Antes eles queimavam as "bruxas". Agora estão fuzilando os "macumbeiros". Qual a próxima atração?
UMBANDISTAS PEDEM AJUDA À BELTRAME
O Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o Chefe do Estado Maior da PM, Cel Antonio Carlos David e o subsecretário de Polícia Civil, Ricardo Martins reuniram-se com o deputado Átila Nunes, que pediu ajuda das autoridades de segurança no sentido de evitar que os centros de Umbanda e Candomblé continuem sendo perseguidos por fanáticos religiosos nas comunidades mais pobres do Rio, como as favelas, em reportagens veiculadas pela Imprensa.
Átila disse que "há qualquer momento pode acontecer uma tragédia, já que criminosos que se auto-intitulam pastores, estão obrigando aos dirigentes a fecharem as portas de seus terreiros, com fuzis debaixo do braço - que afirmam terem a proteção de Jesus - sob alegação de que os centros espíritas são coisa do demônio,".
Ele reiterou a necessidade da presença do Secretário Beltrame na audiência pública convocada para discutir na Alerj esses casos de intolerância religiosa nas favelas. "Esse não é um clamor de todas as entidades representativas das religiões afro-brasileiras, mas sim de todos que crêem na liberdade e respeito aos cultos religiosos".
Presente ao encontro, o vereador Átila Nunes Neto, chamou atenção para o fato que essa violência religiosa vai sair dos morros e alcançar os centros umbandistas dos demais bairros. Ele acha fundamental que todos os policiais civis e militares tenham conhecimento dos dispositivos constitucionais que garantem o livre exercício de culto, para que quando algum umbandista vá registrar uma queixa, seja levado em conta que não apenas o Código Penal está sendo infringido, mas como também, a Constituição Federal. O Secretário Beltrame disse que o assunto já tinha chegado ao seu conhecimento e que está merecendo atenção da cúpula das Policia Civil e Militar
O telefone do Disque-Denúncia Intolerância Religiosa é 2461-0055 para relatar casos de perseguições aos terreiros de Umbanda e Candomblé, como também aos dirigentes, médiuns, frequentadores ou simpatizantes dos cultos afros. A identidade dos denunciantes será preservada em absoluto sigilo. Também pode ser usado o e-mail denuncia@emdefesadaumbanda.com.br
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