Por favor, preencha a atmosfera com a vibração sublime dos Santos Nomes:
Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

sábado, 27 de dezembro de 2008

UMA ORAÇÃO AO ETERNO QUE MORA NOS CORAÇÕES

(Uma Viagem Espiritual na Doçura de um Olhar Silencioso)
 
Que você encontre o amor mais lindo dentro do seu próprio coração.
Que você veja seus filhos como presentes do Eterno.
Que você ainda se encante com as coisas mais simples da vida.
Que você não se iluda com as luzes temporárias do mundo.
Que você saiba tirar sábias lições de vida dos reveses.
Que você perdoe, mesmo que ninguém entenda.
Que você veja cada dia como uma bênção de luz e recomeço...
Que nada possa afastá-lo de seus melhores propósitos.
Que você escute música e se sinta agradecido.
Que você não se esqueça de seus pais e honre-os com sua atenção.
Que você seja justo, sem jamais perder seu coração e sua canção.
Que você não se apegue ao passado; há tanta coisa para aprender...
Que você não se esqueça de quem lhe ajudou; gratidão é sabedoria.
Que você conserve seus amigos verdadeiros; eles são jóias de sua vida.   
Que você segure seus filhos no colo, como o Eterno segura as estrelas.
Que você veja seu parceiro (a) como um presente da vida.
Que você chore, se for preciso, mas que suas lágrimas sejam lindas.
Que você ria, principalmente de si mesmo; alegria é fundamental!
Que você não tenha ódio em seu coração, pois isso empobrecerá sua canção.
Que você supere suas provas, com coragem e inteligência.
Que você abra seu coração para o amor, como a flor se abre para o sol.
Que você beije alguém amado como os raios solares beijam as flores.
Que você faça amor com luz nos olhos e gratidão pelo presente.
Que você não prenda quem quer ir embora. Amor não é gaiola!
Que você se atreva a ser você mesmo, mas sem arrogância!
Que você jamais se esqueça de que há um Poder Maior em todas as coisas.
Que você ore, em espírito e verdade, sem medo de se abrir para o Céu.
Que você converse com o Eterno, de coração a coração, sem dramas.
Que você olhe para a lua cheia, extasiado, como uma criança.
Que você sinta o cheiro do café e se sinta cada vez mais vivo.
Que você tome um chá de olhos fechados e pense em algo bom.
Que você se recicle, se areje, para não criar teias de aranha em sua vida.
Que você tenha a idade que seu espírito lhe disser, sem medo de rugas.
Que você não envelheça sem amadurecer; jamais deixe de rir de uma piada!
Que você sempre trate bem a sua criança interior; criança é vida!
Que você sempre desconfie quando a música não o encantar mais.
Que você perceba o perigo de ser tomado pela irritação descabida.
Que você não perca tempo com fofocas e nem se exaspere com tolices.
Que você saiba valorizar pessoas de energia limpa e toques legais.
Que você se atreva a andar com um sol na cara e um grande amor no peito.
Que você não se engane com as aparências; há muita gente boa neste mundo.
Que você não olhe raça, religião, sexo ou cultura; veja o Eterno em cada ser.
Que você jamais ache que perdeu algo ou alguém; o Todo está em tudo!
Que você sinta o que senti ao escrever tudo isso, em espírito e verdade.
Que você veja luz nessas linhas; a mesma luz que está em seu coração.
Que você sinta um Grande Amor; o mesmo que me fez escrever...
Que você escute alguma canção querida e se sinta muito bem.
Que você seja feliz, mesmo que ninguém entenda.
 
P.S.:
Aqui, no meio da madrugada da grande metrópole de aço e concreto, onde o Grande Arquiteto Do Universo me colocou para viver, trabalhar e aprender, eu atrevo-me a escrever o que meu coração sente. 
Meu corpo está no plano físico, mas os meus pensamentos e sentimentos voam longe, para além do horizonte dos cinco sentidos...
Então, meu olhar pousa em outro olhar, algures, na imensidão, por entre os planos... E eu me sinto pequeno diante do amor sereno que desce aqui. Sim, bem pequeno, como a flor beijada pelos raios solares.
Há uma doçura nesse olhar silencioso. Uma lucidez perene, plácida, como um carinho secreto. É pura compreensão. 
E eu fico pensando: “Será que Ele viu esses escritos que fiz por impulso, sem nem saber por quê? E sua doçura silenciosa viajará junto com esses escritos, até outros corações?”
Quem sabe isso é só o Eterno.
Eu só sei escrever o que o meu coração diz, em espírito e verdade.
E fico grato, só por isso. Como uma flor desabrochando na aurora. 
Eu sou a flor e o rishi* que me olha é a aurora.   
Então, que sua luz silenciosa siga... Para abrir outras flores por esse mundão de Deus, como deve ser.
 
(Dedicado ao sábio espiritual Ramana Maharishi**).
 
Com gratidão e amor.
Paz e Luz.
 
- Wagner Borges – pequeno coração, que não sabe como agradecer os presentes espirituais que recebe do Alto; pequena flor sob a luz do samadhi***; criança do Eterno num corpo de homem feito; neófito da vida e médium de um amor que não se explica, só se sente...   
 
São Paulo, 12 de dezembro de 2008.
 
- Notas:
* Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.
** Ramana Maharishi - 1879-1950 - Nascido em 1879 no Sul da Índia (Madura), Venkatraman Aiyer completou seus estudos no liceu americano desta cidade. Aos 17 anos viveu, na tranqüilidade de seu quarto, a experiência intensa de sua morte, contemplando em seguida a fonte divina de seu ser. Pouco depois, um chamado interior o obrigou, em 1896, a deixar tudo e retirar-se para uma gruta em Arunachala, montanha sagrada próxima a Tiruvannamalai, a oeste de Pondichery. Para lá foram atraídos os peregrinos que buscavam este asceta transfigurado, que passou a ser chamado de Maharshi (Grande Sábio). A chegada de mais e mais peregrinos levou a construção de dois ashrams próximos à gruta. Ramana Maharshi nada escreveu, mas os que o cercavam registraram os diálogos que teve. O sábio sempre acentuou sua preferência por um método simples, leve, direto e desembaraçado. A metáfora do mergulhador é particularmente reveladora do seu estilo. Ao responder à questão "quem sou eu?", é preciso mergulhar dentro de si mesmo. O espírito concentrado sobre um único ponto, bem como a palavra e a respiração suspensas, propiciam o encontro com a consciência pessoal. Ramana Maharshi faleceu em Tiruvannamalai em 1950. Sua presença e seu silêncio constituíram um ensinamento inestimável para seus discípulos. 
*** Samadhi – do sânscrito - expansão da consciência; estado de consciência cósmica.
Obs.: Enquanto eu escrevia, rolava no som o belo CD. “Madcap’s Flaming Duty” – da banda alemã de rock progressivo/eletrônico Tangerine Dream – 2007 – Importado.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário