"Objetos, ervas e a queima de tabaco são utilizados
como ferramentas de auxílio na eliminação de
'miasmas', possibilitando a revigoração e a cura."
como ferramentas de auxílio na eliminação de
'miasmas', possibilitando a revigoração e a cura."
A partir do momento em que se confia no poder do bem, é evidente que também se deve confiar nos benzimentos. O benzedor é uma criatura que movimenta forças curadoras a favor de outra pessoa e descrer desse trabalho é o mesmo que não acreditar na positividade do bem.
Durante o benzimento, um feixe de forças é projetado sobre o paciente em uma freqüência vibratória dinamizada pela condição amorosa de curar dos benzedores.
Eles enfeixam as energias que flutuam nos ambientes onde atuam e os direcionam aos enfermos, cuja cura estará sujeita à sua maior ou menor receptividade psíquica.
O benzedor atua como um condensador vivo dos maus fluidos alheios, um imã que atrai a sujeira do próximo. Já os objetos usados neste trabalho funcionam como acumuladores ou captadores de fluidos ou forças etéreo-físicas.
Embora a medicina oficial considere a terapêutica exótica do benzimento como superstição, na verdade, ela "chicoteia" e desintegra os fluidos virulentos que nutrem os vírus de certas infecções que se alastram de forma eruptiva, como o eczema, o cobreiro e outras doenças típicas da epiderme.
Sob o comando espiritual do benzedor, a aura etérica dos vegetais tóxicos e queimantes, como a pimenta brava, por exemplo, atua no fluido mórbido e ardente do eczema ou cobreiro, desintegrando-o pelos impactos magnéticos. Então, extinto o terreno fluídico doentio que alimentava os germens infecciosos, estes desaparecem pela falta de nutrição apropriada.
Após o trabalho, o benzedor determina ao paciente que enterre o galho de pimenta brava que absorveu o fluido doente do eczema, para que este, como um fio-terra, descarregue no solo essa carga tóxica.
O dom ou a faculdade de cura é inerente ao benzedor e a preferência por determinado objeto, erva ou gesticulação funciona como um catalizador do próprio benzimento. A utilização de certos ingredientes ou sistemas de operação varia de uma pessoa para outra.
Dessa forma, encontramos um espírito que se apresenta como "preto-velho" e benze com galhos de arruda ou palha benta, esconjurando os fluidos ruins e fazendo cruzes sobre o paciente, além de benzedeiras que usam rosários, escapulários, talismãs, bolsinhas de oração ou cruzam o corpo do enfermo com objetos de aço para atrair maus fluidos, os quais são lançados depois em água corrente.
Há benzedores que cortam fios de linha sobre pires com água para eliminar vermes das crianças ou usam fragmentos de carvão para fazer um diagnóstico do paciente através do comportamento deles em um líquido. Nos terreiros, caboclos e pretos-velhos sopram fumaça de seus cachimbos ou charutos sobre os enfermos, expulsando as cargas malévolas.
Estamos impregnados por forças curativas e, assim, poderíamos operar verdadeiros milagres. Porém, para isso, necessitamos preencher algumas condições básicas: estarmos com o coração e a mente puros; termos um desejo sincero de ajudar, livre de vaidades e egoísmos; evitarmos vícios, para não repassarmos venenos tóxicos ao paciente; termos fé, acreditando no que estamos fazendo.
Edvaldo Kulcheski - Revista Cristã de Espiritismo
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