação em torno do próprio eixo de 24h 37min. Tem dois satélites: Fobos e Deimos.
Para os gregos, era o deus da guerra Ares, não muito bem colocado no panteão dos deuses, devido ao seu temperamento violento. Seus companheiros inseparáveis eram Éris (a discórdia), Enio (a devastadora) e seus filhos Phobos (o medo) e Deimos (o terror). Para os romanos era conhecido por Marte. Para estes é o pai de Rômulo e Remo, fundadores de Roma.
Este glifo simboliza o escudo e a lança de Marte.
Na Astrologia, representa a ação, o impulso agressivo, a iniciativa. Palavra-chave: Energia.

JÚPITER – Maior dos planetas do Sistema Solar, com um volume de massa de 1.400 vezes maior que o da Terra. Sua órbita está entre as de Marte e Saturno. É o quinto planeta em distância ao Sol, cerca de 778 milhões de km. Em sua atmosfera há um “furacão “ permanente, chamado Grande Mancha Vermelha, com extensão de 3 vezes o diâmetro da Terra. Seu período de translação ao redor do Sol é de 11anos e 314 dias. O movimento de rotação em torno do próprio eixo é de 9h 55min, sendo o mais rápido do Sistema todo. Possui um sistema de 4 anéis tênues e 17 satélites já conhecidos. Entre eles poderemos citar: Io, Ganimedes, Europa, Calisto, etc.
Para os gregos, corresponde a Zeus, o deus mais importante. Para os romanos é o deus Júpiter, o máximo de Roma e dono do Céu e da Terra. Para este povo, Júpiter é quem decide os vencedores das batalhas, pesando o destino dos guerreiros numa balança de ouro. É o protetor dos estrangeiros, das casas, das pessoas e dos refugiados.
Este glifo simboliza a primeira letra da palavra grega do nome do deus Zeus.
Na Astrologia, representa a benevolência e a proteção. Palavra-chave: Expansão.

SATURNO - Sexto planeta em distância ao Sol, cerca de 1,5 bilhões de km, girando entre as órbitas de Júpiter e Urano. Segundo planeta em tamanho, tendo volume de 844 vezes o da Terra. Tem uma temperatura de -170°C na alta atmosfera. É rodeado por vários anéis, sendo que três deles podem ser vistos por telescópio. Estes anéis devem ser constituídos por bilhões de pequenos cristais de gelo e partículas de poeira cósmica. Seu período de translação ao redor do Sol é de 29,5 anos e o de rotação em torno do próprio eixo é de 10h 39min. Possui 30 satélites sendo que 12, foram descobertos no ano 2000. Entre eles poderemos citar: Titã, Calípso, Pã, Atlas, Pandora, etc.
Para os gregos, era o deus Cronos, o deus da colheita. Cronos é o mais novo dos Titãs, filho de Urano e Geia. Para os romanos era o deus Saturno, o deus da agricultura. Em sua homenagem eram realizadas as Saturnais, festas em que os escravos eram momentaneamente libertos, onde trocavam-se presentes e as atividades governamentais eram suspensas. Saturno castrou o pai Urano, para poder governar o mundo. Devorava os filhos, para não perder o trono para eles, mais foi derrotado por Júpiter.
Este glifo simboliza a foice do Cronos, deus do Tempo
Na Astrologia, representa o impulso de segurança e garantia. Palavra-chave: O mestre

URANO - Sétimo planeta em distância ao Sol, cerca de 2,9 bilhões de km, com uma órbita entre Saturno e Netuno. É o terceiro em tamanho, tendo volume de 64 vezes o da Terra. Foi descoberto do Sir William Herschel em 14-03-1781, que também descobriu seus dois maiores satélites: Titânia e Oberon em 1787. Sua temperatura é aproximadamente de -190°C em sua atmosfera. Seu período de translação ao redor do Sol é de 84 anos e 4 dias e o de rotação é de 17h 14min. O seu eixo de rotação tem um inclinação de 98°. Possui um sistema de 11 anéis descobertos por volta de 1977. Tem 21 satélites confirmados, sendo que o Titânia é o maior, além de Cordélia, Ofélia, Bianca, etc.
No início do Universo, Geia (Terra) deu à luz Urano (Céu). Depois de um tempo, Urano casou-se com a própria mãe, com quem teve vários filhos e que os enterrava no centro da Terra. Revoltada, Geia pede aos filhos que lutem contra o pai. Saturno obedece e castra Urano, tomando o lugar do mais velho dos deuses gregos.
Este glifo simboliza uma modificação da letra H, do nome do seu descobridor, Herschel.
Na Astrologia, representa o impulso de liberdade. Palavra-chave: O despertador.

NETUNO - Oitavo planeta em distância ao Sol, cerca de 4,5 bilhões de km. É o quarto planeta em tamanho: seu volume é 58 vezes maior que o da Terra. Foi descoberto por Johann Gottfried Galle (1812-1910) e por Heinrich Louis D’Arrest (1822-1875), tendo a sua existência prevista pelo astrônomo John Couch Adams (1819-1892) e pelo astrônomo francês Urbain Jean Joseph Leverrier (1811-1877). Galileu também o reconheceu no século XVII. Sua temperatura é muito baixa: - 220° Celsius. A atmosfera é composta de hidrogênio, hélio e metano. Seu período de translação é de 164 anos e 288 dias e o de rotação, de 16h 06min. Possui um sistema de 4 anéis e tem 8 satélites, a saber: Tritão (o maior), Nereida, Thalassa, Larissa, Proteu, etc.
Para os gregos era conhecido como Poseidon. Para os romanos, Netuno. Para ambos, era o deus dos mares, dos oceanos, dos rios e dos lagos. Era protetor também dos navegantes. As Neptunálias, eram as festas realizadas em sua homenagem, para afastar as secas. Poseidon era filho de Cronos e Réia e irmão de Zeus e Hades. Com seu tridente fazia brotar água da Terra, mas que também provocava maremotos e terremotos. Por isso era também temido.
Este glifo simboliza o tridente de Poseidon, o deus do mar.
Na Astrologia, representa a espiritualidade. Palavra-chave: a intuição.

PLUTÃO - Embora “rebaixado” do status de planeta, para o de “planeta anão”, ainda continua e continuará participando do Sistema Solar, queiramos ou não. E a sua poderosa energia como a dos outros planetas, também continuará a se fazer presente. Este é o caso da nossa Astrologia. É o mais distante de todos os planetas do Sistema. Tem 5,9 bilhões de km de distância do Sol e o único não visitado por sondas espaciais. Foi descoberto através de cálculos matemáticos por intermédio do estudo das irregularidades do movimento de Urano, em 18-02-1930, pelo astrônomo americano Clyde William Tombaugh (1906-1996) que pesquisou as áreas do céu apontadas por Percival Lowell (1855-1916). Temperatura provável – 230°C. Período de translação é de 248 anos e 11 dias e o de rotação é de 6d 9h que coincide com o período orbital de seu único satélite:Caronte.
Para os gregos era conhecido como Hades e para os romanos, Plutão. Hades era filho de Cronos e Réia. É o deus das profundezas subterrâneas e dos infernos. Reinava sobre os mortos. Era lenda entre os gregos que só deviam chamá-lo de Plutão, que significava “muito rico”, referindo-se eles às riquezas do seu reino, que eram as pedras preciosas, ouro, etc.
Este glifo é tirado das letras PL (Percival Lowell), seu descobridor. Simboliza também a cruz da matéria abaixo da Lua crescente e pairando acima o círculo da infinidade.

Na Astrologia, representa o impulso reformador. Palavra-chave: Transformação.
Oficina Astrológica.....
Bençãos!

ODUS

ODUS, O ORÁCULO DOS ORIXÁS

Ifá, o senhor da adivinhação no Candomblé
Afro-brasileiro, indica os caminhos para você alcançar
riqueza, amor, saúde e evolução espiritual

No momento em que um recém-nascido respira pela primeira vez, todas as energias do universo material e imaterial se ligam ao seu corpo.

Forma-se neste instante, um padrão de energias divinas, astrais e numerologias que é único para cada indivíduo. Nessa hora, a pessoa tem traçado o seu odu termo que, no Candomblé, significa caminho ou destino.

A informação é do babalorixá Ângelo d´Osayin, presidente do Centro de Estudos Afro-Brasileiros. Ele explica que os Odus constituem os signos do Ifá, o deus da adivinhação no Candomblé. Os odus são a linguagem dos Orixás, conta Ângelo. Quando o babalaô, o sacerdote de Ifá, lança os búzios no tabuleiro, cada configuração corresponde à um odu diferente, regido por determinado Orixá ou grupo de Orixás.

Existem dezesseis odus básicos, que podem ser associados à data de nascimento da pessoa. E cada pessoa tem cinco odus; quatro referentes à sua vida material e um referente ao seu caminho espiritual. O jogo de búzios é a forma ritual, sagrada, de descobrir os odus de uma pessoa, mas também é possível conhecê-los recorrendo à numerologia.

De um modo ou de outro, esse conhecimento é muito importante, pois os odus sintetizam o potencial de cada indivíduo, seus talentos e suas limitações. Os odus encorajam e advertem, conta Ângelo. Eles indicam traços fortes e pontos vulneráveis. Conhecendo-os, podemos lidar melhor com eles e viver bem. Pois o odu, o caminho espiritual, não pode ser trocado, mas pode ser lapidado.

Veja a seguir, como calcular os signos dos Orixás correspondentes à sua vida material e ao seu percurso espiritual, para que você possa trilhar com segurança o caminho da prosperidade, a saúde, a realização sexual e afetiva e o equilíbrio interior.

Como calcular

Para conhecer seus odus, tome como ponto de partida a data do seu nascimento. Trace num papel quatro linhas horizontais cortadas no centro por uma linha vertical. Essa linha vertical vai separar os algarismos em duas colunas: uma à esquerda e outra à direita. Escreva na primeira linha horizontal, usando as duas colunas, o número do dia em que você nasceu.

Se esse número for menor que 10, coloque um zero (0) na coluna da esquerda. Na segunda linha, escreva o número do mês (de 01 à 12). Se esse número for menor que 10, coloque um zero na coluna da esquerda. Na terceira linha, sempre usando ambas as colunas escreva os dois primeiros algarismos do ano em que você nasceu (19). Na quarta linha, usando as duas colunas, escreva os dois últimos algarismos do ano em que você nasceu. Some separadamente os algarismos de cada coluna. E sempre que o resultado ultrapassar 16, o número de odus básico, reduza-o somando os algarismos.

Veja o exemplo abaixo, de uma pessoa nascida em 25 de março de 1962:

1a linha

2

5

dia

2a linha

0

3

mês

3a linha

1

9

ano

4a linha

6

2

ano

Soma

9

19

Como 19, o total da segunda coluna, é maior que 16, você deve somar 1+9. Portanto no exemplo, o resultado da coluna da esquerda é 9 e o resultado da coluna da direita é 10.

A seguir desenhe uma cruz e escreva nas pontas dos braços da cruz as palavras Testa, Fronte Direita, Nuca e Fronte Esquerda, conforme o modelo:

Escreva o número correspondente à soma da coluna da direita (10, no exemplo) no ponto referente à TESTA, e o número correspondente à soma da coluna da esquerda (9, no exemplo) no ponto referente à NUCA.

Para encontrar o número correspondente à FRONTE DIREITA, some os dois números já obtidos (9 e 10). O resultado obtido é 19, que reduzido, dá 10 (1+9=10).

Para encontrar o número correspondente à FRONTE ESQUERDA, some os três números já obtidos : 10+9+10 = 29. Como o resultado (29) é superior a 16, o número de odus básicos, reduza-o: 2+9=11.

Para encontrar o número correspondente ao CENTRO DA CABEÇA, some os quatro números já obtidos 10+9+10+11 = 40, que reduzido dá 4 (4+0 = 4).

Escreva o resultado no meio da cruz:

O babalorixá Ângelo d´Osayin esclarece que os odus mais importantes para a orientação da pessoa são os da Testa, que reflete sua vida material, e o do centro da Cabeça, que reflete seu caminho espiritual. Os outros três odus equilibram e harmonizam as energias individuais, complementando as informações dos odus da testa e do centro da cabeça.

MENSAGENS DOS ORIXÁS


1. OKANRAN MEJI
Regente: Exu
Elemento: Fogo
Pessoas com esse ODU são inteligentes, versáteis e passionais, com enorme potencial para a magia. Seu temperamento explosivo faz com que raras vezes atuem com a razão. Têm sorte nos negócios. No amor, extremamente sedutoras, são muito inconstantes e mentem com facilidade. As mulheres têm como ponto vulnerável o útero.


2. EJIOKO MEJI
Regente: Ogum com influências dos Ibejis e de Obtalá
Elemento: Ar
Pessoas com esse ODU são intuitivas, joviais, sinceras e honestas. Revelam grande combatividade, mas não sabem conviver com derrota. Apesar de volúveis no amor, são muito ciumentas. Devem controlar obstinação e ter cuidado com a vesícula e com o fígado, seus pontos vulneráveis.


3. ETAOGUNDÁ MEJI
Regente: Obaluaê com influência de Ogum
Elemento: Terra
Pessoas com esse ODU em geral vêem seus esforços recompensados. Costumam vencer na política e conseguem obter grandes lucros nos negócios, particularmente nas atividades agrícolas, mas podem sofrer desilusões no amor e traições dos amigos. Emocionalmente inconstantes, estão propensas a ter problemas espirituais e físicos, embora na maioria dos casos consigam se recuperar com facilidade de qualquer doença. Seus pontos vulneráveis são os rins, as pernas e os braços.


4. IROSSUN MEJI
Regente: Oxossi com influência de Xangô, Iemanjá, Iansã e Egum
Elemento: Terra
Pessoas com esse ODU são generosas, sinceras, sensíveis, intuitivas e místicas. Têm grande habilidade manual e podem alcançar sucesso na área de vendas. Entre os aspectos negativos estão a tendência a sofrer traições amorosas e a propensão a acidentes. Muitas vezes são vítimas de calúnias e da perseguição dos seus inimigos. Também precisam cuidar da alimentação, pois seu ponto vulnerável é o estomago.


5. OXÊ MEJI
Regente: Oxum com influências de Iemanjá e Omulu
Elemento: Água
Pessoas com esse ODU têm mão de magia, força e proteção espirituais, religiosidade e uma inclinação especial para o misticismo e as ciências ocultas. São ótimos professores e se destacam em qualquer atividade que exija liderança, mas precisam aprender a controlar sua vaidade e seu egocentrismo. Outro aspecto negativo é a tendência a se vingar quando estão com raiva. Seus pontos vulneráveis são o aparelho digestivo e o sistema hormonal.


6. OBARÁ MEJI
Regente: Xangô com influências de Exu, Iansã, Oxossi. Oçanhe e Logunedê
Elemento: Fogo
Pessoas com esse ODU têm grande proteção espiritual e costumam vencer pela força de vontade, especialmente em profissões relacionadas à Justiça. Mas são com freqüência vítimas de calúnias e não têm sorte no amor. Devem aprender a silenciar sobre seus projetos e a determinar por onde começá-los. Seu ponto vulnerável é o sistema linfático.


7. ODI MEJI
Regente: Obaluaê com influências de Exu, Oxalufam e Oxumarê
Elemento: Terra
Pessoas com esse ODU são ambiciosas e costumam ser bem sucedidas na sua profissão, mas a indecisão as leva a não concluir muitos dos seus projetos. Quando a fé as impulsiona, porém, ultrapassam todas as barreiras. Sonham com o poder e adoram se divertir, às vezes, provocam enormes confusões. Não têm sorte no amor. Seus pontos vulneráveis são os rins, a coluna e as pernas.


8. EJONILÊ MEJI
Regente: Oxaguiã com influências de Xangô, Oxum e Oxossi
Elemento: Ar
Pessoas com esse ODU são dedicadas e honestas e levam uma vida quase sem sofrimentos. Mas estão sujeitas a acidentes graves. Amam com intensidade e têm amizades sinceras. Quando são repudiadas ou sofrem uma traição, podem se tornar vingativas. Devem evitar o consumo de álcool e de carne vermelha e se vestir de branco nas sextas-feiras. Seu ponto vulnerável é o sistema nervoso central.


9. OSSÁ MEJI
Regente: Iemanjá com influências de Xangô, Oçanhe, Oxossi e Iansã
Elemento: Água
Pessoas com esse ODU são líderes natas, mas seu autoritarismo lhes cria sérios problemas, inclusive conjugais. O instinto protetor e a religiosidade também as caracterizam. Seus pontos vulneráveis são os conflitos psicológicos e, no caso das mulheres, os problemas ginecológicos.


10. OFUN MEJI
Regente: Oxalufam com influências de Xangô e Oxum
Elemento: Ar
Pessoas com esse ODU são inteligentes, fiéis e honestas, capazes de dedicar atenção total ao seu amor. Têm amigos sinceros e elevada espiritualidade. Em contrapartida, mostram-se muito teimosas e tendem a sofrer perseguições e desilusões amorosas. Seus pontos vulneráveis são o estomago e a pressão arterial.


11. OWARYN MEJI
Regente: Iansã com influências de Exu, Oçanhe e Egum
Elemento: Fogo
Pessoas com esse ODU têm imaginação fértil, boa saúde e vida longa, mas as más influências e a falta de fé as levam a enfrentar dificuldades materiais e a só alcançar o sucesso depois de grandes sacrifícios. São muito volúveis no amor. As mulheres geralmente fracassam no primeiro casamento, mas acabam encontrando a felicidade. Devem evitar a bebida e outros vícios. Seus pontos vulneráveis são a garganta, o sistema reprodutor e o aparelho digestivo.


12. EJI-LAXEBARÁ
Regente: Xangô com influências de Logunedê e Iemanjá
Elemento: Fogo
Pessoas com esse ODU têm o dom de convencer os outros. Dotadas de grandes qualidades espirituais, são bondosas, justas e prestativas, embora às vezes se mostrem arrogantes. Apaixonam-se com facilidade e são muito ciumentas. Devem evitar bebida e podem ter problemas judiciais ou relacionados à perda de bens. Seu ponto vulnerável é a circulação sanguínea.


13. EJIOLIGIBAN MEJI
Regente: Nanã com influência de Obaluaê
Elemento: Terra
Pessoas com esse ODU aceitam com resignação os sofrimentos físicos, emocionais e espirituais, conscientes de que todas as situações da vida são transitórias. Além disso, sua profunda fé termina por lhes assegurar vitória. Não têm muita sorte no amor. Dotadas de mão de cura, se destacam nos serviços médicos e de assistência psicológica e nas terapias alternativas. Seus pontos vulneráveis são o baço e o pâncreas.


14. IKÁ MEJI
Regente: Oxumarê com influências de Oçanhe e Nanã
Elemento: Água
Belas e sensuais, as pessoas com esse ODU têm aparência juvenil e forte poder de sedução. Vivem paixões arrebatadoras mas passageiras e estão sempre em busca de novos amores. Possuem talento para a magia e enorme força espiritual, que se manifesta através do olhar. Enriquecem com facilidade e se destacam na vida profissional e social, mas são desconfiadas e propensas a ter conflitos psíquicos. Seu ponto vulnerável são as articulações que podem lhes causar problemas de locomoção.


15. OGBEOGUNDÁ MEJI
Regente: Oba com influências de Eua
Elemento: Água
Pessoas com esse ODU são valorosas, combativas e imparciais, mas costumam sofrer desilusões amorosas, o que acentua sua agressividade e seu sentimento de rejeição. Têm saúde frágil: estão sujeitas a problemas nos olhos, ouvidos e pernas e a distúrbios do sistema neurovegetativo.


16. ALÁFIA ONAN
Regente: Ifá
Elemento: Ar
Calmas, racionais e espiritualizadas, as pessoas com esse ODU têm domínio sobre suas paixões. São excelentes nas áreas de vendas e de artesanato, mas desistem facilmente dos seus projetos e perdem o interesse por aquilo que já conquistaram. Estão sujeitas a problemas cardiovasculares, psíquicos e de visão.

Texto de Ligia Amaral Lima publicado na revista EDIÇÃO EXTRA DESTINO 1998

FLORA

FLORA, DEUSA DA PRIMAVERA
Apesar de Flora ser uma deusa inteiramente itálica, Ovídio intenta relacioná-la com a mitologia grega. Partindo de uma falsa etimologia, identifica Flora com a ninfa grega Cloris. No relato há uma lenda entre Cloris e Zéfiro.
O autor nos conta que em um certo dia de primavera Zéfiro, o vento oeste, avistou passeando a ninfa Cloris e apaixonou-se por ela. A raptou e posteriormente casou-se com ela. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores. Concedeu-lhe ainda, o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Zéfiro e Cloris era um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelo céu, enfeitados com coroas de flores, que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.
Depois Ovídio segue relatando que Flora interveio em outro mito. Juno tinha ficado desgostosa com Júpiter, por ele ter dado à luz sozinho a Minerva, decide então fazer o mesmo. A rainha dos deusas vai em busca da ajuda de Flora para conceber um filho sem ajuda de seu esposo. Flora lhe entrega uma flor que crescia nos campos de Oleno, na Acaia, com a qual Juno engravidou de Marte, o deus cujo nome é o primeiro mês da primavera no Hemisfério Norte. Assim, o nascimento a partir da flor feminina é uma forma arquetípica de nascimento divino, quer pensemos no nascimento de Marte, no nascimento de Rá no Egito; no nascimento da "jóia divina no lótus", segundo o budismo, ou no nascimento do "self" da Flor de Ouro, na China como no homem moderno.
Celebre também você o festival das flores da Deusa Flora, comprando flores e distribuindo- as por toda a sua casa. Se possuir plantas em vasos em sua casa ou apartamento, troque sua terra, ponha um pouco de fertilizante, preocupe-se com elas. Depois acenda um incenso floral de jasmim, rosa ou madressilva. Coloque um jarro com água em frente ao seu altar e coloque uma flor a flutuar dentro dele.
Quando a Lua Cheia erigir, dirija-se a seu altar e acenda uma vela branca. Sente-se na escuridão apenas à luz da vela. Observe o leve bailar da flor no jarro e pense na forças mágicas que existem na Natureza que criam maravilhosas e divinas flores todos anos. Contemple o modo como essa força influi em sua vida.
Faça com que raízes de você penetrem na Terra, obtendo deste modo uma reposição de energias perdidas ao longo de sua vida. Sinta a energia entrando em você. Agora erga os braços em direção à Lua. Sinta a energia da Lua somando-se às da Terra. Deixe que estas energias fluam dentro de você, limpando, curando, equilibrando. Para romper o fluxo, apóie ambas as mãos no solo. Deixe que as energias voltem para a Terra.
Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto

Signos e Mães

ÁRIES

- Não é a mãe que vai falar com a criança imitando bichinho, balcuciando carinhosamente palavras de ninar. Não é assim que manifesta seu instinto protetor, mas defende ferozmente, ao menor sinal de ameaça, aquele
por quem se sente totalmente responsável. Troca os afagos por incentivo, ouve pouco e soluciona muito quando um problema surge, prepara para a vida e para isso é preciso valorizar a coragem, a independência, a competitividade e o espírito de luta. E é o que faz. Detesta cenas, não suporta qualquer coisa parecida com fraqueza e, diante de qualquer obstáculo, o conselho será :
"olhe para cima e siga em frente".

TOURO

- Inspira confiança no olhar; serena, tranqüila, teimosa e determinada, vê tudo com naturalidade e respeita o tempo da criança. Raramente perde a paciência, mas é bom não subestimar suas opiniões porque apega-se a elas e não se deixa convencer por nada que contrarie o que acha importante. Nada é sofisticado, na realidade, quanto mais simples, melhor. Diante do problema, da dor, da preocupação, não importa, está ali, deixando que tudo se acalme por si só. Não entra na ansiedade de ninguém... Os conselhos que der têm sempre a ver com a segurança. A espontaneidade com que trata o filho não exclui o forte sentimento de posse; o humor é estável, o comportamento previsível, oferece certezas e parece que uma de suas metas é descomplicar tudo. Afetiva e sensível, gosta do toque, mas sob a aparência de permanente calma há alguém que sabe e que faz o que quer.

GÊMEOS

- É melhor amiga do que mãe. O filho ativa seu lado infantil, alegre, disponível para o que surgir. Incentiva a mesma liberdade e independência que busca para si e é capaz de competir com a criança em diversas situações
porque iguala-se a ela. Nada tem de possessiva e vai facilitar os encontros com amiguinhos quando pequena, o acompanhamento mais tarde, o intercâmbio cultural na adolescência. É a esperteza e a rapidez com que resolve os problemas que receberão elogios. É o bom desempenho escolar o maior motivo de orgulho; não dirá "não" a um pedido de um livro, de um curso, de uma revista, de qualquer coisa que proporcione conhecimento. Atualizada, tem sempre papo que os filhos - e os amigos deles - entendem. Espera que entendam suas explicações - mesmo que a idade seja de dois anos.

CÂNCER

- É, talvez, a que mais se apega aos filhos; proteção, cuidados, ciúme, apego, tudo em grandes doses, mais a presença constante e uma eterna disponibilidade, tornam-na extremamente poderosa e influente na vida deles. Incentiva a busca da segurança - de todos os tipos, mas não a da independência. Forte e determinada, não se sente bem sem oferecer um alicerce seguro diretamente relacionado a bens materiais. Pode se envolver demais com os que estão sob os seus cuidados e, freqüentemente, o papel de mãe supera e faz esquecê-la de outros, tão importantes quanto. O humor instável precisa ser interpretado sem que diga uma só palavra e magoa-se com tanta facilidade que muitos perdem a espontaneidade ao seu lado. Adivinha o que o filho pensa.

LEÃO

- A palavra orgulho faz todo sentido aqui; tem ou quer tê-lo em relação aos filhos e exibi-los é algo que faz com naturalidade e altivez ao mesmo tempo. Protetora, confiável e presente, prepara-os para que ocupem um lugar especial no mundo, sem que tirem o seu espaço. Vê-os como a expressão máxima de sua criatividade, mas não abre mão da sua identidade em nome deles: nunca
é a mãe de alguém, é ela mesmo. Quer tê-los por perto, mas independentes ao mesmo tempo. Não aceita facilmente o fato, mas é impositiva e não gosta de ter seus pontos de vista questionados. A eterna criança que tem dentro de si aproxima-a dos filhos; irradia alegria e entusiasmo, mas pode limitar um pouco o espaço deles.

VIRGEM

- É eficiente, a que administra os seus afazeres sem se descuidar de suas responsabilidades de mãe - nunca. Ensina o filho a lidar com as questões básicas de sobrevivência desde muito cedo. Este precisará ter um planejamento de tudo o que faz para se entender bem com ela. Não tem muita paciência com o que sai errado e há uma cobrança implícita em muito do que diz. Arrumações e horários são exigidos com naturalidade, mas é sempre disponível e dificilmente diz ou consegue manter um "não". Incentiva o desenvolvimento intelectual de todas as formas e não se incomoda de abrir mão de interesses pessoais se achar que isso fará bem ao filho. Prática, trata de tudo com naturalidade e ensina que a rotina é algo desejável e estabilizador ao mesmo tempo. Muito afetiva, pode ser pouco espontânea ao manifestar o que sente.

LIBRA

- Muitos podem achar que suas reações são frias demais diante de um problema dos filhos, mas é que a razão e a lógica chegam antes dos sentimentos. Orienta e ajuda na resolução dele e só depois vai se dar conta do que sentiu. E é através da palavra e do bom senso que espera ser entendida. Vão aprender cedo com ela a combinar cores, a ter bons modos em qualquer lugar, a retribuir gentilezas, a apreciar o belo, não o belo da natureza, mas o criado pelo homem. E vão aprender a ser justos, conciliadores, a ver e respeitar os pontos de vista dos outros. Apazigua desentendimentos e a harmonia é tão valorizada que a espontaneidade pode ficar em segundo plano. Ponderada, opina, é participante e excelente interlocutora.

ESCORPIÃO

- Intensamente emotiva, envolvente, forte, determinada, desce cedo os filhos sabem que podem contar com ela, mas não podem se acovardar diante
de nada... A comunicação é feita mais pelos sentimentos do que pelas palavras e, em muitos momentos, o limite entre a identidade dela e a dos filhos é tênue demais. Talvez participe muito, talvez ache que nunca dá o suficiente. Fala sobre, mas não incentiva a independência deles. Parece incoerência, mas incentiva a liberdade e quer ter controle sobre ela ao mesmo tempo. A ligação com eles supera todas as outras e o sentimento de proteção é imenso; interfere nas escolhas que fazem, mas nunca é ausente. Sua presença é sentida à distância.

SAGITÁRIO

- É a mãe companheira que faz e acha graça nos programas com os filhos; curte tanto quanto eles. Propicia tudo o que possa ampliar o conhecimento e o contato com a natureza sempre vai ser visto como
estimulante. Jovial, curiosa, eterna aprendiz, tem sempre um assunto para manter uma conversa interessante. Preserva a liberdade pessoal e, provavelmente, estará sempre ocupada com suas próprias atividades - os
cursos, as aulas e as viagens têm papel importante aí.
Irá a todas as competições esportivas, participará de todos os roteiros de viagens que fizerem, terá interesse especial pelo rendimento escolar. E quando um problema surgir?
O otimismo encontra a solução... E será que merece tanta
atenção o que vai ser rapidamente solucionado?

CAPRICÓRNIO

- O que é certo e errado será ensinado logo cedo. E o que é isso? É tudo o que tem a ver com as normas que todos seguem, com os valores que a
família transmite, com um código, escrito ou não, que reproduz o que provou funcionar e que é aceito e respeitado. Responsabilidades, deveres e obrigações, respeito aos mais velhos e à tradição serão incentivados sempre, cobrados constantemente. Amadurece-se mais cedo com ela. Protetora, mas econômica nos elogios, é alguém com quem se pode contar; a jovialidade se
esconde sob uma capa de austeridade, mas é intensamente emotiva, só que emoção vem depois de tudo devidamente cumprido. O desejo é de que os filhos
construam a própria segurança e qualquer questionamento ou ato de rebeldia tem tempo certo para acabar.

AQUÁRIO

- Não são as convenções que interessam; incentiva o questionamentos dos filhos, aprova quando contestam qualquer coisa parecida com autoridade e
vai lutar ao lado deles ao menor sinal de injustiça.
Valoriza os posicionamentos pessoais, o desejo de independência, respeita os direitos deles, mas são melhores amigas que mães. Conversam sobre tudo e o que é alvo de preconceito é discutido com naturalidade.
A proximidade física perde para um papo estimulante. .. Não fale com uma mãe aquariana em tom lamurioso, não
faça nada semelhante a uma chantagem, não se coloque frente a ela de forma submissa nem faça o papel de vítima. Vai afastá-la. Não sabe dizer "não", mas é menos maleável do que parece.


PEIXES

- É a mãe compreensiva, que tem dificuldades em colocar limites, emotiva, sensível, carinhosa, presente e ausente ao mesmo tempo. Parece estar em outra sintonia com certa frequência... Coloca-se no lugar do filho quando
este tem um problema ou quando não consegue algo que quer muito e acaba vendo o mundo pelos seus olhos.
Pode não oferecer uma ajuda efetiva em momentos
difíceis porque a emoção nubla suas decisões. Regras?
Há poucas. Horários? Também, porque não vê importância em nada muito rígido e talvez a organização não vá ser aprendida com ela. Despoja-se, dá-se de forma incondicional, coloca os interesses dos filhos sempre antes dos seus. Se falta firmeza em muitos momentos, sobra disponibilidade. Não é preciso falar... ela capta tudo.
Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.
Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.

OMOLU / OBALUAÊ

(o senhor das doenças)
(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

PERFIL DO ORIXÁ

Esta pesquisa se dedica ao Orixá da Doença ou Orixá da Varíola. Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omolu seja Obaluaê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente
, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê , Abalaú, Obaluaiê e Abaluaê .

Em termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã , enquanto Omolu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básica de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omolu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola , tal visão porém, nos parece uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente pôr ser a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omolu-Obaluaê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omolu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos iorubas. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanas, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omolu-Obaluaê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar , mais prováveis nos Orixás iorubas.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a ioruba, o que pode ser sentido em seus mitos: A antiguidade dos cultos de Omolu- Obaluaê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum .

Como parte do temor dos iorubas, eles passaram a enxergar a divindade (Omolu-Obaluaê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignidade de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Oçanhe). Omolu-Obaluaê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais , já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Existe uma grande variedade de tipos de Omolu-Obaluaê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omolu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAÊ

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omolu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Oçanhe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade ara si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, o Orixá da varíola é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.