Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
domingo, 28 de outubro de 2007
Sempre fica perfume nas mãos que oferecem rosas
espalhava seu véu branco por sobre as Campinas, as pradarias e dava brilho
especial aquele jardim florido onde as gérberas e adálias bailavam ao sabor
da brisa. Pétalas orvalhadas brilhavam a luz do luar, fazendo do roseiral um
manancial de energias que exalavam, enchendo o ar com seu perfume.
Espremendo-se pelas frestas do rancho, o cheiro do jardim entrava e coçava o
nariz da negrinha, fazendo-a espirrar...e acordar. Era apenas um pretexto
que Preta Rosa usava para se fazer ver, mesmo estando em corpo fluídico.
Sorrindo, com seus alvos dentes que contrastavam na pele negra, e exibindo
uma rosa atrás da orelha, o espírito amigo soprava na testa da negrinha,
fazendo-a dormir novamente, para que nessa brincadeira de esconde-esconde,
pudesse tirá-la do corpo físico, e novamente juntas, voarem ao sabor do
vento em busca de outros tantos espíritos, para que pudessem servir em
qualquer paragem, sempre em nome do grande Zambi.
Era rotineiro esse procedimento e Preta Rosa ficava muito feliz em poder
contar com a preciosa ajuda da negrinha que no corpo físico era paraplégica,
mas que sabia voar quando saía dele. O jardim bem cuidado que ladeava o
rancho humilde, auxiliava a descida das boas energias e seguidamente era
ali, naquele jardim florido, que a espiritualidade se abastecia das
energias florais e curativas de que precisavam nos trabalhos de cura.
Preta Rosa, antes de chamar a negrinha, sempre abastecia sua cesta, com as
flores que gostava de espalhar no caminho por onde andava. Flores que
existiam além da matéria, naquele manancial sagrado.
A negrinha, quando menina foi duramente castigada pelo feitor, fruto das
peraltices naturais da infância, mas que não eram admitidas nas crianças
negras. Ferida duramente ao final das costas, paralisou as pernas e nunca
mais caminhou. Mas para comer era obrigada a trabalhar, então arrastava-se
sob o efeito de dor quase insuportável, para cumprir tarefas que Sinhá lhe
ordenava. Passava o dia a esfregar o chão da casa grande e quando a noite
chegava, seu corpinho magrela amortecia de cansaço.
Preta Rosa, em encarnação anterior, havia sido sua madrinha e guardava pela
negrinha um afeto muito especial. Sabia que a dura pena a que foi submetida
nesta vida era, na verdade, um aprendizado ao seu espírito endurecido no
orgulho e na teimosia, como sabia também que na próxima encarnação a
negrinha viria de pele branca e serviria para manifesta-la junto aos homens
da terra. Espíritos afins, uma vivenciando ainda os aprendizados da carne,
outra evoluindo no mundo astral, são guerreiras de Zambi e em noites de
luar, pelos céus deste Brasil, espalham rosas e perfumes por onde passam,
cantarolando os versos que Preta Rosa gosta de fazer.
História contada por Vovó Benta.
sábado, 27 de outubro de 2007
PAI NOSSO DA UMBANDA
MEDIUNIDADE & AUTOCONHECIMENTO
MEDIUNIDADE & AUTOCONHECIMENTO
por Maísa Intelisano - alfamintelis@yahoo.com
Mediunidade é a capacidade de entrar em contato com outras consciências ou espíritos, encarnados e desencarnados, e transmitir-lhes o pensamento, os sentimentos, as idéias e as sensações, sob as mais variadas formas. E médium é todo aquele que tem esta capacidade, em maior ou menor grau. Embora haja outras variações para estas definições, muitas válidas, estas são as mais conhecidas e as mais relevantes para o assunto que pretendo tratar.
Captando e transmitindo pensamentos e sentimentos que vêm de fora de si mesmo, o médium trabalha, o tempo todo, com o que não é seu, com o que não lhe pertence e nem nasce dentro dele. Ele trabalha, principalmente, com os conteúdos de outras mentes que, aproveitando-se de sua capacidade, tentam se comunicar.
Uma das questões mais presentes nas pessoas que me procuram para o curso de mediunidade é como distinguir o que é seu do que é dos espíritos que se comunicam, como saber se o que está sendo transmitido não é conteúdo do próprio médium, e não das consciências ou entidades que se comunicam por intermédio dele, especialmente porque se sabe que mais de 70% dos médiuns hoje permanecem totalmente conscientes durante o fenômeno.
As entidades que se comunicam por um médium podem mudar e variar muito de um trabalho para o outro, sendo quase impossível prever com exatidão quem irá se comunicar a cada oportunidade ou que tipo de conteúdos surgirão a cada trabalho. E esta questão se complica ainda mais quando pensamos na sintonia, pois nenhum fenômeno mediúnico ocorre sem que haja uma boa dose de similaridade, de afinidade entre os conteúdos do médium e da entidade comunicante, para que as idéias transmitidas sejam melhor compreendidas e repassadas pelo médium.
Como saber, então, com segurança, o que é do próprio médium e o que vem da entidade? Como distinguir entre coisas, às vezes, muito parecidas, passando pelo mesmo canal? Além disso, como manter-se isento e imparcial nas comunicações, quando, muitas vezes, o que chega mobiliza o médium profundamente, tocando seus sentimentos e emoções de maneira mais intensa?
Só podemos distinguir coisas quando as conhecemos bem, quando as reconhecemos, quando as identificamos com certa facilidade. Não é possível, portanto, ao médium, distinguir os seus conteúdos dos conteúdos das entidades comunicantes se ele não conhecer algo desses conteúdos, para poder identificá-los, compará-los e separá-los adequadamente.
Não podendo controlar os conteúdos que lhe chegam, ao médium não resta outra opção a não ser trabalhar naquilo que está mais próximo dele, sobre o que ele tem muito mais controle e com o que está em contato 24 horas por dias, 7 dias por semana: ele mesmo, seus conteúdos, suas questões, seus padrões, sua luz e sua sombra.
Um bom médium, portanto, além de dominar o fenômeno e as técnicas, precisa conhecer a si mesmo em profundidade, precisa trabalhar constante e cuidadosamente o autoconhecimento. Um bom médium, antes de se entregar aos fenômenos, precisa saber quais são as suas próprias dúvidas e questões, as suas dificuldades e limitações, as suas qualidades e necessidades, para, só então, poder transmitir, com segurança, aquilo que lhe chega de outras mentes, por intermédio de sua própria capacidade de comunicação psíquica, sem o receio de estar misturando o que é seu com o que é de quem se comunica ou de estar interferindo na comunicação.
Por isso, sempre friso muito nos meus cursos que estudar e praticar mediunidade é, antes de tudo, um trabalho de autoconhecimento, um estudo interno profundo, que deve nos colocar cara a cara com tudo o que somos, com tudo o que sabemos e, principalmente, ainda não sabemos de nós mesmos.
Não entendo que seja possível ser um médium consciente, responsável e equilibrado se não houver autocontrole sadio das próprias emoções, se o médium não for capaz de olhar para si mesmo com autocrítica saudável, se não houver disposição sincera para reconhecer as próprias características, trabalhando aquelas em que se percebe desequilibrado ou confuso, limitado ou incômodo.
Num transe mediúnico, o médium entra em contato profundo com muito do que as entidades sentem e pensam, e precisa estar seguro do que ele próprio pensa e sente, para não se deixar confundir ou mesmo enganar nos trabalhos que irá fazer.
Não se trata apenas de vigilância, ou de apenas observar, mas de reconhecer o que se pensa e sente, porque isso acontece, o que isso nos causa, em que circunstâncias acontece, etc.
Também não se trata de moralismo, de acomodar atitudes ao que outros determinaram ser a melhor conduta, de seguir preceitos morais religiosos, mas de consultar a própria consciência em busca da verdade sobre si mesmo, em busca da essência do ser, em busca daquilo que realmente identifica cada um de nós, independentemente de rótulos, crenças, conceitos filosóficos, etc.
Quando um médium se conhece, ele não teme o contato com outras mentes, pois está seguro do que está dentro dele e não será facilmente desviado, desequilibrado ou enganado. Quando ele não se conhece, no entanto, fica perdido em meio ao fluxo de sentimentos, emoções e pensamentos que lhe chegam e pode ver-se perturbado tentando separar o que percebe, ou questionando-se sobre o que está acontecendo com ele.
O estudo e o exercício da mediunidade, portanto, exigem autoconsciência, auto-análise, autocrítica, observação constante de si mesmo, não como juiz ou carrasco, mas como testemunha lúcida e fiel do que se passa interiormente, pronta para atuar naquilo que for necessário para melhorar-se, quando solicitada.
Mediunidade é meio de comunicação. E toda comunicação fica muito prejudicada quando há ruído, quando o sinal não é forte, quando o meio que a transmite não consegue ser fiel, imparcial e ético na sua função. O médium que cuida de manter isolados, embora não escondidos ou anulados, seus conteúdos, mantém limpos e calibrados os seus canais de comunicação, garantindo recepções e transmissões de qualidade, tanto para ele quanto para quem se comunica através dele.
Mediunidade é intercâmbio de idéias, sentimentos, pensamentos, emoções e sensações e, quando está ciente disso e de seus próprios conteúdos, o médium consegue não só receber informações e orientações importantes para si mesmo e os que o acompanham, como também pode colaborar com os seus próprios conteúdos, conhecimentos e experiências, ajudando àqueles que o buscam para a comunicação, fazendo da mediunidade uma troca rica e construtiva.
Mediunidade é serviço de integração de dois mundos - ou, quem sabe, mais até - que funcionam de forma diferenciada, em diferentes freqüências, com diferentes características e peculiariedades. E o médium que sabe disso e procura conhecer bem essas diferenças, bem como as semelhanças que existem, consegue acompanhar todo fenômeno de forma lúcida e com grande discernimento, sem se deixar afetar negativamente por aquilo que lhe chega.
Mediunidade é oportunidade de trabalhar pelos outros, mas, antes de tudo, por si mesmo, estudando-se e aplicando aquilo que aprende nas comunicações em sua própria vida.
por Maísa Intelisano - alfamintelis@yahoo.com
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MÉDIUM DE SUSTENTAÇÃO
MÉDIUM DE SUSTENTAÇÃO
por Maísa Intelisano - alfamintelis@yahoo.com
Médium de sustentação é aquele trabalhador, com mediunidade ostensiva ou não, que está presente ao trabalho, mas não participa diretamente do fenômeno em andamento, nem nos procedimentos de assistência propriamente dita sendo realizada, seja ela de passes ou de mediunidade.
Como o próprio nome diz, embora não esteja envolvido diretamente no fenômeno ou na assistência, no momento em que acontece, faz a SUSTENTAÇÃO energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório saudável por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
Por isso, o trabalho de sustentação pode ser feito por qualquer trabalhador, seja ele médium ostensivo ou não, a qualquer momento do trabalho, colaborando com o bom andamento do mesmo.
Ao contrário do que se pensa, os médiuns de sustentação são tão importantes quanto os médiuns propriamente ditos, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns ostensivos e passistas fazem a sua parte e desenvolvem a assistência.
Além disso, são eles também que ajudam os médiuns de psicofonia a recuperarem o seu equilíbrio depois de uma manifestação mais difícil, doando e movimentando as energias que estes médiuns estejam precisando naquele momento, dando passes de equilíbrio, fazendo a limpeza, etc.
Eles podem ainda colaborar com o dirigente do grupo, relatando o que sentem, vêem e percebem durante a reunião, pela sua sensibilidade, facilitando a interpretação dos casos e a identificação da melhor conduta a ser assumida, ajudando ainda a prevenir dificuldades com os outros trabalhadores.
Considerando esse papel, podemos listar alguns requisitos importantes para os médiuns de sustentação:
1. Responsabilidade
O médium de sustentação deve lembrar-se sempre que é parte de uma equipe e precisa acatar as regras e procedimentos estabalecidos para o bom andamento do trabalho, colaborando em tudo o que for possível para que as atividades sejam desempenhadas de forma organizada e tranqüila.
2. Estudo
Tanto quanto o médium ostensivo, o médium de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as bioenergias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas, médiuns ou não.
3. Firmeza mental e emocional
Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium de sustenção deve ter grande firmeza de pensamentos e sentimentos, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores.
4. Equilíbrio vibratório
Como trabalha principalmente com energias, que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos, o médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio elevado em todas as circunstâncias de sua vida, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo, quando necessário.
Para isso, deve observar sempre a prática do Evangelho no Lar, ou atividade similar de limpeza e harmonização energética, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, etc.
5. Compromisso com a casa, o grupo, os mentores e os assistidos
O médium de sustentação deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados:
- com a casa em que trabalha – conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de segui-los, explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição;
- com o grupo de trabalhadores em que atua – evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou um dos colegas; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento do trabalho;
- com os mentores – lembrando que eles sempre contam também com os médiuns de sustentação para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência;
- com os assistidos – sejam eles encarnados ou desencarnados, pois contam receber ajuda na casa e não devem ser prejudicados pelas ausências ou dificuldades dos trabalhadores.
6. Ausência de preconceitos
O médium de sustentação não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os colegas de trabalhos, seja com os dirigentes, seja com mentores, etc.
Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, nem as assistências que são realizadas, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.
7. Discrição
O médium de sustentação nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora do grupo em que atua, as informações que ouve, os problemas de que fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio didático de se esclarecerem dúvidas e transmitirem novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final do trabalho.
8. Coerência
Tanto quanto o médium ostensivo, o médium de sustentação deve manter conduta sadia e elevada, DENTRO e FORA da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades desequilibradas que nos observam a todos, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como se vê, as responsabilidades do médium de sustentação são as mesmas que as dos médiuns ostensivos, que entram em contato direto com as entidades, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.
Não há demérito nenhum em ser um médium de sustentação, sem ser aquele por quem acontecem os fenômenos. Nem há menos importância nisso. O médium de sustentação é tão responsável pelo bem que se proporciona numa sessão mediúnica, quanto seus colegas que recebem as entidades. Embora ele não atue como médium de entidades, trabalha como médium de energias, captando-as, reciclando-as, modificando-as para melhor e devolvendo-as ao ambiente e às pessoas e entidades presentes.
por Maísa Intelisano - alfamintelis@yahoo.com
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Revista Cristã de Espiritismo, edição 52.
Será o fim do planeta?
Com certeza, no futuro, a Terra deixará de existir, independente da ação do Homem. É uma lei natural. Assim como as estrelas nascem e morrem, tudo no Universo está em constante mutação, pois tudo é energia. Mesmo a matéria densa, aparentemente inerte, como uma pedra, por exemplo, passa por constantes transformações ao longo do tempo. Ela sofre a ação dos ventos, das chuvas, do calor etc.
O espírito é a consciência, imortal, e o fluido universal é a matriz indiferenciada de toda energia. Conforme nos ensina a doutrina espírita, Deus é a causa primária de todas as coisas. Sendo assim, existe um elo comum entre tudo o que existe. No Budismo isso é chamado de interdependência. Ou seja, os fenômenos não possuem uma existência inerente, mas são causados e influenciados uns pelos outros. Por exemplo, uma cadeira de madeira. Ela não existe por si só, mas de forma interdependente, pois a madeira veio de uma árvore, que para crescer precisou da terra, da energia do Sol, de ar, água etc. Além disso, as células das folhas, tronco e raiz da árvore são estruturas moleculares, formadas por átomos, partículas subatômicas... enfim, variações do fluido cósmico universal.
O mesmo ocorre com o corpo humano, que “é feito do pó e ao pó retornará”. Somos filhos da Terra e vivemos totalmente integrados a ela. Sempre que desequilibramos a harmonia do Ecossistema, sofremos as conseqüências. É a lei do Karma, ou seja, de ação e reação.
A humanidade sempre interferiu na natureza e isso não significa que seja algo ruim. Mesmo uma tribo indígena precisava derrubar algumas árvores ou arrancar o mato a fim de abrir terreno para a aldeia. O problema é quando essa interferência ocorre de forma indiscriminada, sem controle, extinguindo a fauna e a flora, poluindo os rios, os mares e o ar, enfim, num total desrespeito ao planeta. Poderíamos evitar várias doenças e desastres se respeitássemos o meio ambiente em que vivemos. Estamos colhendo os frutos do nosso maltrato e indiferença.
Não podemos, simplesmente, culpar os grandes empresários e governantes. A população, em geral, tem que fazer sua parte, cobrando atitudes dos políticos e evitando, na medida do possível, comprar produtos de empresas que não têm compromisso ecológico; separando o lixo para reciclagem, andando menos de veículos motorizados etc. São várias pequenas atitudes que fazem a diferença. Isso tudo é uma questão de educação e hábito, e é fundamental ensinarmos as crianças, garantindo que as gerações futuras sejam mais conscientes. É cada vez maior o número de crianças que têm acesso ao computador, celular, ipods etc, convivendo desde cedo com os avanços da tecnologia. Isso as coloca em um mundo muito virtual, digital, mantendo-as distantes da terra, da grama, dos lagos... Precisamos aceitar os avanços da civilização atual sem perdermos contato com a nossa origem tribal, quando vivíamos mais conscientes com a natureza.
Em nosso atual estágio de evolução, a Terra é a nossa escola abençoada e quanto mais a humanidade evoluir, mais ela aprenderá a respeitar a natureza. E sofreremos conseqüências dolorosas se assim não fizermos!
Disse Jesus: “Os mansos herdarão a Terra”. Então, vamos começar a fazer nossa parte, para que no futuro este seja um reino de paz e harmonia.
Boa leitura!
Victor Rebelo
Editor-chefe
Encontro com caboclos
Escrito por Victor Rebelo | |
Encontro com caboclos em hospital
Certa vez, me vi projetado em um hospital, que por intuição, sabia pertencer ao plano astral. Caminhava por um longo corredor enquanto olhava através das janelas que estavam na parede lateral, à minha direita. Do outro lado, pude observar várias camas; algumas vazias, outras ocupadas. Acho que era uma enfermaria. Ao chegar no fim do corredor, num tipo de hall, meu coração disparou de emoção. É que neste instante, vi caminhando em minha direção três espíritos que atuam na linha dos caboclos (índios) na corrente umbandista. Eram uma índia velha, uma jovem e um caboclo enorme, com cerca de dois metros de altura e muito forte. Quando os vi, não agüentei de emoção. Corri na direção deles e abracei o caboclo, ao mesmo tempo em que chorava. Não me lembro do que ocorreu depois. Apenas sei que voltei ao corpo físico e despertei na cama sentindo uma profunda alegria em minha alma. É muito comum, na literatura espírita, relatos de hospitais extrafísicos. Realmente, eles existem, seja em colônias espirituais ou em regiões trevosas. Muitos espíritos recém desencarnados não têm condições de perceberem a situação em que se encontram. Não sabem que já abandonaram o corpo físico, e muitos desencarnam em condições tão doentias que precisam de tratamento nos hospitais espirituais. Sabemos que a mente em desequilíbrio prejudica o corpo astral, também chamado no espiritismo de perispírito. Este, em condições normais, é igual ao corpo físico denso, porém, atua em um plano bem mais sutil. Apesar de ser igual na aparência ao corpo carnal, não possui órgãos. É formado por uma substância extremamente maleável, sendo por isso, muito influenciável pela mente. Ou seja, uma mente desequilibrada prejudica o perispírito, que através dos chacras, envia energias desequilibradas para o duplo etérico que envia (também via chacras) para o corpo físico. Este é o processo de somatização da doença. No caso de um mal de origem física, como uma amputação, por exemplo, muitos espíritos apresentam o membro do corpo astral também amputado. Isso ocorre devido ao condicionamento mental daquele espírito. Ele projeta o problema físico no corpo astral. Portanto, os hospitais espirituais são necessários para diversos tipos de tratamentos. Tudo nos planos mais sutis, extrafísicos.
Ao reproduzir o texto, favor citar o auto e a fonte |
ARCANJO MIGUEL
Repassando msg:
“Hoje é o dia do Arcanjo Miguel, nosso Eterno Protetor...
Desde a criação da Terra, o Amado Miguel veio para cuidar e proteger a evolução dos filhos de Deus...
Sempre que apelamos ao Arcanjo Miguel e às Suas Legiões de Luz, obtemos resposta imediata...
Em locais onde a vibração está baixa, muitas vezes necessitamos usar a espada, o escudo e a armadura do Arcanjo Miguel, para nos proteger e eliminar essas densas energias...
Amado Arcanjo Miguel, nós Vos agradecemos pela constante proteção em nossas vidas!
Muito obrigado por toda dedicação em prol da evolução da Terra!
Miguel, nós Vos amamos e consagramos nossas vidas ao serviço de expansão de Luz à humanidade! EU SOU! EU SOU! EU SOU!”
“APELO A SÃO MIGUEL E À SUA LEGIÃO DE LUZ
Em nome do poder de Divina Presença EU SOU em nós e em toda a humanidade, apelamos a Vós, poderoso Arcanjo Miguel e à Vossa ascensionada Legião de Luz!
Ajudai-nos, seccionando toda e qualquer influência maléfica ao nosso redor, em nosso lar, em nossa cidade e país, bem como no mundo.
Carregai-nos e a toda humanidade com Vossa fé e misericórdia, a fim de que, através de nosso esforço, possamos realizar o Plano Divino.
Nós vos agradecemos.”
“PRECE A SÃO MIGUEL
Bem-Amado Miguel Arcanjo!
Defendei-nos nas horas de conflito, sendo a nossa proteção contra toda a maldade e tentação de forças visíveis e invisíveis. Enfraquecei-
Humildemente suplicamos: Príncipe da Legião Celeste, pelo poder de Deus, removei da atmosfera da Terra todos os espíritos mal intencionados que visam a corromper nossas almas. Assim seja!”
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Apometria - técnica de cura espiritual
Apometria - técnica de cura espiritual
Conheça esta técnica valiosa de tratamento que pode auxiliar a Medicina do futuro na cura holística
A medida em que a humanidade evolui, os véus do desconhecido vão se descortinando e o conhecimento das leis espirituais, que antes era privilégio de poucos, vai sendo revelado abertamente aos pesquisadores isentos de preconceitos.
A utilização da apometria pode ser considerada como parte da evolução no tratamento espiritual, embora muitos espíritas e espiritualistas ainda não a aceitem ou a utilizem, talvez por falta de uma divulgação adequada e uma maior interação com o assunto.
A apometria é uma técnica que consiste no desdobramento espiritual (emancipação da alma, viagem astral ou projeção da consciência) por intermédio do comando da mente. "Representa o clássico desdobramento entre os componentes materiais somáticos do homem e sua constituição espiritual", de acordo com a definição do livro Apometria- Novos Horizontes da Medicina Espiritual, escrito pelo médico Vitor Ronaldo Costa e publicado pela Casa Editora O Clarim, em 1997.
Esse estado de emancipação da alma dá maior possibilidade ao médium de executar as tarefas assistenciais no plano espiritual, por poder expandir, dessa maneira, sua capacidade sensitiva, além de permitir que esteja no mesmo plano de atuação do desencarnado. Ao mesmo tempo, o paciente, que também fica em estado de emancipação, facilita seu atendimento. Isso ocorre porque no plano astral o campo energético, assim como os desequilíbrios, podem ser observados de uma forma mais ampla pela equipe tanto de trabalhadores encarnados como pelos espíritos benfeitores.
Porém, os estudiosos sérios alertam que não se trata de mediunismo e que deve ser utilizada por pessoas habilitadas, capazes e envolvidas em bons propósitos. "Tenhamos sempre em mente que a apometria é apenas um instrumento auxiliar de manuseio anímico-mediúnico, aplicado com a finalidade de facilitar o acesso do médium à intimidade energética do indivíduo enfermo", relata o médico e autor Vitor Ronaldo. Ele complementa dizendo que a técnica da apometria, quando bem aplicada e sob a cobertura dos bons espíritos, realmente se destaca no diagnóstico de certeza e na condução da terapêutica mais indicada.
A descoberta
Implantada pelo farmacêutico-bioquímico porto-riquenho dr. Luiz Rodrigues, recebeu primeiramente o nome de hipnometria, mas foi fundamentada e desenvolvida cientificamente pelo médico gaúcho dr.José Lacerda de Azevedo.
Dr. Lacerda nasceu em 12 de junho de 1919, em Porto Alegre. Cursou o Instituto de Belas Artes e depois se formou em medicina pela Universidade do Rio Grande de Sul, em 1950. Antes mesmo de tornar-se doutor, em 1947, casou-se com Yolanda da Cunha Lacerda, uma prima que só veio a conhecer na idade adulta e que se tornou mais tarde sua grande companheira de ideais.
Cientista e pesquisador nato, dr. Lacerda sempre buscou respostas para o desconhecido e foi esse desafio que o impulsionou a fundamentar cientificamente a apometria.
Tudo começou no ano de 1965, quando o pesquisador dr. Luiz Rodrigues visitou o Hospital Espírita de Porto Alegre, local onde o dr. Lacerda participava de trabalhos de atendimento socorrista. O médico assistiu duas dessas sessões e ficou impressionado com as demonstrações de hipnometria apresentadas pelo farmacêutico, que não se considerava espírita. Desde então, iniciou sérias investigações sobre o assunto. Resolveu fazer experiências e escolheu sua esposa, Yolanda, para dar início às investigações. Para tanto, cumpriu a metodologia preconizada pelo pesquisador porto-riquenho. Logo constatou a eficiência da técnica, embora tenha preferido adotar a expressão grega Apometria. "APÓ" significa "além de" e "METRON" se refere à "medida" por julgar mais apropriado ao invés de Hipnometria, já que não havia a presença de sono durante a aplicação da técnica.
Esse foi o ponto de partida para que o médico passasse a pesquisar o assunto cada vez mais, com o objetivo de socorrer os enfermos e implantar a terapêutica espiritual. Mas os estudos cresceram mesmo quando o dr. Lacerda recebeu um convite do então presidente do Hospital Espírita de Porto Alegre, Conrado Ferrari, para assumir a Divisão de Pesquisas e levar em frente os experimentos apométricos. Para que o grupo pudesse intensificar os experimentos o trabalho foi implantado em uma casa, que inicialmente era designada para abrigar os próprios funcionários do hospital. Pelo fato da casa ser rodeada de flores e vegetação exuberante ficou conhecida como a Casa do Jardim
Por muitos anos as pesquisas foram crescendo e se aprimorando, mas foi na década de 80 que os trabalhos de apometria se expandiram, principalmente na região sul do país. Em 1990 surgiu a idéia de um encontro de grupos de apometria e, em 1992, o projeto se concretizou. Criou-se a Sociedade Brasileira de Apometria, com o objetivo de promover o intercâmbio entre os grupos e difundir o conhecimento sobre a técnica.
de Apometria, com o objetivo de promover o intercâmbio entre os grupos e difundir o conhecimento sobre a técnica.
Em decorrência do empenho em expandir o assunto, o médico gaúcho publicou dois livros: Espírito/Matéria - Novos Horizontes para a Medicina e Energia e Espírito. O primeiro está com a edição esgotada.
Dr. Lacerda desencarnou em 1997, porém o resultado de seu trabalho permanece.
A utilização
Por intermédio da projeção do perispírito, o médium pode ver e ouvir os espíritos, até mesmo trabalhar no resgate de espíritos sofredores. De acordo com dr. Lacerda, no atendimento aos enfermos, por meio da projeção, coloca-se o médium em contato com as entidades médicas do plano espiritual. Simultaneamente, o mesmo procedimento é feito com o doente, o que possibilita o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos médiuns em projeção que relatam os fatos que estão ocorrendo durante o tratamento.
Também pode ser utilizada como técnica eficaz no tratamento das obsessões. Essa eficácia acontece em virtude dos espíritos protetores se encontrarem no mesmo plano dos assistidos, podendo agir com maior profundidade e mais rapidez.
Vale lembrar que a projeção do perispírito, tanto do médium quanto do enfermo é obtida por intermédio do emprego de um determinado número de impulsos magnéticos, semelhantes aos passes. Embora a apometria seja uma técnica bastante simples, sua aplicação exige cuidados especiais, como uma cobertura espiritual de nível elevado. Deve ser realizada por grupos de trabalho constituídos para essa finalidade, com atividades regulares como qualquer outro grupo dedicado aos trabalhos de caridade, além da harmonia entre os componentes da equipe.
A apometria tem sido utilizada por muitos grupos como técnica eficiente em auxiliar nos processos obsessivos, já que em geral, as perturbações espirituais decorrem da ação de obsessores. Os espíritos obsessores – na verdade, espíritos infelizes – são afastados, recolhidos e conduzidos para hospitais espirituais, de acordo com seu padrão vibratório. O estado de eman-cipação da alma possibilita que os médiuns possam observar melhor as ligações obsessivas, as áreas do organismo perispiritual atingidas, entre outros fatores.
Isso torna o tratamento muito mais completo por possibilitar o atendimento tanto do paciente quanto dos espíritos perturbadores que o acompanham. Na maioria das vezes, o enfermo nada registra, a não ser em casos de pessoas com maior sensibilidade.
Tratamento integral
Chegará um tempo em que a medicina tratará o Homem de forma integral, unindo os tratamentos físico e espiritual realizados por médicos encarnados e desencarnados. Mesmo porque, a maioria das doenças se inicia no perispírito e depois se manifesta no corpo físico.
Segundo relatos de pesquisadores e de grupos que utilizam a metodologia, independente de religião ou credo, sua aplicação adequada poderá cada vez mais ajudar a expandir o campo da medicina integral. E quanto mais conhecida essa técnica, mais auxiliará os espíritas nos trabalhos de desobsessão e atendimentos espirituais. Paralelamente, novos horizontes se abrirão quando a medicina reconhecer a existência do espírito e que uma infinidade de enfermidades que se manifestam na atualidade podem ter sido causadas no corpo perispiritual em existência passada.
Publicado na Revista Cristã de Espiritismo - ed. 30
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segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Apometria: o que é e como funciona
Apometria: o que é e como funciona
Dalton Campos Roque e Amigos de Ramatíshttp://www.conscien
http://www.ramatis.
I
A Apometria jamais será entendida do ponto de vista espacial: ela
deve ser analisada do ponto de vista consciencial. Na ótica das EFCs
(experiências fora do corpo), compreende-se com facilidade a idéia
de "estar fora" e de "estar dentro" do corpo físico. Na ótica da
mediunidade, uma consciência extrafísica (espírito desencarnado) ou
um encarnado projetado (posto para fora do corpo físico) se
manifestam por intermédio de seu perispírito (psicossoma) e podem se
acoplar a um médium para interagir de alguma forma.
Não existe entrada ou interpenetraçã
corpo físico do médium, mas tão-somente uma interfusão intensa de
suas auras, com intimidade (sintonia) em seus chacras.
Do ponto de vista do Budismo e da Teosofia, os veículos de
manifestação da consciência (holossoma) são divididos em sete. Já na
ótica do espiritualismo, do espiritismo heterodoxo e da
Conscienciologia (entre outras linhas de pensamento mais novas), há
apenas três veículos (os corpos fisico, astral e mental), sendo o
energético (duplo etérico ou energossoma) apenas um invólucro que não
(com)porta a consciência.
Em verdade, não existe um número determinado de veículos de
manifestação da consciência. É como contar o número de cores de um
gradiente linear que tende ao infinito. Os veículos do holossoma
recebem rótulos unicamente para fins didáticos. Em planos (também
denominados "dimensões" ou "densidades"
são diferentes. À exceção do corpo físico, os veículos de
manifestação da consciência não são deixados em "cemitérios" astrais:
ao contrário do que apregoa por aí, eles vão apenas se sutilizando,
sem descarte ou "morte".
A Física Quântica comprova o paradoxo de que a matéria não existe.
Existe tão-só o campo. Toda "realidade" é um campo de informação ou
de consciência. Por conseqüência, a Física Quântica desconstrói o
tradicional conceito espacial de tempo-espaço, "dentro"
e "fora", "cima" e "baixo".
Expostas, em poucas palavras, noções básicas de projeção da
consciência, de mediunidade, de holossoma e do conceito de "dentro"
e "fora", prossigamos com o estudo da Apometria.
II
A Apometria trabalha com sintonia. Não incorpora egos. Não incorpora
veículos de manifestação da consciência. Poucas vezes retira alguém
do corpo físico (projeção da consciência; viagem astral). Ao
contrário do que se pensa, raramente médiuns saem do corpo físico
para atenderem no umbral ou na casa do paciente.
A mediunidade não possui características estanques. Não se pode
defini-las com a segurança com que se definem, na Biologia, as
células e os tecidos dos organismos vivos. Daí a dificuldade das
pessoas compreenderem o mecanismo da Apometria – dificuldade
extensiva a muitos médiuns e dirigentes apômetras.
Após encerrado o atendimento na Casa Apométrica, a seção apométrica
pode continuar no astral, a exemplo do que ocorre com sessões
espíritas convencionais. Contudo, neste breve trabalho, estamos
enfocando a seção apométrica em sua faceta consciente, intrafísica,
ao vivo e a cores.
Quando sintoniza o corpo mental concreto (ou inferior) ou o corpo
mental abstrato (ou o superior) do paciente, o médium de incorporação
(também chamado de "médium de passagem") não incorpora o corpo mental
do paciente – diferente do que aconteceria se "recebesse" um espírito
desencarnado.
Com a ajuda dos amparadores extrafísicos (mentores) da seção
apométrica, a sensibilidade espiritual do médium permite que
sintonize com determinada faixa consciencial do paciente e faça
varredura bioenergética e psicométrica em seus chacras, nádis,
parachacras e paranádis.
Como tudo no universo é campo (mesmo a matéria mais bruta), nossos
veículos de manifestação da consciência constituem campos e emanam
energias, tais quais rádios-transmissores conscienciais potentes,
como livros abertos à leitura de sensitivos lúcidos e de médiuns
receptivos, operando em seção apométrica organizada.
Todos somos transmissores conscienciais. Os sensitivos captam nossas
faixas de freqüência consciencial, as quais, por sintonia objetiva,
podem ser "lidas" na seção apométrica.
As pessoas se espantam ao ver o transcorrer de uma seção apométrica
eficiente, realizando com sucesso seus trabalhos de assistência e
cura. Às vezes, os termos utilizados pelos apômetras impressionam.
Exemplos: salto quântico, spin, despolarização de memória, campos
magnéticos, chips astrais, contagem em português ou grego e pulsos
energéticos.
O que prejudica o entendimento do processo é o condicionamento
intrafisico, visão espacial, de "dentro" e "fora", falta de
conhecimento da espiritualidade e de seus mecanismos em geral, assim
como escassez de um pouco de cultura científica, mesmo que leiga.
"Dentro" e "fora" é uma ótica espacial que não se aplica à Apometria,
que deve ser estudada do ponto de vista consciencial. O termo "salto
quântico" é estudado em Química Básica, em relação à órbita do
elétron em volta do núcleo. Quando o elétron ganha energia, dá um
salto quântico para uma órbita mais externa. Quando perde energia, dá
um salto quântico para uma órbita mais interna.
A Física Quântica descobriu que o elétron não salta nem pula:
simplesmente desaparece, deixa de existir e reaparece na órbita de
destino. Descobriu também que a energia física possui medidas exatas –
quantidades exatas e inteiras chamadas de quantum, quanta ou
quantidade.
Talvez aí esteja o porquê da eficiência das contagens que
sugerem "pulsos energéticos", presentes desde a clássica hipnose até
a contemporânea Apometria.
Em vez de fluxo linear contínuo e constante, os pulsos energéticos
(por meio das contagens) acumulam mais energia e disparam com mais
eficiência (hipótese de trabalho).
Serve de analogia o velho pilão de água que existia na roça. Colocava-
se o milho no pilão, que possuía uma alavanca. Em um extremo, o
martelo socava o milho. Em outro extremo, o recipiente recebia a água
da bica. Ao descer a cuia do pilão, a água escorria, ficava leve, a
cuia vazia subia e o pilão descia com seu peso natural, socando o
milho e o transformando em fubá.
Quanto ao termo spin, a rotação do elétron pode ser +1 ou -1,
conforme o sentido de giro. Os chacras podem ser acelerados (aumento
do spin) ou desacelerados (diminuição do spin ou da velocidade de
rotação). Toda força de espíritos recalcitrantes (inclusive a de
magos negros) é retirada por meio da desaceleração (diminuição do
spin) dos chacras coronário ou frontal, a depender do caso concreto.
O frontal é o centro da vontade.
Considero o termo "magnético" equivocado. O correto é bioenergético
(ou energético). Magnetismo se refere a ímã, a um campo físico
mensurável por equipamentos conhecidos, de acordo com o contexto
eletromagnético. Embora com raridade o corpo humano o manifeste em
processos paranormais, mais raro ainda refleti-lo em processos
normais (cotidianos)
Tanto faz as contagens serem em grego ou em português ou de 1 a 3 ou
de 1 a 7. É apenas método pessoal do dirigente, talvez reflexo de sua
bagagem acadêmica.
A formação de campo bioenergéticos de proteção em forma de volumes
geométricos corresponde à plasmagem de uma forma-pensamento (ou
morfopensene) – quanto mais utilizada, mais eficiente se torna
(evidentemente, a proteção maior vem dos amparadores extrafísicos do
trabalho).
As formas pensamento de estrelas de seis ou cinco pontas e os campos
em forma de pirâmide agregam valor de proteção, em função da egrégora
que evocam como senhas energéticas de conexão, ou seja, funcionam
como yantras mentais para os encarnados e yantras reais para os
desencarnados, pois estão, de fato, plasmados em três dimensões (3D)
no astral imediato aos trabalhos de Apometria. Esses campos atuam
como transformadores de energia natural. Veja, nesse sentido, estudos
sobre as pirâmides físicas. Outros campos e luzes ficam a gosto de
cada um – terão efeito potencializado por simpatia e afinidade
pessoais, influência psicológica sadia a dinamizar as bioenergias dos
afinados.
Noventa por cento (empirismo meu) das percepções espirituais das
seções de Apometria dos médiuns de suporte se dão por clarividência
objetiva, intuitiva ou mental. Apenas um ou dois médiuns incorporam
os níveis, obsessores e amparadores dos pacientes e do trabalho em
geral.
O sentido de clarividência na Parapsicologia (ciência convencional)
difere da acepção utilizada no espiritualismo. A Parapsicologia
emprega esse vocábulo no sentido de "visão à distância" (remota).
Há quem confunda clarividência com outras percepções sensoriais.
Vidente é quem vê. Só não é vidente quem é cego. Se você está lendo
estas linhas, é vidente. Vidência não se confunde com clarividência
(esta permite, inclusive, enxergar o extrafísico de olhos físicos
fechados).
Para uma seção de Apometria, recomendável, no mínimo, três pessoas
(um dirigente com razoável parapercepção e dois médiuns de
incorporação, também chamados de "passagem"). Ideal, entretanto, a
presença de vários médiuns de suporte e de um auxiliar que anote e
organize os papéis de atendimento e fichas de pacientes.
Constatei no grupo que freqüentei que o campo bioenergético nos
trabalhos de Apometria estimula a clarividência de todos os
colaboradores, tamanha a importância, na Apometria, de se desenvolver
a parapercepção do dirigente e dos médiuns de incorporação e suporte.
III
Os que preferem o método clássico de doutrinação religiosa
entronizado ao longo do século XX nos centros espíritas e
espiritualistas brasileiros, criticam a Apometria porque esta
não "evangeliza" o espírito obsessor. Todavia, em complexas obsessões
espirituais a tentativa de "evangelizar"
ou "conscientizar" o espírito obsessor não surte efeito. Evangelizar
magos negros é tão eficaz quanto ensinar lições de fraternidade a um
psicopata.
Seria "mais fraterno" deixar os pacientes com os chips trevosos e os
magos negros e seus asseclas soltos, fazendo o que fazem?
Analogamente, seria mais fraterno nossos policiais não portarem armas
de fogo, pois podem ferir os bandidos que nos assaltam e nos matam? A
correlação é a mesma.
Talvez fosse mais fraterno abandonar a ortodoxia da pureza
doutrinária, intransigente e radical. Talvez fosse mais fraterno não
discriminar a Umbanda e suas entidades como "inferiores"
ou "primitivas"
superioridade teórica baseado nos conhecimentos espíritas e
espiritualistas. Talvez fosse mais fraterno democratizar o acesso ao
conhecimento espiritual além de distribuir comida. Talvez fosse mais
fraterno menos proselitismo religioso e mais esclarecimento
espiritual. Melhor ensinar a pescar a dar peixe a vida inteira.
A Apometria é mais fraterna por ser mais eficaz. Atua no cerne da
obsessão, com visão de conjunto. Sim, toda cura é uma autocura e
depende da reforma íntima do paciente – mas isso é válido em qualquer
situação. Não podemos ignorar técnicas avançadas em prol da "pureza
doutrinária". Associemos as boas técnicas à elevada ética e
cosmoética, considerando as peculiaridades de cada contexto.
Acostumados ao método da doutrinação evangélica, teme-se a mudança.
Porém, servir significa pensar em como melhor amparar a humanidade,
ainda que tenhamos de sacrificar nossos condicionamentos e
preconceitos.
IV
O misterioso não está na Apometria, mas na falta de entendimento
desse processo. O ser humano teme e repele o que não entende.
A principal característica da Apometria radica na abrangência de sua
assistência espiritual. A Apometria investiga o corpo astral do
paciente, seu habitat (ambiente doméstico e/ou profissional)
obsessores locais e não-locais (baseados em outros níveis do umbral).
É muito mais poderosa que o passe e a doutrinação convencionais.
Detecta e retira equipamentos extrafísicos mecânicos e eletrônicos
(paratecnologia) do psicossoma (corpo astral) dos pacientes. Só não
dá suporte psicológico, o qual nem o passe e nem o auxílio fraterno
dão. Muitos casos só são resolvidos por meio de boa terapia e
leituras que ensejem maior autoconhecimento e auto-enfrentamento.
Os passes não são meios suficientes nem instrumentos exclusivos para
a retirada de chips extrafísicos dos pacientes.
Na retirada dos chips extrafísicos a Apometria é bastante eficaz,
secundada por outros métodos, a depender do caso concreto, inclusive
do paciente. Exemplo: em determinadas circunstâncias, remédios
homeopáticos de alta potência destroem ou descolam equipamentos
extrafísicos aderidos à aura ou ao psicossoma do paciente.
As práticas bioenergéticas (exercícios efetuados com os chacras e
potencializados com mantras), se efetuados com regularidade e
disciplina, podem ser eficazes na retirada desses equipamentos
extrafísicos.
Quem já efetua essas práticas, dificulta a inserção de quaisquer
equipamentos astrais negativos em suas auras e psicossomas.
Há uma prática bioenergética chamada "MBE" (mobilização básica
energética –http://www.conscien
eficiente na destruição de implantes de paratecnologia negativa. Mas
para nenhum caso existe regra, "receita de bolo". Depende de suas
brechas cármicas, de seus pensenes (pensamentos, sentimentos e
energias), de suas intenções e da disciplina espiritual. A maioria da
humanidade é imatura consciencialmente (crianças espirituais)
lê, não estuda, não faz práticas bioenergéticas, não investe na
reforma íntima, ora com a boca e só pede sem agradecer. Se faz um,
não faz o outro e vai vivendo. Há os que acreditam em tudo que vem da
New Age e há os que duvidam de tudo. "Os extremos se tocam." (Hermes
Trimegisto)
Embora a maioria se regozije da inércia e da ignorância
conscienciais, nada pára nem desacelera uma minoria de seres lúcidos
e operosos, que, contra a maré das futilidades sociais, do ceticismo
dogmático, da fé irracional, da ciência sem consciência e dos
interesses econômicos dos impérios teológicos, faz o seu trabalho com
dignidade, mantendo elevada a sintonia espiritual, ombro a ombro com
seus mentores extrafísicos e espíritos de luz.
É mais cômodo negar do que entender. A Apometria veio para ficar.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
OS BAIANOS NA UMBANDA
Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos
feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser
uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada
por espíritos zombeteiros e mistificadores. Aos poucos eles foram
chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e
que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram
trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o
número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A
alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos
consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força
digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já
temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa
designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho
energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete
principais. Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu,
podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne
necessário. Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre
contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios
trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos
resultados surpreendentes. Os que não admitem essa linha como
vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses
espiritos escolheram para seu trabalho. Já ouvi coisas do tipo "Daqui
a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc." Esquecem eles
que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás. Quando se
fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos
para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético
e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para
essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda
lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em
suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades
fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades. É evidente que no
inicio a Umbanda era formada por legiões de caboclos, preto-velhos e
crianças, mas a evolução natural acontecida nestes anos todos fez com
que novas formas de trabalho e apresentação fossem criadas. Se a
terra passa por constantes mutações porque esperar que o astral seja
imutável? O que menos interessa em nosso momento religioso são essas
picuinhas criadas por quem na verdade, não defende a Umbanda, quer
apenas criar pontos polêmicos desmerecendo aqueles que praticam a
religião como se deve, dentro dos terreiros, onde abraçamos a todos
os amigos espirituais da forma como se apresentam.
COMIDAS TRADICIONAIS CIGANAS
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Poema
alguém vê o término da viagem
E o outro vê uma chance de crescer...
Onde vc vê um motivo para se irritar,alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência...
Onde vc vê a morte,alguém vê o fim e o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde vc vê a fortuna,alguém vê a riqueza material
e o outro pode encontrar por trás de tudo,a dor e a miséria total...
Onde vc vê a teimosia,alguém vê a ignorância
um outro compreende as limitações do companheiro,percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo,
E que é inútil querer apressar o passo do outro,a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer,pode ou consegue enxergar.
Por que eu sou do tamanho que vejo e não do tamanho da minha altura ."
Fernando Pessoa.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
CIGANA SARITA
CIGANA SARITA
"Preconceito esse tão grande e revestido de tamanha ignorância que certamente muitas
vezes seria tratada como verdadeiro "demônio" sendo expulsa como tal. Mesmo assim, sabia que
teria que atuar dentro da lei e ignorando tudo isso, trabalhar com muito amor, auxiliando os
encarnados a se curarem das mazelas, pois só assim curaria as suas que estavam impressas em
seu átomo primordial, carecendo de urgente reparo."
Sarita acordava sentindo o cheiro das flores que trazido pelo vento que balançava a alva
cortina da janela. O sol estava radiante lá fora e embora ela já estivesse sentindo-se bem melhor,
ainda não tinha coragem de sair da cama. O quarto aconchegante na sua simplicidade, era
convidativo ao descanso.
Absorta em seus pensamentos, nem percebeu a presença do enfermeiro que entrara com o
seu desjejum e que parado a observava. Olhava os pássaros que pulavam de galho em galho num festival de alegria, como a saudar a vida, quando foi desperta pelo " bom dia" de Raul.
Oh...desculpa eu estava distraída.
Encontrá-la acordada é muito bom. Vamos ao desjejum pois hoje nós vamos levantar desta
cama e ensaiar os primeiros passos no seu novo mundo.
Não me sinto capaz de caminhar ainda. Na verdade não sinto minhas pernas.
Sarita, já conversamos sobre isso. É apenas impressão trazida no seu corpo mental. Você
só precisa tomar uma decisão firme que quer caminhar e assim se processará. Essas pernas que
te acompanharam além túmulo são saudáveis. Foram longos anos de dor e sofrimento, mas agora tudo acabou, é preciso que se conscientize disso e reaja.
Com a paciência e disciplina de um instrutor, Raul conseguiu com que Sarita desse seus
primeiros e cambaleantes passos. E em poucos dias entusiasmada com a beleza do local,
esqueceu da suposta limitação e já caminhava feliz por aquele maravilhoso jardim, que mais
parecia um bosque.
Passara-se alguns anos do calendário terreno desde essa época e Sarita lembra-se ainda
emocionada de sua história triste com final feliz. Não havia como não recordar, especialmente
agora que estava em treinamento naquela colônia espiritual para assumir um trabalho junto aos
encarnados. Apreensiva lembrava da manhã em que foi convidada a freqüentar os bancos
escolares, por seu " mestre-anfitrião" . Como estivesse já ambientada com o local e sabedora de
como eram distribuídas as funções de acordo com a afinidade e principalmente necessidade de
cada espírito, sabia perfeitamente que não seria chamada ao trabalho de "anjo-de-guarda" , mas
tendo a certeza de que suas funções se dariam no plano terreno, isso a atemorizava um pouco,
pela experiência da última encarnação.
No curso, os ensinamentos todos recebidos eram perfeitamente adaptados ao aluno de
acordo com as experiências trazidas e no final deste, Sarita não tinha mais dúvidas. Trabalharia
nas fileiras da nova religião que se instalava no país onde vivera sua última encarnação, a
Umbanda. Pelo seu conhecimento magístico mal aproveitado, teria que direcioná-lo agora para se fazer cumprir a lei. Em breve seria apresentada ao médium com quem trabalharia como Pomba Gira, mas de antemão já sabia que embora ele fosse umbandista, tinha preconceito com essas entidades. O desafio recomeçava.
Olhando a lua que bailava por entre as estrelas, Sarita deitada sobre a relva meditava,
fazendo uma retrospectiva de sua última encarnação. Lembra-se de sua infância feliz vivida junto
de muitas outras crianças, naquela vida nômade que levava sua trupe. A adolescência onde seus
"dotes" ou poderes mágicos se acentuaram e quando começou a ser a cigana mais requisitada
para ler as mãos das pessoas. Sua tenda, onde quer que estivessem, sempre tinha freguês certo e era dela que vinha a maior renda para a sobrevivência do grupo todo.
Após febre muito forte sofrida em função de uma infecção adquirida, Sarita sentiu que seus "
poderes" de adivinhação haviam sumido, mas de maneira alguma deixou aparentar isso ao grupo
ou a quem fosse e daí em diante passou a fingir e cobrar mais caro por isso. E o dinheiro fácil
passou a entusiasmá-la e como sempre fora muito vaidosa, agora podia se cobrir com as jóias mais caras e deslumbrantes e vestir-se com as sedas mais finas.
Tornou-se a cigana mais respeitada e logo assumiu o comando do grupo. A ternura
angelical daquela jovem agora desaparecia, dando lugar a um radicalismo quase maldoso quando agia em defesa dos seus. Seu povo era muito perseguido e discriminado naquelas terras e isso fazia com que Sarita procurasse ganhar muito dinheiro e para tal não media conseqüências, para com isso adquirir poder se impor diante das perseguições.
Numa emboscada que se fez passar por um acidente, Sarita desencarnou deixando seu
povo sem líder e desesperado. A dependência de seu povo era tamanha que não sabiam mais
pensar sozinhos e a morte daquela cigana a quem consideravam quase uma deusa os pegou
desprevenidos. E nesse desespero buscavam a ajuda do espírito de Sarita, pois acreditavam que
agora virara santa e que certamente, mesmo do outro lado, ela não desampararia seu povo. Em
função disso criaram cultos e os peditórios foram aos poucos, se espalhado além do povo cigano e o túmulo de Sarita virou santuário, com filas enormes de pessoas que se aglomeravam em busca dos milagres.
Ignorando a realidade do lado espiritual, não sabiam o mal que estavam fazendo aquele
espírito que desesperado se via fora do corpo carnal, mas grudado nele, sentindo sua deterioração.
Em desespero total e agarrada as suas jóias com as quais foi sepultada, Sarita pedia socorro. Os
amparadores espirituais lá estavam querendo ajudá-la, mas ela sequer os enxergava dentro do seu desespero e revolta pelo acontecido.
Ouvia toda a movimentação que se fazia fora de seu túmulo e por mais que gritasse,
ninguém a ouvia. Se existia inferno, o seu era esse. Tudo aquilo durou longos e tenebrosos anos,
até o dia em que seu túmulo foi assaltado durante a noite e os ladrões levaram suas preciosas
jóias. Em desespero, assistindo a tudo, nada podia fazer, restando-lhe apenas um monte de ossos.
Só então se deu conta de sua verdadeira situação e lembrou do que sua mãe a ensinara quando
pequena sobre a vida após a morte. A lembrança de sua mãe a fez chorar, implorando que ela
viesse tira-la daquele sofrimento. Depois disso desacordou e só depois de muito tempo
hospitalizada no mundo espiritual é que acordou, sabendo do isolamento que se fizera necessário em função das emanações vindas da terra, por causa de sua falsa "santificação"
Seu povo agora usava a imagem da idolatrada Sarita em medalhas que eram vendidas
como milagreiras, além de manter seu túmulo como verdadeiro comércio visitado por caravanas
vindas de lugares distantes. Lembrava do dia em que, já curada e equilibrada pode visitar aquele
lugar junto com seus amparadores, para seu próprio aprendizado, bem como das palavras sábias
de seu instrutor:
Filha, o mundo ainda teima em manter os mercadores do templo. Criam-se os milagreiros
que após o desencarne passam a ser santificados de maneira egoísta e mesquinha, preenchendo o vazio que a falta de uma fé racional se faz no coração dos homens. Mentiras mantidas por pastores que visando o brilho do ouro, traçam caminhos duvidosos e perigosos para suas ovelhas, dando com isso, imenso trabalho à espiritualidade deste lado da vida. Criam uma farsa que é mantida pelo desespero de pessoas ignorantes e sofredoras, obrigando-nos a formar verdadeiros exércitos de trabalhadores com disponibilidade de atendimento a essas criaturas. Mesmo assim, por mais errado que seja esse tipo de atitude, a Luz o aproveita para auxiliar os necessitados mantendo ali um pronto socorro. E fora o sofrimento do espírito "santificado" que se vê vivo e impotente do outro lado, aliado a distorção comercial, esses lugares servem para que muitos espíritos encontrem ali o portal de retorno.
Sarita tentando manter o equilíbrio e as emoções, via o intenso movimento de espíritos
trabalhadores, socorrendo os desencarnados que vinham em bando junto aos romeiros e
observava pela primeira vez como aconteciam os chamados milagres.
Uma senhora chorosa, ajoelhada ao pés do túmulo implorava pelo espírito de Sarita a cura
de sua filhinha que estava ficando cega devido a uma doença rara que exigia cirurgia caríssima,
longe de suas possibilidades financeiras.
A fé dessa mulher e o a amor por sua filha eram tão intensos que de seu cardíaco e de seu
coronário exalavam chispas luminosas que se perdiam no ar. Ao seu lado, dois espíritos
confabulavam analisando uma ficha com anotações e logo em seguida um deles, colocando a mão sobre a cabeça da mulher transmitiu-lhe vibrações coloridas que a acalmaram, intuindo-a a ter a certeza de que seu pedido seria atendido. Deixando algumas flores sobre o túmulo ela se retirou.
Curiosa, foi ter com os dois jovens, querendo saber o que realmente acontecia nesses casos.
Minha irmã, analisamos cada caso e dentro do merecimento de cada espírito e de acordo
com a fé e sinceridade de propósitos, sempre respeitando a lei e o livre-arbítrio das criaturas
envolvidas, procuramos auxiliar. Essa senhora será procurada por um grupo de estagiários de
medicina que mesmo como cobaia de seus estudos, levarão sua filha a cirurgia de que necessita,
retornando a ela a visão.
Ah, e certamente isso será atribuído a mim como mais um milagre.
A você? – indagou contrariado um dos jovens.
Sim...ah, me desculpem, não me apresentei. Sou a própria, a cigana Sarita.
Nossa, que surpresa!!! Muito prazer! Não é todo dia que se conhece uma "santa", brincou o
outro.
Com um sorriso amarelo, Sarita tentou em vão desconversar, pois agora a curiosidade deles
era maior do que a dela em saber detalhes de como tudo isso havia ocorrido. E longe dali, em lugar mais propício, junto a natureza eles trocaram válidas experiências.
Mas agora tudo isso eram lembranças. Aquele espírito em cuja última encarnação terrena
viera como uma cigana que se chamava Sarita, agora no mundo espiritual se comprometia e
assumir um trabalho difícil no qual sentiria de perto, novamente o preconceito dos seres humanos.
Preconceito esse tão grande e revestido de tamanha ignorância que certamente muitas vezes seria tratada como verdadeiro "demônio" sendo expulsa como tal. Mesmo assim, sabia que teria que atuar dentro da lei e ignorando tudo isso, trabalhar com muito amor, auxiliando os encarnados a se curarem das mazelas, pois só assim curaria as suas que estavam impressas em seu átomo primordial, carecendo de urgente reparo.
Enquanto seu médium girava no terreiro ecoando uma gargalhada que avisava a chegada
de pomba gira cigana, romeiros continuavam buscando no túmulo da Santa Cigana Sarita, o
milagre que ignoravam residir apenas dentro deles mesmos.
História contada por Vovó Benta
inserida no livro Causos de Umbanda II - no prelo - Editora do Conhecimento
domingo, 7 de outubro de 2007
NAS ASAS DO IRMÃO TEMPO...
Na tela mental interna do chacra frontal – sede da clarividência e da intuição -, surgem imagens do antigo Oriente.
Vejo diversos grupos de iniciados espirituais estudando e trabalhando sob os auspícios do Alto.
Nas terras quentes do Egito de outrora, lugar de mistérios e alegorias iniciáticas, observo o trabalho firme dos hierofantes no trato com as verdades do espírito.
Brilhava ali o processo da alquimia interior, onde o homem ignorante de sua própria natureza, velho e enferrujado de egoísmo, era transformado, no cadinho da experiência, em um Ser dourado de amor, verdadeiro homem de ouro, renovado, renascido e feliz.
Ali morria o neófito – e seu medo do invisível – e renascia o discípulo, consciente e servidor da Luz Maior.
Brilhavam ali os ensinamentos estelares do mestre Thot, emissário celeste entre os homens.
Ali os discípulos voavam para fora de seus corpos físicos, para estudar e aprender no duplo extrafísico dos templos, sob a guarda luminosa dos mestres.
Sim, foi ali que muitas sementes espirituais foram plantadas nos corações valorosos dos iniciados nas artes do espírito.
As energias do Alto fluíram sobre suas frontes e cingiram suas consciências na Luz.
Nos ventos do Irmão Tempo, a visão continua...
Vejo agora a velha Índia, terra do Ganges e das profundas realizações espirituais. No ar, as suaves vibrações dos sábios realizados na paz do espírito.
Nos templos, nas cavernas, nas florestas, e mesmo em alguns lugares de suas cidades, iogues e iniciados nas artes espirituais respiravam o prana e ativavam seus chacras.
Seus corações pulsavam em ressonância com as pulsações do coração do Supremo Amor. Eles sabiam que o Todo estava em tudo!
Em silêncio, eles meditavam e oravam, e viajavam espiritualmente pelos reinos da consciência cósmica.
Ali brilhavam os ensinamentos de Rama e Krishna.
Sim, foi ali que muitos discípulos despertaram consciencialmente e se encantaram com o Eterno que permeia tudo.
O Supremo tocou seus corações, e nada mais foi como antes.
Em seus olhos surgiu o brilho das estrelas e a certeza da imortalidade do espírito. Então, eles proclamaram: “Brahman está em tudo. Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!”
Levado pelo Irmão Tempo, continuo observando..
Vejo imagens da velha China, berço dos sábios taoístas.
Ali também estavam grupos de iniciados aprendendo as artes da manipulação do Chi, a força vital, e agradecendo a natureza.
No ar, as lindas vibrações dos sábios Lao-Tzé, Chuang-Tzú, Lie-Tzú, Lie-Tao, e tantos outros mestres realizados no Tao.
Em seus corações, a alegria de existir simplesmente.
Ali brilhava a sabedoria perene de Fo-Hi e do Imperador Amarelo.
Sim, foi ali que muitos discípulos foram tocados pelo Tao e vislumbraram outros horizontes além da Terra.
Serenos e alegres, eles proclamaram: “O poder não está no homem, vem do Tao. A sabedoria está em reconhecer isso e fluir pela existência com a jóia do discernimento no coração.”
Tranqüilamente, o Irmão Tempo me devolve ao presente, pois o avião acaba de pousar no aeroporto Santos Dumont.
Abro os olhos e vejo às luzes do século 21.
E penso: “Provavelmente irei encontrar, no Seminário Ramatis, muitos desses iniciados de outrora, encarnados e desencarnados, carregando, dentro de seus corações, a síntese das iniciações espirituais e trabalhando e estudando sob a mesma inspiração que um dia os despertou.
Eles parecem brasileiros, mas são cidadãos do universo. Suas provas não são mais nos templos antigos do Oriente, nem nas cavernas do Himalaia, ou mesmo sob as sombras das pirâmides milenares.
Não, eles agora são testados nas lides do mundo moderno, o templo vivo da manifestação. Mas eles carregam a espiritualidade em seus corações e ainda escutam o chamado secreto do Alto.
Sim, eles ainda sonham com um mundo melhor e confiam nos ideais superiores que norteiam seus estudos e práticas espirituais. Eles sabem que são consciências imortais e trazem em si mesmos um tesouro de luz.
Mesmo em meio ao materialismo vigente, o caos urbano e a violência desenfreada, eles persistem na espiritualidade, pois sabem que ela é sua grande riqueza.
Sim, eu irei encontrá-los, daqui a pouco, como homens e mulheres do século 21, carregando, em seus corações, a atmosfera sutil dos iniciados de todos os tempos e linhas.
Sim, as antigas luzes do Oriente espiritual ainda brilham nos tempos modernos do Ocidente, dentro dos estudantes espiritualistas que persistem nos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Sim, os ensinamentos de Thot, Rama, Krishna, Buda, Lao-Tzé e Kwan-Yin vivem neles, junto com os ensinamentos de Jesus e Allan Kardec, no mesmo grande coração.
Esse coração dos iniciados de todos os tempos e linhas, hoje reunidos na casa do mestre Ramatis.
Sim, eu irei encontrá-los, daqui a pouco. Parte deles está no Astral do ambiente; a outra parte, reencarnada, igual a mim.
Todos eles são alquimistas do espírito. Todos eles são da Luz!”
Rio de Janeiro, 07 de setembro de 2007.
* Sob forte emoção, li esses escritos para os 450 participantes do VI Seminário Ramatis, realizado no auditório da SER - Sociedade Espírita Ramatis – www.ramatis.
* Esses escritos se correlacionam o texto “A Viagem dos Iniciados” – postado pelo site do IPPB como texto 450, no ano de 2003. O mesmo pode ser acessado no seguinte endereço específico: http://www.ippb.
* Fraternidade da Cruz e do Triângulo – grande grupo de mentores espirituais que opera no Astral do Brasil, sempre de forma universalista. É coordenado pelo sábio mentor Ramatis. Esse grupo é co-irmão do grupo dos Iniciados.
* Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético; rodas de luz; vórtices energéticos.
* Chacra Frontal – centro energético situado na testa, bem no meio da glabela. Está ligado à glândula hipófise e têm estreita relação com os fenômenos de clarividência.
* Hierofantes – dentro das tradições herméticas de outrora, eram os mestres que testavam os neófitos – calouros – nos processos iniciáticos.
* Prana – do sânscrito – sopro vital; força vital; energia.
* Thot – ou Toth – era o emissário celeste e escrivão dos deuses na antiga cosmologia egípcia; séculos depois, os gregos o personificaram na figura mítica de Hermes Trismegistro.
* Chi - do chinês - força vital, energia. Dentro dos ensinamentos taoístas, a força vital é polarizada na natureza das coisas em dois aspectos fenomênicos: o Yin e o Yang, as alternâncias do Chi, as polaridades da energia.
* Tao - do chinês - "O Caminho"; "a essência de tudo"; "O Todo". Na verdade, o TAO não pode ser descrito ou explicado por palavras humanas. Por isso, deixo a cargo do sábio Lao-Tzé uma explicação mais apropriada:
Imóvel e insondável, permanece só e sem modificação.
Está em toda parte e nunca se esgota.
Pode-se considerá-lo a Mãe de tudo.
Não conhecendo seu nome, chamo-o TAO.
Obrigado a dar-lhe um nome, o chamaria Transcendente.