A prece de Cáritas é a mais bonita e comovente de toda a literatura espírita, mas a sua origem não se conhece bem, e se perguntar à maioria dos espíritas como é que surgiu, e porque é que se chama assim, poucas pessoas se arriscarão a dar uma opinião.
O que se afirma no movimento espírita, é que Cáritas é um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns do seu tempo, Madame W. Krell, do Círculo Espírita de Bordeux, França. A prece foi psicografada na véspera de Natal de 1873.
Pensa-se que este espírito tenha sido Irene, uma mártir que desencarnou em Roma no ano 305, quando das perseguições do Imperador Diocleciano. Canonizada pela religião católica, ficou conhecida como Santa Irene. Ela e as irmãs tinham-se convertido ao Cristianismo. Diocleciano determinou a perseguição aos cristãos, e ela foi acusada de possuir “livros proibidos” e, por isso mesmo, condenada a morrer na fogueira, enquanto as suas irmãs eram degoladas à sua frente.
Madame Krell, atualmente esquecida, pode ser considerada como uma das maiores médiuns de psicografia da história do Espiritismo. A perfeição extraordinária das mensagens que psicografou, dos maiores nomes da poesia francesa, nunca poderiam pôr em cheque o nome da médium.
Madame Krell recebia constantes comunicações do Espírito da Verdade, Dumas, Lacordaire, Lamennais, Pascal, do filósofo grego Esopo, Fénelon e outros, que foram publicados no livro “Rayonnements de la Vie Spirituelle”, em Maio de 1875. Madame Krell psicografava em transe, tendo recebido trabalhos de Lamartine, André Chénier, Alfred de Musset, Edgar Allan Poe, Saint-Beuve, além de mensagens como “A esmola espiritual” ou “Como servir a religião espiritual”.
Autor Desconhecido
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