Por favor, preencha a atmosfera com a vibração sublime dos Santos Nomes:
Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O caminho para encontrar a sua Alma Gêmea é óbvio...

O caminho para encontrar a sua Alma Gêmea é óbvio...
:: Rosana Braga ::

... mas nem por isso, fácil!

Parece-me que a ânsia de encontrar a Alma Gêmea tem se tornado, cada vez mais, desenfreada. Homens procuram incessantemente uma mulher que os complete, que os tornem mais inteiros; no entanto, negam esse desejo e se perdem em meio aos seus próprios paradoxos, às suas próprias contradições. Da mesma forma, mulheres procuram, todo tempo, por um homem que lhes faça felizes, que as tornem mais plenas e que dê um sentido mais belo para suas vidas. Mas também aprenderam a mascarar esse desejo e a se conformarem com relações superficiais, passageiras, que não as levam a nada e também não acrescentam nada... E perdidos e confusos por suas contradições internas, homens e mulheres não percebem que o caminho é óbvio, mas que o óbvio é, geralmente, mais difícil de ser compreendido do que o complexo.

Nossas mentes se acostumaram às questões complexas, cheias de "senão" e "porquê". Quando precisamos lidar com o óbvio, o simples, não conseguimos chegar a uma conclusão. Sabe por que? Porque o simples não tem explicação; necessita apenas de sentimento. Não fomos treinados para sentir. Quem sente é considerado tolo, mole, sem juízo. Inteligente e perspicaz é quem tem habilidade para pensar!
Tolice, bobagem! Somos seres feitos para pensar e sentir, na mesma proporção; mas como temos vivido durante séculos voltados para o pensamento, neste momento precisamos urgentemente de homens e mulheres capazes de sentir. O planeta está carente de sentimento, de simplicidade, de amor!

E é exatamente essa ansiedade que criamos em torno da busca por nossa Alma
Gêmea que torna o caminho sempre mais desconhecido do que poderia e deveria ser.
O caminho me parece óbvio. Não fácil, mas óbvio! O próprio nome revela o segredo; preste atenção: alma gêmea...

Se aparecesse alguém em sua vida e lhe dissesse que você tem um irmão gêmeo e que vocês se formaram numa única placenta, o que você tomaria como base para encontrá-lo? Certamente, levaria em conta o fato de serem muito parecidos fisicamente e lançaria mão do conhecimento que você tem de seu próprio rosto, de seus próprios traços, de seu próprio corpo. Esses dados você já tem, pois passou a vida inteira se olhando no espelho, não é?! Se uma manchinha estranha aparece em sua coxa direita, imediatamente você percebe, pois está em constante contato com o seu corpo...
Somente a partir de então sairia à procura desse irmão, não estou certa? Isso é óbvio! A gente só procura algo do qual já se tem alguma informação. Suponhamos que você seja incumbido de encontrar uma pessoa desaparecida. A primeira coisa que você vai pedir é uma foto dessa pessoa. É claro! É óbvio!

Mas, no nosso caso, estamos em busca de nossa Alma Gêmea, ou seja, estamos em busca de uma alma e as almas, até onde eu sei, não têm forma definida, não têm cor de pele, enfim, não têm as mesmas características de um corpo físico.
Portanto, não podemos saber, antecipadamente, se nossa Alma Gêmea está num corpo branco ou moreno, alto ou baixo, gordo ou magro, de cabelos lisos ou cacheados, enfim, não temos informações sobre o corpo de nossa Alma Gêmea, mas ainda assim podemos ter informações preciosas sobre a alma dessa pessoa. Claro! Ela é gêmea da nossa!!! Bidu!
Sendo assim, creio que só existe um caminho que nos leva a esse encontro, ao encontro de nossa Alma Gêmea: o de dentro, o que nos leva ao profundo e verdadeiro conhecimento de nossa própria alma. E se você não acredita nisso, pense: o caminho é absolutamente lógico: como você poderá reconhecer uma alma que é gêmea da sua se você nem olha para a sua alma, se você não está interessado em conhecer os cantos mais preciosos e ricos de sua própria alma. O reconhecimento é impossível!

O mapa do tesouro está em cada um. Ao invés de sair por aí carregando ansiedade, leve informações seguras, leve dados claros e precisos. Ao invés de sair pela vida desembestado e inconsciente em busca de alguém que não se sabe nada a respeito, o melhor e mais inteligente é, antes, colher dados que permitam identificar esse alguém. E só há uma maneira de fazer isso: conhecendo a si mesmo!

O autoconhecimento é a única ferramenta eficaz para que o encontro seja certeiro. Estamos falando de nossa metade... de alguém cuja alma tem muita semelhança com a nossa...
Você pode estar pensando que já conheceu muitas pessoas parecidas com você no que se referia ao jeito de pensar, de agir e de ser, ou seja, pessoas que tinham a alma com características semelhantes à sua. No entanto, essas são características fáceis de se perceber. Com pouco tempo de convivência, podemos notar tais semelhanças ou diferenças; e eu disse, antes, que o caminho é óbvio, mas nem por isso, fácil.

Conhecer a própria alma não é tarefa para alguns dias ou meses. É tarefa, em princípio, para a vida toda. Estamos em constante transformação, evolução, aprendizagem e assimilação. Conhecer a própria alma exige muito mais do que uma percepção superficial.
Genericamente falando, muitas pessoas são semelhantes, mas quando conhecemos alguém e, principalmente, a nós mesmos profundamente, com interesse e amor, podemos descobrir a magia da exclusividade. Não existe ninguém igual a ninguém, nem mesmo os gêmeos, nem mesmo as almas gêmeas. Cada qual carrega em si algo de individual, de particular, de ímpar.

Na verdade, o que buscamos numa alma que seja gêmea da nossa é um nível superior de semelhanças, é alguém que, apesar de viver sua singularidade, olha na mesma direção que a gente, caminha com ritmo e intenções semelhantes às nossas.
Sendo assim, nessa busca serão necessários sensibilidade, doação de si mesmo e, acima de tudo, percepções livres de preconceitos e prejulgamentos. Talvez, a busca leve muito mais tempo do que gostaríamos. Conhecer a nossa própria alma já é trabalho que exige muita dedicação e empenho; um trabalho que, muitas vezes, nos causará angústias, decepções, dores e amadurecimento.
Quando nos comprometemos com o autoconhecimento, encaramos de frente todas as nossas características e isso inclui os defeitos, aquilo que faz parte de nós e que, na maioria das vezes, preferimos ignorar, esquecer...

Somos seres de luz e de sombra e, segundo a minha metade, o meu amor, quanto maior for a nossa luz, maior será a nossa sombra. E o grande segredo não é excluir nossa sobra, pois além de impossível, isso significaria abrir mão também de nossa luz, isto é, uma não pode existir sem a outra, simplesmente pelo fato de sermos humanos.
O grande segredo é conhecermos e acolhermos a nossa sombra. Somente assim, poderemos agir com sabedoria quando esta sombra vier à tona; somente assim, poderemos transformar a sombra em luz...

Muitas vezes, apontamos determinado comportamento em alguém como um defeito insuportável, mas não somos capazes de perceber que também somos assim... que também temos defeitos que, ao olhos de alguém, podem parecer insuportáveis.
Você pode até estar ao lado de sua Alma Gêmea, mas caso você não se dê conta disso, as chances de conseguir manter esse relacionamento podem estar seriamente comprometidas. É somente quando conseguimos compreender a nós mesmos e nos perdoarmos e nos amarmos que podemos realmente compreender, perdoar e amar o outro.
Ninguém poderá, de fato, amar e aceitar e conviver com uma alma gêmea se, bem lá no fundo, não suporta ficar a sós consigo mesmo, não consegue viver com harmonia e paz interior.

Acredito que uma das formas mais comuns que escolhemos para não entrarmos em contato com nossa alma e, consequentemente, com nossa sombra e nossas "podridões pessoais", seja falando. Algumas pessoas chegam a Ter uma espécie de compulsão para falar. Falam, falam e falam o tempo todo... Quem muito se explica e muito se justifica é porque não está conseguindo convencer nem a si mesmo.

A convivência entre um ser humano e o silêncio é, provavelmente, uma das mais difíceis. As palavras são mestras, mas o silêncio é luz, é poder, é sabedoria! Mas não estou falando do silêncio que leva a nossa mente a um turbilhão de pensamentos. Falo do silêncio que nos coloca em contato com nosso interior: aquele momento em que focamos nossa mente numa determinada atitude, num determinado diálogo que tivemos com alguém... aquele momento em que nos sentimos genuinamente felizes ou profundamente tristes ou arrependidos.

É este o caminho do autoconhecimento; é esta a essência da busca: quando somos capazes de sorrirmos para nós mesmos... ou quando choramos por dentro... mesmo que as lágrimas não surjam, sabemos que elas brotaram na alma... São momentos como esses que devem ser cultivados e valorizados. Precisamos dessa avaliação pessoal e tão valiosa para o crescimento e o conhecimento da alma.

Quem está realmente interessado em encontrar sua Alma Gêmea sabe que as almas gêmeas existem porque foram, num determinado momento, divididas para que pudessem evoluir. Evolução! Você tem se empenhado em evoluir?!? Você sabe o que significa evoluir no sentido anímico?
É uma evolução que acontece independentemente do dinheiro que temos ou daquele que gastamos, da posição social na qual estamos inseridos, do cargo que ocupamos no emprego, enfim, independe de qualquer status. A evolução da alma pode acontecer no local mais pobre e sem recursos que você já tenha visto, porque o que mais temos visto nesse mundo de desigualdades sociais são almas miseráveis rodeadas de luxo e almas muitíssimo evoluídas vivendo na pobreza, sem grandes acúmulos materiais.
Os bens materiais podem (eu disse PODEM) ser facilitadores para a evolução, mas até para isso, é preciso que ante, haja nobreza na alma de quem ganha esse dinheiro. Caso contrário, ele só servirá para tornar essa pessoa materialista, fria, egoísta e perdida em si mesma. Porque o dinheiro pode destruir a alma daqueles que nunca foram capazes de olhar para dentro de si, para aqueles que não desenvolveram sua espiritualidade e terminaram acreditando que tudo o que realmente importa está fora, está nas coisas, nas posses e nos valores que acumularam ao longo de suas vidas.
Por outro lado, existem muitas almas que conseguem evoluir ainda mais rapidamente justamente porque enxergam a dor e a tristeza que há na pobreza e nas injustiças como um caminho para o enriquecimento interior.

Leo Buscaglia, em seu livro Vivendo, Amando e Aprendendo (o que eu mais gosto), escreveu: "Primeiro as pessoas. Depois as coisas."
Vemos tanta gente se importando antes com as coisas e depois com as pessoas, não é? Vemos tantos casais jurando que se amam e, depois de algum tempo, praticamente se engolindo por causa das coisas que juntaram, numa
briga insana pela divisão de bens...
o caminho é pessoal. Cada um tem seu jeito próprio de enxergar as situações, interpretá-las e usá-las - ou não - em prol de si mesmo. O que pode comover você, talvez não comova a mim, e vice-versa. Mas a verdade é que evolução não se trata de magia ou sorte ou destino, nem sequer de opção religiosa ou conhecimentos teóricos. Talvez esses sejam detalhes que atuem a favor da evolução, mas não determinantes.
Jesus Cristo é um ótimo exemplo para esta verdade. Um Mestre que viveu toda a sua vida num vilarejo, rodeado de humildade e trabalho. Nunca cursou uma universidade, nunca se distanciou da cidade onde nasceu, nunca escreveu um livro e nunca se apossou de nada que não fosse a sua própria fé. E nunca, em nenhum tempo da história, um homem influenciou tão poderosamente a vida da humanidade. Depois de mais de 2 mil anos de sua passagem pela Terra, todo o planeta está, de uma forma ou de outra, tocado por esta vida singular...

Mas, enfim, a escolha é de cada um. Eu posso compreender que sou um ser humano exclusivo (diferente de todos os que já existiram, existem e irão existir) em busca de uma Alma Gêmea que, embora tenha muitas características parecidas com as minhas, também é um ser humano exclusivo e tem sua individualidade que merece absoluto respeito.
E, sendo assim, posso me concentrar em mim mesma e tentar crescer e conhecer mais sobre mim a cada dia. Ou eu posso - a escolha é minha, e só minha - passar a vida inteira me comparando com outras pessoas e reclamando das chances que perdi e das oportunidades que a vida não me deu e das vantagens que não me ofereceram...

É, talvez seja mais fácil culpar as pessoas e o mundo pelo que não somos capazes de conquistar, mas definitivamente essa escolha não nos levará à nada e nem à lugar nenhum, muito menos à nossa Alma Gêmea; a menos que essa nossa metade esteja tão estagnada quanto nós... e aí, as únicas "preciosidades" que teremos para compartilhar são sentimentos e sensações como frustração, derrota, falta de coragem, acomodação e covardia.
Mas o que acontece, geralmente, com pessoas desse tipo, que vivem constantemente criticando o que o mundo lhes tem oferecido, sempre julgando que mereciam mais do que têm, é que, caso tenham a "sorte" de encontrar uma Alma Gêmea que poderia lhes tirar dessa espécie de paralisia, julgam-na muito pouco, acreditam que as Almas Gêmeas dos outros são melhores e mais interessantes que a sua...

Viver e Ser não é uma questão melhor ou pior, de certo ou errado... É uma questão de equilíbrio, de sensibilidade e de respeito por si mesmo e, consequentemente, pelo outro.
Temos duas (somente duas) alternativas: OU assumimos o que somos, tomamos as rédeas de nossas vidas e fazemos alguma coisa para nos conhecermos muito bem e evoluirmos um pouquinho que seja a cada dia de nossa vulnerável e efêmera existência aqui na Terra, atuando de fato sobre nossa própria Alma OU permanecemos a deriva do tempo, lamentando o que não nos acontece e simplesmente deixando a vida passar, como se a felicidade fosse uma espécie de surpresa ou presente que, algum dia, talvez, alguém nos venha entregar, em nossa porta, sem que nada precisemos fazer para merecê-la...
Mas certamente, qualquer que seja a nossa escolha, o tempo não nos espera; ele não diminui o seu ritmo e muito menos pára, até que tenhamos condições de acompanhá-lo. Porque, na verdade, todos nós já nascemos com as condições necessárias para acompanhá-lo...
E, mais cedo ou mais tarde, todos nós perceberemos a constante atuação dele sobre nossas vidas! Da mesma forma que nossas rugas poderão significar boas lembranças, satisfação de realização e gratidão por essa maravilhosa oportunidade de ter estado aqui, poderá significar desespero, arrependimento e um amargo sabor de derrota...

Ninguém pode escolher pelo outro. A escolha é pessoal e intransferível. Depende exclusivamente de cada um. Eu sugiro que você faça a sua escolha imediatamente e que possa, sinceramente, estar consciente dela!

sábado, 25 de agosto de 2007

Hermafrodito: a dupla natureza

Um dia, Vênus e Mercúrio olharam-se intensamente. E nesse instante
descobriram que se amavam e nada poderia impedi-los de se unirem.
Tão forte era a atração quanto pouco durou tal encontro. Apenas o
tempo necessário para conceber um novo descendente do Olimpo, a quem
os pais chamaram Hermafrodito, fundindo assim num só seus nomes
gregos: Hermes, de Mercúrio, e Afrodite, de Vênus.
Terminada a breve aventura, a deusa novamente começou a sentir-se
culpada de outro adultério. E, vendo no filho uma testemunha viva e
constante de sua traição, resolveu separar-se dele. Entregou-o,
pois, aos cuidados das Ninfas do Monte Ida, que o criaram e educaram.
Ao completar quinze anos, Hermafrodito abandonou as amas e pôs-se a
correr pelas terras gregas. Era tão belo quanto sua divina mãe,
porém não herdara dela o mesmo ardor amoroso. Diante dos encantos
femininos e das promessas de aventuras, timidamente baixava os olhos
e retirava-se.
Entretanto, um dia, não conseguiu mais fugir. Andava por uma
ensolarada região quando o calor excessivo o fez procurar um lago
onde pudesse refrescar-se. Sem consciência da armadilha que o
esperava, o filho de Mercúrio e Vênus despiu-se e mergulhou nas
águas límpidas.
A ninfa Salmácia passeava pelas cercanias e não tardou a ver o
jovem. A visão do belo corpo despertou nela a mais intensa paixão.
Despiu-se também e movimentou-se ágil e graciosa nas águas cálidas.
Tudo fez para conquistar o jovem, que sempre resistia. Desesperada,
a ninfa enlaçou-o fortemente e suplicou aos deuses que nunca mais o
levassem de seus braços. Os divinos imortais atenderam-lhe o pedido,
e uniram os dois corpos num só, para que jamais se separassem.

A RAINHA BOUDICCA E A REBELIÃO DOS ICENOS


Copyright 1996-2002 S.Wilson
dos textos sobre a rebelião do icenos em 60 e.c. escritos por Tacitus e Dio Casius
PARTE 1
Boudicca,conhecida pelos romanos Boadicea, nasceu por volta de 30 e.c.

Pouco ou nada sabe-se sobre sua origem, muitos acreditam até que seu nome não seja esse mas sim que ela tenha sido chamada de Boudiga, uma deusa celta de vitória, por seus seguidores.
Boudicca uniu-se a realeza ícena no sudeste da Bretanha acredita-se por volta de 48e.c. e gerou 2 crianças que eram adolescentes a época da morte de seu pai por doença em 60-61 e.c. Depois de sua morte, sucederam-se uma série de ataques surpresas e rustilidades á ela e suas filhas que levaram os Icenos a sua rebelião liderada pela rainha contendo 100 mil ou mais homens, deixando um espinho permanente entranhado no império romano.
A coisa que os romanos mais odiavam era o aterrorizante espírito de guerra dos Celtas e especialmente o fato de suas mulheres lutarem ao lado dos homens,e possuírem indistintas forças e honra.Diodorus Siculus escreveu:
"As mulheres gaulesas são altas como homens, e são rivais na coragem"
"a luta não tem perdido tantas forças femininas quanto masculinas.. .as mulheres atacam com espadas e machados na direção de seus oponentes soltando berros horrendos ".
Por ser a líder da rebelião uma mulher, Roma se sentiu especialmente ultrajada e constrangida.
Prasutagus, marido de Boudicca,era o mais querido dos reis Icenos quando Roma retornou em 43 e.c. sob comando de Claudius que se tornou oficial depois do assassinato do horrível Caligula para prevenir
que todo o império se rebelasse.Claudius, depois de analisar as falhas de Caligula e as empreendidas de César e etc enviou um destacamento de 60 mil tropas para tomar e colonizar a ilha.
Nesse caso, os Icenos foram submetidos em 43a.e.c. e Prasutagus para garantir os provimentos de seu povos concordou em ser freguês (client-rule) de Roma e aceitar os romanos como seus benfeitores desde que continuasse a liderar seu povo e suas terras.
Roma estendeu à todos eles educação, proteção militar, fundação de estado assim como servos e suserania. Calgacus, líder dos Caledônios, que liderou a rebelião uns 20 anos depois de Boudicca disse: "Eles criaram uma desolação e chamaram isso de paz (pax romana)". Muitos líderes do sul e do oeste seguiram o exemplo de Pratusagus na Bretanha, mas no Oeste, os Galeses só se renderam após 30 anos de guerra violenta.E quanto mais ao Norte iam os Romanos, mais eles encontravam rebeliões.
Após se casar com Prasutagus em 48-49 a.e.c., ela tornou -se rainha dos iCENOS. Boudicca se tornou regente. Quando morreu, Prasutagus deixou terras, dinheiro e posses pessoais para o imperador,que na época era demente: Nero, que o havia declarado como freguês em débito com Roma.
Ele também deixou dotes para as mulheres e filhas não só para assegurar o dote de seus futuros esposos, mas para assegurar que o pagamento de taxas e atributos romanos fossem pagos durante certo tempo. Assim acertado, Prasutagus morreu sem preocupações.
Logo após a morte de Prasutagus representantes do chefe de finanças da Bretanha e Procurador Catus Decianus, foram imediatamente despachados para sitiar as propriedades dele. Em Roma era ilegal ceder sua riqueza pessoal a outras pessoas sem aprovação ou mesmo iniciativa do império.
Prasutagus no entanto acreditou que seu grande sacrifício pelos romanos poderia fazê-los permitir a doação de dinheiro e posses para suas filhas,que na verdade eram as herdeiras de todo seu reino.Acreditou, enfim, que os romanos tivessem um pouco de honra.
Sobre esse assunto disse Tacitus:
"Prasuagus, Rei dos Icenos, famoso por sua vasta prosperidade, fez o império seu herdeiro assim como suas duas filhas, com o pensamento de que essa submissão poderia pôr seu reino e sua casa fora do alcance de errantes.
Mas as coisas não funcionam
dessa maneira."
Logo após a morte de Prasutagus representantes do chefe de finanças da Bretanha e Procurador Catus Decianus, foram imediatamente despachados para sitiar as propriedades dele. Em Roma era ilegal ceder sua riqueza pessoal a outras pessoas sem aprovação ou mesmo iniciativa do império.
Prasutagus no entanto acreditou que seu grande sacrifício pelos romanos poderia fazê-los permitir a doação de dinheiro e posses para suas filhas,que na verdade eram as herdeiras de todo seu reino.Acreditou, enfim, que os romanos tivessem um pouco de honra.
Sobre esse assunto disse Tacitus:
"Prasuagus, Rei dos Icenos, famoso por sua vasta prosperidade, fez o império seu herdeiro assim como suas duas filhas, com o pensamento de que essa submissão poderia pôr seu reino e sua casa fora do alcance de errantes.
Mas as coisas não funcionam
dessa maneira."
Num sítio devastado, os nobres Icenos foram forçados a fazerem suas propriedades que eram suas por hereditariedade, propriedades de Roma, suas casas foram saqueadas e destruídas e seus familiares humiilhados, maltratados e vendidos como escravos. Em meio a variados ultrajes, Roma repentinamente cobrou-lhes um reembolso imediato das somas em dinheiro doadas pela opulenta vida romana na corte Icena.
Os fundos para pagar esses"empréstimos" não foram avaliados e tudo foi declarado propriedade de Nero.
Boudicca mesma foi responsabilizada por todos os débitos em sua regência. Ela não podia pagar e Roma aplicou a ela o que os tão nobres e civilizados romanos chamavam de "Lei Romana". Ela foi levada como refém, desnudada e espancada em público, enquanto suas filhas eram estupradas por soldados romanos. Nenhum crime contra Roma foi imputado, senão a morte de Prasutagus e a distribuição de seus bens e de suas filhas.

Boudicca recuperou suas filhas após o assalto e voltou à seu povo. Nessa ocasião, pequenas rebeliões continuavam a acontecer nas áreas sul habitadas pelos Trinovantes entre outros, que estavam libertando seus homens.
Essas tribos que jamais se renderam à Roma ganharam força depois do ultraje Iceno.

Na Ilha de Mona (Anglesey), o governador Suetonius Paulinus estava no meio de acabar com rebeldes que tinham escapado para lá procurando segurança e profecia dos druidas que habitavam a ilha em paz, quando a rebelião apenas começara, a trezentas milhas dali, ele tinha acabado de aniquilar os santuários da ilha e chacinado seus habitantes.

Boudicca, acredita-se, ter reunido um exército de mais de cem mil homens enquanto liderou seu primeiro ataque a colônia Camulodunum (Colchester) , uma colonia de oficiais romanos aposentados e suas famílias.Nessa cidade,rebeldes asseguravam que o ataque acontecesse sem problemas ou perigos.
A batalha durou poucos dias, o que foi suficiente para mensageiros fugirem para Londinium (Londres) para avisar o imperador.Sua resposta foi despachar 200 homens que foram rapidamente engolidos pelos Celtas.Os veteranos romanos agüentaram por dois dias trancados dentro de seu templo.Como pastores agora, eles estavam despreparados para defenderem sequer suas própria vidas.A cidade foi devastada,incendiad a e seus habitantes foram assassinados violentamente.

A IX Legion Hispana, liderada por Petilius Cerialis, foi despachada para Camulodunum para seu acampamento a 80 milhas ao Norte.Eles rapidamente marcharam com menos de 5 mil homens mas foram capturados numa emboscada de um destacamento que os esperava ao norte de Camulodunum. Cada soldadinho foi derrubado enquanto a marcha de Boudicca seguia. Com as novas notícias da revolta, o bravo romano Procurados Decianus fugiu do quartel administrativo levando consigo todo seu igualmente bravo pessoal, deixando a Bretanha sem administração.

Suetonius nessa hora marchava próximo a Londres e inspecionou a cidade com destacamento. Ele tinha de alguma forma sabido da chegada de Boudicca de Camulodunum, seis milhas dali,de modo que ele havia marchado com sua legião inteira, mais de 250 milhas esperando encontrar a cidade em ruínas.
Nesse momento histórico, Londres era uma cidade de florescentes negócios e um mercado com mais de 330 acres de terra e não uma fortificação particular de militares.E negócios eram negócios e 30 mil colonizadores, romanos ou não moravam ali e ao redor dali, e chamavam-na de lar.

Suetonius chegou a tempo mas abandonou-a rapidamente, sabendo que não haveria defesa.Tacitus descreveu a cena em seus anais:"Ele decidiu sacrificar uma cidade para salvar toda a situação.Para aqueles que oravam e choravam implorando ajuda, ele fez sinal para saírem, levando em sua legião qualquer um que pudesse seguí-los.Aqueles que eram impróprios para guerra por causa de seu sexo, por serem muito velhos,ou muito apegados ao local para deixarem-no foram abatidos pelo inimigo."
Suetonius abandonou Londinium e as forças de Boodicca chegaram logo após suapartida, e demoliram a cidade.Cassius Dio descreveu mais vivamente que Tacitus a cena da carnificina que acontecera aos colonizadores depois da saída de Suetonius: "Aqueles que levados como reféns pelos bretãos foram submetidos a toda espécie de ultraje. A pior atrocidade bestial cometida pelos seqüestradores é a seguinte:Eles enforcam as mais nobres e distintas mulheres e então cortam seus seios e os fixam em suas bocas de modo que as vítimas parecem estarem se comendo.Daí eles espetam as vítimas em espetos afiados que correm seus corpos inteiros verticalmente"
Londinium foi incendiada de modo tão intenso que seus restos fundiram-se numa camada de argila vermelha de dez polegadas que ainda estão a 15 pés abaixo das modernas ruas de Londres.

Após deixar Londres,Boudicca voltou-se para noroeste, em direção a Verulamium(St. Albans), uma cidade desprezível,menos povoada que Camulodunum, mas totalmente composta por bretões simpatizantes das leis romanas.Suetonius
agora convocara a II Legion Augusta do sudoeste agir com a sua legião nas planícies,mas até dado momento eles não haviam aparecido, tendo sido restabelecidas a seu comandante Poenius Postumus.
Sem ele,Suetonius rapidamente juntou 10 mil homens do destacamento que acompanhou em Mona e os melhorzinhos da região que pudessem chegar rápido.Dio estimava que os rebeldes agora somassem mais de 200 mil.Diz Tacitus:Cerca de 70 mil cidadãos e aliados falharam no lugar que eu havia mencionado.Nã o por serem feitos prisioneiros e vendidos como escravos, ou nenhum outro escambo de guerra que o inimigo foi que eles se curvaram, mas sim pela chacina,pela forca, pelo fogo e pela aflição,por homens que logo pagarão as falhas, enquanto se agarram a essa vingança instantânea.
A Batalha Final

Os Verulamianos receberam as direções de Boudica bem antes dela deixar Londres.
Antes da chegada dela a cidade, os habitantes em sua maioria já tinham evacuado a cidade com seus pertences.Ainda assim o exército cruzou a cidade e a incinerou como fez com as demais,acabando assim com as vidas daqueles que se recusaram a sair.Para completar o ataque,Boudicca teve ainda mais uma chance de atacar Suetonius enquanto suas tropas estavam se aglomerando, mas ela não o fez.

Não se sabe exatamente onde ela ocorreu.Acredita- se porém ter sido nas planícies do oeste.
Assim como aliados para a batalha final se juntavam, se juntavam a eles suas famílias bretãs,na base da arena onde Boudicca reunia sua horda.Mães e pais, avós e avôs, crianças e bebês,os animais da criação,jarras enchidas através da pilhagem e itens pessoais aguardavam o reino desejado de segurança para desfrutar,aclamar e aplaudir a vitória que eles estavam certos de terem conseguido.Os bretões devem ter acreditado que as chances da vitória eram definitivamente altas
e que a liberdade estava quase ao alcance.
Por que suas famílias estavam lá com todas as coisas trazidas para a guerra?
Alguns acreditam que não era para manter seus bens fora das mãos romanas enquanto outros acham que era questão de ego.Outros acreditam que era uma tática usada para atrasar os romanos evitando que eles avançassem completamente, deixando mulheres, crianças e velhos serem mortos e saques valiosos serem destruídos (se fosse dentre os romanos,esse pensamento até que faria sentido...).
As das forças se encontraram no campo e se prepararam para a batalha. A própria Boudiccaé descrita nessa batalha final por Tacitus como estando "cansada e injuriada,vestida no tartan de seu clã e armada até os dentes. Seu aspecto é aterrorizante. "
Costumeiramente, os Celtas se reuniam com tambores, flautas, e gritos, muitos vestiam o tartan de seus clãs, muitos não se vestiam como era costume de guerra,e exibiam suas lanças, espadas, ou armas roubadas.Suas peles eram pintadas de azul para amedrontar os inimigos mais conservadores.
Pode-se imaginar a reação dos treinados soldados romanos, em muito menor número, mais baixos e franzinos em relação aos Celtas,em frente a tal linha de combate. Certamente os comandantes perdiam um tempo considerável convencendo- os de que a batalha poderia ser ganha.
Boudicca fez um discurso final e então deu comando para o início da batalha.
Os romanos por sua vez, ficaram parados numa massa de soldados, seus escudos acima deles para criar um teto protetor contra os bretões. Nessa hora, o "inimigo" estava com raiva, Suetonius deu a ordem: a formação fez um formado circular e uma gama de lanças pesadas caiu sobre os bretões. Depois das lanças vieram ondas da infantaria auxiliar, seguidas por ondas de infantaria romana.
A massa de bretões adiantados estava morta e o caos estava montado na traseira dos bretões para onde a cavalaria seguiu atacando pelos lados, emboscando-os contra o campo dos mortos ,o lugar onde os bretões eram mais sensíveis, no lugar onde estavam seus familiares assentados em suas carroças, eles os arremessavam contra seus próprios familiares e completavam a chacina.
Alguns escaparam, muitos morreram. E apesar dessa grande rebelião ter acabado, dalí muitas rebeliões separadas continuaram a acontecer por certo tempo.
Tradicionalmente conta-se que Boudicca sobreviveu à batalha final só para voltar à sua casa e tomar veneno.
É extremamente improvável que Nero tenha tido clemência em seu caso, ou no caso de suas filhas que teriam de explicar porque se desviaram na história para o lado de sua mãe. Se Boudicca sobreviveu e foi capturada, ela seria o troféu da parada do triunfo de Suetonius em Roma e tratada com indescritível horror e por fim executada na arena. Cassius Dio escreveu que os bretões deram a Boudicca um rico enterro, apropriado a uma Rainha e heroína Celta.

HISTÓRIA DE PAI CIPRIANO

Vamos contar um pouquinho desta história... Era o primogênito de uma família abastada e nobre. Herdeiro direto do trono daquela tribo, ainda bem jovem, por volta dos vinte anos, forte, saudável e cheio de vida, fui iniciado nos preceitos e conceitos religiosos do meu povo. Logo estava recebendo o "Decá" (autorização para a prática religiosa da minha tribo de origem). Foi um espanto geral! Ninguém quis acreditar. Como um menino daquele conseguira um encargo tão valoroso? Talvez por ser o filho primogênito do Chefe tribal. A partir da minha consagração as coisas começaram a ficar difíceis, Os demais membros da minha comunidade não mais me dirigiam a palavra. O ambiente foi ficando insuportável. Afastado da convivência com os outros irmãos, sofrendo discriminação e recebendo vibrações de ódio causadas pelo imenso despeito dos meus irmãos, preferi me isolar e me entreguei cada vez mais à prática dos meus ensinamentos religiosos. Num dia em que sozinho clamava aos Orixás por minha tribo, quando pedia a doce Mãe Oxum que suavizasse o coração dos meus irmãos, sofri uma terrível emboscada. E num dia cinzento, chuvoso, dia em que a tribo não participava tão intensamente do trabalho em grupo devido ao tempo, fui arrancado à força de minha maloca e levado para um lugar distante da minha Luanda, minha querida Angola... Indaguei todo tempo o que se passava, reivindicando a minha posição de membro da família real. Mas mesmo assim fui levado por uns homens estranhos que me carregaram à força, sem piedade, como se eu fosse um animal e eles os caçadores implacáveis. Ali começou o meu martírio. Mas dor maior senti ao avistar por perto três dos meus sete irmãos de sangue. Nesse momento me conscientizei da terrível traição que sofri e que deitou uma profunda ferida na minha alma.

Amarrado como um bicho, passei três dias amontoado em cima de uma carroça, onde cada vez mais eram colocados negros em grande número, uns por cima dos outros, como se faz com pele de animais. E assim fiquei, por baixo daquele amontoado de infelizes, faminto e sedento. Desespero maior eu senti ao ser retirado da carroça e jogado no porão imundo de uma grande embarcação. Dali por diante nós nos unimos em preces, dor e saudade na longa viagem ao Brasil, terra distante e desconhecida. Maltratado durante a interminável viagem, assistindo com horror cenas que jamais poderia imaginar, vi meus irmãos de raça e de religião sendo esmagados em sua hombridade; vi humilhação e revolta no olhar dos meus irmãos de destino; vi o açoite cortar impiedosamente a carne daqueles que ousavam manifestar a menor reação de revolta; vi corpos jogados ao mar e a peste se alastrar, ceifando a vida de muitos irmãos. Apesar do horror do navio negreiro consegui chegar com vida nesta terra distante chamada pelos seus nativos de Brasil. Clamei a Olodumaré por forças, pois pensei que não aguentaria tanta fome e tanto sofrimento dentro daquela embarcação maldita que me obrigava a tomar água salgada, e de barriga inchada deixei n'África distante minha juventude e alegria.

Aqui chegando, fui levado para uma feira, como as batatas compradas hoje por vocês, e vendido, pelos dentes fortes e bons que tinha, para uma rica família fazendeira de café. Dei duro dia e noite, trabalhando duro nos cangais, sofrendo mais humilhação, mais dor. "Nego Véio" era humilde e obediente e tudo fazia para agradar aos senhores brancos. Logo fui recompensado pela docilidade, passando a trabalhar para Sinhá dona como escravo de dentro, "catiço” de Sinhá. Por isso, "Nego" sofreu novamente a inveja dos irmãos de cor, que passaram a maltratar o "Véio" na senzala, acusando o "Véio" de não mais pertencer àquela raiz. Como estavam enganados! Se "Nego Véio" pudesse, tirava todos das correntes do cativeiro. "Nego Véio" era apenas obediente e manso. Rejeitado por meus irmãos catiços, procurei aprender escondido com Sinhá moça, linda e formosa, as primeiras letras. "Nego Véio" esperto, logo aprendeu a ler e a escrever. Com isso, passei a fazer as anotações da fazenda. Conquistei a amizade do Sinhô e também acabei despertando, por isso, a inveja do capataz da fazenda, que era ruim "por demais”. O caminho de espinhos ainda não estava longe dos pés do "Véio”, e o destino prega nos "fio" umas brincadeiras ingratas. Bonito, jovem, agora letrado, fui me enamorar por quem nunca deveria sequer levantar os olhos: Sinhá Moça! Mas foi impossível não me prender aos encantos daquela jovem formosa, de pele rosa, carinhosa e doce como uma flor sem espinhos. Até os dias de hoje, quando me lembro, suspiro. E como Zâmbi não separa os filhos por cor quando traça o seu destino, a jovem Sinhá também se encantou com a doçura do "Nego". E o que aconteceu vocês já podem imaginar... "Véio" sucumbiu aos encantos da Sinhá e por isso mais uma vez tive o meu destino mexido e remexido. Fui arrancado, numa noite, da minha esteira, levado para um cemitério distante e lá fui abandonado. O feitor me alertou dizendo que dali não poderia mais sair. Que deveria tomar conta de todas as campas, que comesse o que conseguisse plantar e nunca mais aparecaparecesse nem na Casa Grande, nem na senzala. Pois eu traíra a confiança do Sinhô e que ele só não me matava, porque não queria sujar as mãos com o sangue do pai do neto dele. Ali naquele cemitério, isolado e triste, eu vivi até o fim dos meus dias. Distante de quem eu amei, distante do meu povo... Passei a fazer feitiços fortes para o meu povo, que passou a me procurar quando os feitores estavam bravos com eles, quando adoeciam, quando tinham algum problema. Procuravam a minha rega, a minha magia forte. E o sacerdócio recebido na África, acabei exercendo aqui nesta terra, dentro de uma Calunga, onde fui por muitos anos o "Guardião Encarnado”! "Nego Véio" tem consciência de que não sofreu porque era bonzinho. Teve culpa passada e por isso resgatou. Quando retornei à “Pátria Espiritual”, verifiquei que não precisava, se quisesse, reencarnar no planeta Terra. Mas, como a mágoa é péssima companheira e deveria me livrar dela de alguma forma, por misericórdia do Pai a mim foi oferecida a oportunidade de trabalhar na "Lei de Umbanda” para, através da caridade e do amor, depurar esse "tiquinho” de mágoa existente. Certo dia, ao baixar no terreiro, esse “Véio” cantou: "Cipriano Quimbandeiro, chorou no cativeiro. Hoje chora de alegria o Rosário de Maria. Chora, chora, saravando Angola..."

Curimba de força e de fé. Para os filhos que não sabem, Cipriano é convertido na Lei de Deus. Dentro desta pequena história têm várias outras. Mas, o viver na caridade é o mais importante neste momento, fazer o bem sem olhar a quem, em nome de Oxalá. Esta missão permanece com o ”Véio". Que as bênçãos de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mamãe Oxum, lhes fortaleçam o caminhar. Pai Cipriano, em 25 de setembro de 2003.

Armando Fernandes

A Retribuição (Cabala)

Precisamos estudar a roda cosmogônica de Ezequiel e vamos fazê-lo neste capítulo. Nesta roda, acha-se o batalhar das antíteses.
Hermanubis sobe pelo lado direito da roda fatal e Tifão desce pela parte esquerda. Eis a roda dos séculos, das reencarnações e do karma. Sobre a roda, está o mistério da esfinge, empunhando em suas garras de leão a espada flamígera.
Esta é a roda das antíteses. A Serpente de Bronze que curava os israelitas no deserto e da serpente tentadora do Éden combatem-se mutuamente. Todo o segredo da árvore do conhecimento está na roda. Os quatro rios do Paraíso saem do manancial único. Um deles corre pela selva espessa do sol regando a terra filosófica com o ouro da luz. O outro circula tenebroso e turvo pelo reino do abismo. A luz e as trevas, a magia branca e a magia negra, combatem-se mutuamente. Eros e Anteros. Caim e Abel, vivem dentro de nós mesmos em intenso batalhar e continuarão até que descubramos o mistério da esfinge e empunhemos a espada flamejante para nos libertarmos da roda dos séculos.
CONSCIÊNCIA LUNAR
A consciência lunar dorme profundamente. Ela é o produto da infiel memória.
O ser humano tem consciência apenas daquilo que recorda e ninguém pode ter consciência de coisas que não recorda.
O Adão do pecado é memória, é consciência lunar e é o próprio Eu reencarnante. Os clarividentes afirmam que está constituído pelos átomos do inimigo secreto, sendo um remanescente tenebroso de nosso passado lunar (a larva do umbral).
Os discípulos gnósticos devem compreender que este tipo de consciência lunar significa algo diferente "de ser consc iente e de alguém que seja consciente disso". A consciência lunar está submetida a toda classe de limitações, qualificações, reações, restrições... Trata-se de um produto da matéria, o resultado da hereditariedade, da raça, da família, dos hábitos, costumes, preconceitos, desejos, medos, apetites, etc.
O Adão do pecado, com sua consciência lunar, reencarna-se imaginando ganhar experiência na escola da vida. As experiências complicam e robustecem o Adão do pecado. A humanidade inocente do Éden agora se transformou na humanidade terrível e perversa da bomba atômica e da bomba de hidrogênio.
O menino inocente com as experiências se converte no ancião astuto, desconfiado, malicioso, avarento e medroso. Isto é a consciência lunar. O diabo é diabo e não se aperfeiçoa jamais. A grande Mestra H. P. Blavatsky disse: "Fortalece a tua alma contra as armadilhas do Eu e fá-la merecedora do nome Alma Diamante".
CONSCIÊNCIA SOLAR
Existem mudanças na consciência e mudanças de consciência. Todo desenvolvimento da consciência provoca mudanças nela. As mudanças na consciência são superficiais e inú teis. Necessitamos uma mudança de consciência. Quando dissolvemos a consciência lunar, nasce em nós a consciência solar. O Adão do pecado precisa morrer para que nasça em nós o Adão Cristo. Quando libertamos a matéria eletrônica (solar) encerrada nos átomos seminais, empunhamos a espada flamígera.
Perseu desce à Forja Acesa de Vulcano para decapitar o Adão do pecado (a Medusa) com sua espada flamejante. João Batista é decapitado e Cristo crucificado para salvar o mundo.
O degolamento dos meninos inocentes (os Iniciados) é repetição da Iniciação. Então nasce em nós a consciência solar, a qual contém, em si mesma, o conhecedor, o conhecimento e a coisa conhecida. Três em um e um em três.
A consciência solar é onipresente e onipenetrante. Ela liberta o ser humano da roda fatal dos séculos.
CICLOS SEXUAIS
Urano é a oitava de Vênus e governa as fases masculinas e femininas do sexo. Tem um ciclo sexual de 84 anos, o qual se divide em períodos de 42 anos: positivos masculinos e negativos femininos. Urano apresenta sempre seus pólos para o sol. Durante 42 anos apresenta o pólo positivo e por 42 anos o pólo negativo (para o sol). Agora, compreendemos de onde nasce o estímulo alternado dos dois sexos. O biorritmo maravilhoso dos 84 anos.
A rod a dos séculos gira em períodos de 40. Durante a metade, impõe-se o sexo masculino e na outra metade impõe-se o sexo feminino. O ciclo sexual de Urano está de acordo com o tempo médio da vida humana. Isto significa que, na idade madura, vibra em nós o ciclo sexual oposto ao que regeu a primeira etapa de nossa vida e sentimo-nos sexualmente estimulados.
Agora, compreendemos porque os homens e as mulheres de quarenta anos estão de fato maduros para trabalhar na Grande Obra. Os sentimentos sexuais são mais vigorosos nesta idade.
LUZ E CONSCIÊNCIA
Luz e consciência são dois fenômenos de uma mesma coisa. A maior grau de consciência crística corresponde maior grau de luz. A consciência Cristo do sol está sendo absorvida pelos planetas de forma gradual. Quando os planetas de nosso sistema hajam absorvido integralmente a Divina Consciência Solar, a vida, a luz e o calor já não ocuparão unicamente o posto astronômico do sol e todos resplandecerão como sóis.
Este é o caso do gigante sol Antares, um milhão de vezes mais rarificado que o nosso sol. No sistema solar de Antares, a luz não está focalizada exclusivamente no sol central, cada um dos planetas tornou-se um sol. As humanidades planetárias podem gozar da consciência solar. O resultado dessa sorte são os esplendores do sistema solar de Antares.
OS DEZ SEFIROTES
Fala-se de dez sefirotes e, na verdade, os sefirotes são doze. O décimo primeiro sefirote é o Ain Soph, sendo que sua antítese tenebrosa, o abismo, é o décimo segundo sefirote.
São doze esferas ou regiões universais que se penetram e compenetram mutuamente sem confundirem-se. As doze esferas gravitam em torno do átomo central do Signo do Infinito. A humanidade solar desenvolve-se nessas doze esferas.
Já dissemos que o Signo do Infinito acha-se no centro da terra, em seu coração. Os dez sefirotes de vibração unive rsal emanam do Ain Soph, a Estrela Microcósmica que guia nosso interior, o Ser Real de nosso ser. Dele desprendem-se os dez sefirotes assim:
Primeiro sefirote: KETHER, o Ancião dos Dias.
Segundo sefirote: CHOCKMAH, a região da sabedoria.
Terceiro sefirote: BINAH, a inteligência divina.
Quarto sefirote: CHESED, o mundo do Íntimo.
Quinto sefirote: GEBURAH, o mundo da alma-consciência. A região do rigor e da justiça.
Sexto sefirote: TIPHERET, o mundo causal, a região da vontade, do equilíbrio e da beleza.
Sétimo sefirote: NETSACH, o mundo do homem mental, a região da vitória. Todo aquele que consegue libertar-se dos quatro corpos do pecado torna-se um Buddha.
Oitavo sefirote: HOD, o esplendor, a região do corpo astral.
Nono sefirote: JESOD, o fundamento, o sexo, o plano etérico.
Décimo sefirote: MALCHUT, o reino em geral, o mundo físico. Malchut é um filtro supremo. Desta região, saímos para o Ain Soph ou para o Abismo. Essa é a lei.
Os dez sefirotes são atômicos e podem ainda se reduzirem a três tábuas:
1) Tábua dos Quanta de energia radiante que vêm do sol.
2) Tábua dos pesos atômicos dos elementos da natureza.
3) Tábua dos pesos moleculares dos compostos.
Esta é a escada de Jacó que vai da terra até o céu. Todos os mundos da consciência cósmica se reduzem a três tábuas. Os dez sefirotes conhecidos provêm de Séfira, a Mãe Divina que reside no templo-coração.
CHAVE PARA O CONHECIMENTO DIRETO
Os discípulos gnósticos precisam aprender a sair do corpo físico em seus veículos interiores, com plena consciência, para penetrar nas diversas regiões sefiróticas. É necessário conhecer diretamente as doze esferas de vibração universal, onde todos os seres do universo vivem e se desenvolvem.
Concentrem-se no chacra do coração, onde mora a Divina Mãe Cósmica. Supliquem à Séfira, a Mãe dos sefirotes, rogando para que ela os tire de seu corpo físico e os leve aos diversos departamentos do reino para estudar diretamente os sefirotes da cabala. Rezem muito e meditem na Mãe Divina, enquanto vocalizam mentalmente os seguintes mantrans:
LIFAROS - LIFAROS - LICANTO - LIGORIA
Vocalizem estes mantrans dividindo-os em sílabas. Se observarem cuidadosamente a inteligente fonética destes mantrans, virão ressaltadas as três vogais IAO dos grandes mistérios. Nestes sagrados mantrans da cabala, esconde-se e combina-se o IAO.
Os discípulos d evem dormir vocalizando com a mente estes quatro mantrans cabalísticos. Quando despertarem do sono normal, pratiquem um exercício retrospectivo para recordar o que viram e ouviram no período de sono.
A INICIAÇÃO
Fujam daqueles que vendem iniciações.
Recorda, bom devoto, que a Iniciação é a tua própria vida. Se quereres a Iniciação, escreve-a sobre uma vara. (Aquele que tiver entendimento que entenda porque aqui há sabedoria).
O caminho da libertação está representado pela vida, paixão, morte, ressurreição e ascensão de nosso Adorável Salvador.
Recordem que o Ego não recebe Iniciações, portanto, não se presumam de Iniciados. Não digam: Eu tenho tantas Iniciações. Eu tenho tais poderes, porque isso é soberba e vaidade.
Só o Íntimo recebe Iniciações. Nós, pobres homens, nada mais somos do que a sombra pecadora daquele que nunca pecou.
Devemos procurar morrer cada vez mais em nós mesmos para que nasça em nós o Filho do Homem.

O Centilóquio de Hermes

O Centilóquio de Hermes, ou os seus Cem Aforismos apresentados em Inglês


1.
O Sol e seguidamente a Lua são, abaixo de Deus, a vida de todas as coisas vivas; no entanto, muitas natividades não têm hyleg; contudo, pelo facto do Sol e da Lua contemplarem amistosamente o ascendente, ou lá estarem livres de aflição, as suas vidas serão tanto mais prolongadas.


2.
Todas as natividades diurnas são fortalecidas pelo Sol, quando está bem aspectado pelas fortunas. As nocturnas pela Lua, quando ela está assim fortalecida; se tal não suceder, mas se encontrarem, contudo, bons planetas nos ângulos, a natividade será boa.


3.
Quando Marte for o regente do ascendente e estiver colocado na décima, confere ao nativo dignidade e poder que serão acompanhados de injúria e crueldade, e poderão ser, por conseguinte, chamados um infortúnio em vez de uma felicidade.


4.
Júpiter em bom aspecto às infortunas transforma a sua malevolência em bem; Vénus não pode efectivar tal coisa a não ser que Júpiter a ajude; portanto, ao promover o bem e ao proibir o mal, Júpiter é considerado muito melhor do que Vénus.


5.
Um Artista não pode fazer uma mistura dos significados das estrelas antes de conhecer as suas amizades e inimizades, as quais são de três tipos: Primeiro, de acordo com a sua natureza. Segundo, de acordo com as suas casas. E, terceiro, de acordo com os seus aspectos.


6.
Vénus é oposto ao Mercúrio, ele abraça os idiomas e a disciplina, ela os deleites e os prazeres, Júpiter é o mesmo relativamente a Marte, ele ama a misericórdia e a justiça, Marte a impiedade e a crueldade.


7.
Façam com que o Sol ou um dos superiores signifiquem príncipes e grandes homens. Os escribas e os rústicos são significados pelos planetas inferiores e, principalmente, pela Lua.


8.
O significado de uma conjunção não é diminuída por um aspecto, mas um aspecto é-o por uma conjunção, visto ter menor força.


9.
Não dêem qualquer julgamento nem elejam nada enquanto Escorpião estiver a ascender; nem quando os ângulos forem oblíquos ou tortos; ou se Marte estiver no ascendente, o acontecimento resultará num revés e a questão não chegará a qualquer bom fim, pois Escorpião é um signo de falsidade.


10.
Bons planetas afligidos pelas infortunas a partir da sexta ou décima segunda casas auguram o mal.


11.
Os rumores postos a circular quando a Lua está na primeira face de Escorpião são falsos e velhacamente forjados.


12.
Os julgamentos dos astrólogos não são muitas vezes verdadeiros por causa do erro nos seus instrumentos ou da ignorância do querente, ou quando o Sol está perto do M.C., ou quando os argumentos de promessa e negação da coisa são iguais na figura.


13.
Quando a Lua estiver a Sul, a descender em Escorpião ou Peixes, não se deve começar a construir, pois um edifício que seja levantado nessa altura entra rapidamente em ruína.


14.
Mercúrio estando forte e em lugares correctos dos céus, bem configurado relativamente às outras estrelas ou planetas nas natividades, denota com isso uma dignidade conveniente para o nativo; mas, Mercúrio por si só é um planeta fraco.


15.
Aquele que contender com outro e vencer quando os significadores estiverem num signo bicorpóreo, obtém uma grande vitória mas, se for vencido, perde muito; pois, nessa altura, o bem e o mal são duplicados.


16.
Não dêem qualquer julgamento antes de conhecerem o propósito do querente, pois muitos perguntam nem eles sabem o quê, e tampouco conseguem exprimir o que pretendem.


17.
Quando forem interrogados acerca de um pai, olhem para a quarta casa; acerca de um irmão, para a terceira casa; acerca de um filho, para a quinta casa; acerca de uma mulher, para a sétima; mas, se for acerca de uma pessoa doente, contemplem apenas o ascendente.


18.
Quando a Lua chegar à quadratura das fortunas ou das infortunas, e os testemunhos das ajudas ou dos impedimentos da questão forem duvidosos, deve-se desconfiar que a força dos planetas nefastos impedirão mais do que os outros poderão ajudar.


19.
No início das viagens e do regresso delas, a Lua não deve estar no ascendente, na quarta ou na nona casas, mesmo que não esteja afligida; ao entrar numa cidade, não deve ser colocada no ascendente, na segunda ou na quarta casas.


20.
Existem três maneiras para descobrir os acidentes próprios dos seres humanos, i.e. a partir da natividade, do nascimento do seu primeiro filho, ou através da apresentação de uma pergunta com a qual a mente esteja preocupada e afligida.


21.
Todos os inícios em que a Lua esteja ligada a um planeta retrógrado serão rapidamente destruídos e, se ela estiver impedida de outra forma, a desgraça acontecerá ainda mais cedo.


22.
Fazer do Saturno e do Sol os significadores dos reis e dos príncipes, com o planeta ou planetas na décima; mas os seus ajudantes são tomados da onze e os ajudantes das pessoas vulgares da segunda.


23.
Quando um rei ou príncipe dá início a uma viagem, assegurem-se de rejeitar a hora em que ascende Caranguejo.


24.
Gémeos e Sagitário obedecem à Cabeça e Cauda do Dragão mais do que os outros signos, por isso fazem mais mal nestes signos do que em qualquer outro.


25.
Quando Touro ou Balança ascendem nas natividades das mulheres, e Marte estiver neles, ela não será modesta nem casta, o mesmo acontecendo se Capricórnio ascender.


26.
As virtudes dos planetas são recebidas pelo Sol quando este está colocado no ascendente ou no M.C. em conjunção com eles; a Lua durante a noite recebe-os também, se nos lugares mencionados ela estiver ligada a eles.


27.
Júpiter dissolve a malícia de Saturno e Vénus dissolve a de Marte.


28.
Quando uma pergunta é apresentada sobre uma mulher, tomar Vénus como a sua significadora natural mas, mais especificamente, a sétima casa; no entanto, se uma pergunta for feita sobre um inimigo, respeite-se a casa doze mas, mais especificamente ainda, a sétima casa também.


29.
Quando alguém vai para a guerra, especialmente um rei, o ascendente deve ser uma das casas dos planetas superiores ou do Sol; e o regente do ascendente e do Sol devem estar poderosos na figura, mas o regente da sétima fraco e desafortunado.


30.
A Lua a aumentar de luz e movimento, e em conjunção com Saturno e Júpiter, é geralmente bom em todas as coisas; mas, se ela estiver a diminuir de luz, é mau; entenda-se exactamente o contrário quando ela estiver em conjunção com Vénus ou Marte.


31.
Júpiter não deve estar sob os raios do Sol ou ter outro tipo de impedimento quando se penhorarem ou emprestarem coisas, pois se estiver assim e não for recebido pelos planetas impeditivos, haverá pouca ou nenhuma esperança de resgate.


32.
Os planetas afortunados aplicando-se à conjunção ou aspecto das infortunas em qualquer figura diminuem a sua influência nefasta; se a figura for boa, fazem ainda um bem maior; se for má, um bem menor; mas os malévolos em quadratura ou oposição aos benévolos diminuem e abatem a sua virtude, os outros aspectos não as impedindo.


33.
Saturno saindo de um signo e entrando noutro provoca estranhas aparições nos céus, às quais os árabes chamam Assub, ou alguns outros sinais de natureza fogosa.


34.
A conjunção de Júpiter e do Sol produzem um ar temperado, principalmente quando estão em signos aéreos, de uma conjunção de Saturno e do Sol vem o frio, e da conjunção de Marte e do Sol, num signo bicorpóreo, e na época da primavera, vem um ar enevoado, do qual resultam doenças muito frequentemente.


35.
No Verão, quando o Sol entra nos termos de Marte, provoca o calor; no inverno, a seca e a escassez de chuva e de águas.


36.
Nas natividades e nas questões dos homens, determinar o Hyleg e o Alchocoden e as suas direcções, principalmente nas perguntas que dizem respeito aos reis e a homens importantes, através dos quais se conhecem principalmente os seus acidentes, quer sejam bons ou maus.


37.
Se o ascendente estiver afortunado e o seu regente desafortunado, mostra um corpo saudável mas uma mente afligida; mas, se o contrário acontecer, julgar o contrário.


38.
Notem-se sempre as configurações das estrelas, não pelos seus signos mas pelas orbes.


39.
A Lua deve estar a aumentar de luz e livre dos aspectos das infortunas quando se quiser curar os olhos inflamados.


40.
A Parte da Fortuna com maus planetas na quarta, nona ou décima casas, denota a morte para os doentes.


41.
Quando os significadores do bem ou do mal estiverem estacionários e angulares, será mais duradouro; mas será mais mutável e variável se o significador estiver cadente dos ângulos e retrógrado.


42.
O regente da segunda tem a mesma capacidade de danificar que o regente da oitava, o regente da sexta a mesma que o regente da décima segunda.


43.
Marte ocidental em Caranguejo, não contemplado por Saturno, Júpiter, Vénus ou pelo Sol faz um bom flebotomista; mas, se Marte estiver em Capricórnio, faz um destruidor de homens e alguém que se deleita em fazer correr o sangue.


44.
O melhor Artista do mundo pode errar, se errar em relação ao significador.


45.
Quando Saturno estiver elevado acima de Vénus e em quadratura a ela, toma o nativo num desavergonhado que tem verdadeiro ódio às mulheres; mas, se Vénus estiver elevada acima de Saturno, ele será um grande amigo das mulheres.


46.
Se, em qualquer natividade, Mercúrio estiver no ascendente, oriental e rápido, o nativo será eloquente e erudito nas ciências liberais, o mesmo acontecendo se estiver em Sagitário nos seus próprios termos.


47.
O primeiro dos ângulos é o ascendente, o segundo o M.C., o terceiro a sétima casa e o quarto o I.C., mas quanto ao resto, a onze é a primeira, depois a segunda, depois a quinta, depois a nona, depois a terceira; mas as casas seis, oito e doze são consideradas as piores.


48.
A influência de Marte nunca é abatida a não ser pela interposição de um planeta benevolente.


49.
Façam com que o vosso significador concorde como o da pessoa a quem pretendem apresentar uma súplica.


50.
Sendo o ascendente ou um planeta encontrado no último grau de um signo, a significação tem que ser tomada do signo seguinte; mas nos 29 graus do mesmo signo, a força de um planeta deve ser considerada de três maneiras, viz. no grau em que se encontra, no que lhe está imediatamente antes e no seguinte.


51.
Aquele que quiser considerar as contingências futuras, deve fazê-lo a partir da conjunção dos planetas, mas as passadas ou presentes a partir das suas separações.


52.
Quando Júpiter estiver em Caranguejo, longe do ascendente e sem o impedimento de qualquer outra estrela, o nativo será racional e muito especializado na ciência mas, deleitando-se em levar uma vida de reclusão, não gozará do aplauso pelo seu conhecimento.


53.
No mundo acontecerão muitas desgraças quando, num mês, houver um eclipse de ambos os luminares; principalmente naqueles lugares sujeitos aos signos em que se encontram.


54.
Quando a Lua estiver na Via Combusta ou peregrina no início de uma viagem, a pessoa ficará doente na sua viagem ou será gravemente perturbada e molestada de outra forma.


55.
Convém que o Astrólogo considere a data nas direcções dos planetas, mas nas estrelas fixas não é tão necessário.


56.
O património do pai passará para o filho, se Saturno estiver afortunado e em aspecto amistoso com o regente do ascendente; mas isto será mais livremente se Saturno for o regente da quarta.


57.
Estando os planetas afortunados nos signos em que não têm qualquer dignidade, a sua benignidade é transladada noutro sentido.


58.
Marte como Almuten de uma natividade e não ligado a bons planetas, significa que o nativo sofrerá devido à inveja e ao ódio.


59.
As estrelas afortunadas conferem grande felicidade quando forem recebidas umas pelas outras nas suas próprias casas; e quando os planetas nefastos são assim recebidos, abstêm-se de fazer muito mal.
60.
O nativo será enfermiço e fraco quando Saturno estiver elevado acima de Marte; mas, se Marte estiver elevado acima de Saturno, será gordo e vigoroso.


61.
Nas natividades dos homens, se a Parte do Casamento cair em signos obedientes, e nas mulheres em signos imperativos, a mulher mandará no homem e este obedecerá; se caírem inversamente, dizer o contrário.


62.
Se os regentes da triplicidade da conjunção das luzes se respeitarem amistosamente uns aos outros, o primeiro ao segundo, o segundo ao terceiro, augura prosperidade eminente e uma liberdade em relação ao sofrimento.


63.
Mercúrio em Peixes em graus profundos ou corroídos toma o nativo tolo e lento no falar, e se Júpiter estiver nas casas de Marte, será sórdido e necessitado, e sofrerá danos provocados por soldados; mas, se estiver nas casas de Saturno, principalmente Capricórnio, e nesses graus, será taciturno, rígido e odioso para com todos os homens.


64.
Mercúrio em recepção com Marte por casa, ou se estiver em aspecto a ele, cadentes de um ângulo, o nativo será um amante da caça e jogará aos dados e nas mesas; mas, se não estiverem cadentes, provará ser um excelente soldado.


65.
Os planetas sob os raios do Sol ou a uma distância de 12 graus dele são desafortunados, a não ser que estejam no mesmo grau com ele; mas, quando já passaram dos 13 graus de distância dele, estão afortunados.


66.
O Nó Norte com as infortunas denota desgraças terríveis, pois isso aumenta a sua maldade; mas com as fortunas, promove o bem e aumenta a sua benignidade; mas as significações do Nó Sul devem ser tomadas no sentido inverso.


67.
Mercúrio na sexta casa de uma natividade, o nativo mudará de uma religião para outra, e terá a sua felicidade parcialmente impedida por causa da sua inconstância.


68.
O primeiro signo tem preeminência na questão quando dois signos tiverem a ver com o assunto.


69.
Aceitem o início de todas as coisas a partir da Lua, mas o seu final a partir do seu dispositor.


70.
Se Júpiter numa revolução do mundo estiver na sua casa, exaltação, ou oriental num ângulo, e de qualquer outro modo livre de mal, significa abundância de todas as coisas.


71.
Quando a Lua e o regente do ascendente estiverem impedidos pelo regente da oitava, a pessoa enferma tem razões para ter medo.


72.
É mau começar qualquer processo legal ou outras controvérsias quando a Lua estiver mal dignificada; o queixoso será indubitavelmente vencido.


73.
Todas as rebeliões que rebentem no início do ano não serão facilmente reprimidas.


74.
A Lua em signos ruminantes, ligada a planetas retrógrados, não é boa para as purgas nesse período, pois o trabalho do médico aumentará o dano do paciente.


75.
Os planetas orientais, quer signifiquem o bem ou o mal, realizam a sua obra rapidamente; os ocidentais mais lentamente.


76.
A duração média de um eclipse solar é calculada a partir do grau da conjunção das luzes.


77.
Dar-se-ão muitas guerras e dificuldades quando, numa figura revolucional do mundo, Saturno e Júpiter estiverem nas suas exaltações.


78.
Sejam cautelosos e circunspectos no vosso julgamento quando uma fortuna estiver com um malévolo, nem sejam excessivamente confiantes de que a malícia da infortuna será evitada.


79.
Existem doze signos, um dos quais está constantemente a ascender, o ascendente significa o corpo e o seu regente a mente; não deixem que o signo que ascende para o vosso intuito seja aquele cujo regente está impedido.


80.
Os planetas em signos fixos mostram que o assunto é duradouro, nos signos bicorpóreos duvidoso e nos signos cardeais, conversível no bem ou no mal.


81.
Nas questões secretas, não deixem que a Lua esteja combusta, mas a sair da combustão.


82.
Quando a Lua estiver num signo fixo, não cortem nem vistam qualquer roupa nova, principalmente em Leão, pois é extremamente perigoso; é o mesmo se ela estiver em conjunção ou oposição ao Sol, ou impedida pelas infortunas.


83.
A Lua tem grande poder em todas as questões, excepto quando Leão, Sagitário ou Aquário ascendem, pois qualquer destes signos abate a sua significação, principalmente Leão e Aquário.


84.
Saturno está sob os raios do Sol até ter 15 graus de distância dele; entenda-se o mesmo de Júpiter.


85.
Recusem a Lua em Caranguejo ou Virgem para os casamentos, a não ser que seja para casar com viúvas.


86.
Uma infortuna na sua própria casa ou exaltação e oriental, é melhor do que uma fortuna que esteja retrógrada ou impedida.


87.
Haverá algum impedimento na parte do corpo representada pelo signo afligido no nascimento.


88.
Imensa prosperidade é augurada quando os regentes da triplicidade dos luminares têm virtude num ângulo ou numa casa sucedente, e se encontram nos seus próprios lugares, longe dos aspectos das infortunas; e, se o regente do ascendente também estiver bem colocado, a felicidade será ainda mais e maior.


89.
Os aspectos sextis e trígonos têm a mesma qualidade no efeito; mas o sextil é menos forte do que o trígono, quer para o bem quer para o mal.


90.
Saturno realiza o mal lentamente, mas Marte é rápido e, por conseguinte, Marte tem a reputação de fazer mais mal do que Saturno.


91.
Quando os três planetas superiores estiverem juntos num signo régio, é chamada uma grande conjunção e quando o Sol os contempla, fazem reinos extremamente poderosos e florescentes.


92.
São rapidamente resolvidas as dúvidas que são propostas quando a Lua e o planeta a quem ela se aplica estão em signos que têm voz, e na quinta ou terceira casas, ou em oposição a elas.


93.
As infortunas na oitava casa têm a sua maldade aumentada; mas os benevolentes lá colocados não auguram nem o bem nem o mal.


94.
Não será realizado qualquer bem ou mal a não ser que os bons ou maus planetas numa natividade ou revolução aspectem a Lua através de uma quadratura.


95.
Se Mercúrio estiver afligido na sexta casa, o nativo morrerá na prisão; se Saturno estiver na doze e a Lua na oito, ele terminará os seus dias por precipitação.


96.
Quando o Sol durante o dia e a Lua durante a noite estiverem impedidos, a pessoa deve ter medo.


97.
As significações das estrelas são sempre variadas, conforme variam nas suas configurações e latitude.


98.
A Lua na quatro, sete, nove ou doze mostra a verdadeira razão da pergunta apresentada, o mesmo é conhecido pela sua separação de Mercúrio; e, se o ascendente e a Lua estiverem em signos bicorpóreos, a razão da pergunta é confirmada.


99.
Uma infortuna na sua casa ou exaltação denota que a questão significada por ele chegará a um bom termo, mas com atrasos; mas, se estiver impedido no ascendente, apesar de estar na sua própria casa ou exaltação, o assunto será obstruído e chegará a um final infeliz.


100.
O resultado de qualquer empreendimento que seja duvidoso, é definido por estes significadores, viz. pela quarta casa e pelo seu regente, e pelo planeta forte na mesma; assim como pela luz do momento, e pelo seu regente, e pelo planeta e seu dispositor a quem a luz do momento estiver ligada.
AQUI TERMINAM OS AFORISMOS DE HERMES TRISMEGISTUS


Texto gentilmente cedido por M.C.M.M., QHP
Mikropanastron, tradução M.C.M.M., QHP - Edição BIBLIOTECA SADALSUUD
Centilóquio de Hermes retirado do livro Mikropanastron de John Partridge

Astrologia Antiga

Conforme foi dito, há doze signos e também doze casas do céu, de forma que vamos agora referir a natureza dessas doze casas; o seu conhecimento é tão necessário que aquele que aprenda a natureza dos planetas e signos sem o exacto julgamento das casas é como um homem imprevidente que se abastece de uma variedade de objectos para casa, não tendo lugar para os colocar.
Não há nada que diga respeito à vida do homem neste mundo que de uma forma ou de outra não tenha relação com uma das doze casas do céu e, tal como os doze signos dizem respeito aos diferentes membros do corpo humano, assim também as doze casas representam não só as várias partes do ser humano, mas também os seus actos, qualidade de vida e vivência, e a curiosidade e o critério dos nossos antepassados na astrologia era tal, que deram a cada casa um significado particular, e assim distinguiram os acontecimentos humanos através das doze casas, de forma que àquele que entenda as perguntas pertencentes a cada uma delas não faltarão suficientes bases sobre as quais julgar ou dar uma resposta razoável sobre qualquer eventual incidente e sobre o seu sucesso.




Da primeira casa e do seu significado

A primeira casa contém toda a parte do céu desde a linha em que o número um se encontra, até ao número dois, em que começa a segunda casa.
Tem significação sobre a vida do homem, a sua estatura, cor, tez, forma e feitio daquele que faz a pergunta, ou que nasceu; nos eclipses e grandes conjunções, e aquando do ingresso anual do Sol em Carneiro, significa o povo, ou o estado geral do país onde a figura foi levantada.
E como é a primeira casa, representa a cabeça e o rosto do homem, de forma que se Saturno, Marte ou o Nó Sul estiverem nessa casa, quer no momento da pergunta, quer no momento do nascimento, observar-se-á algum defeito na cara, ou no membro correspondente ao signo que está então na cúspide da casa; assim, se Carneiro estiver no ascendente, a marca, verruga ou cicatriz está com certeza na cabeça ou na cara; e se ascendem poucos graus do signo, a marca está na parte superior da cabeça; se o meio do signo estiver na cúspide, a verruga, marca ou cicatriz está no meio da cara ou perto dela; se ascendem os últimos graus, a cara está marcada perto do queixo, junto ao pescoço. Isto verifiquei ser verdadeiro em centenas de exemplos.
Das cores, pertence-lhe o branco; ou seja, se um planeta estiver nesta casa, que tem o significado de branco, a tez da pessoa é mais pálida, branca ou sem cor; ou se se pergunta sobre a cor das roupas de qualquer homem, se o seu significador estiver na primeira casa, e num signo correspondente, a roupa da pessoa é branca ou cinzenta, ou próxima dessa cor, o mesmo acontecendo se a pergunta for sobre gado; quando os seus significadores se encontram nesta casa, denotam que são dessa cor ou próxima. A casa é masculina.
Os co-significadores desta casa são Carneiro e Saturno; pois tal como esta casa é a primeira casa, assim também Carneiro é o primeiro signo e Saturno o primeiro dos planetas, e portanto quando Saturno está apenas moderadamente bem fortificado nesta casa, e em aspecto benevolente com Júpiter, Vénus, Sol ou Lua, promete uma boa e sóbria constituição física e normalmente longa vida; Mercúrio tem também alegria nesta casa, porque ela representa a cabeça e ele a língua, a imaginação e a memória; quando está bem dignificado e posicionado nesta casa, produz bons oradores; é chamada o ascendente, porque quando o Sol chega à cúspide desta casa, ascende ou levanta-se e toma-se visível no nosso horizonte.

Perguntas respeitantes à segunda casa

Desta casa pede-se julgamento respeitante ao património ou fortuna daquele que faz a pergunta, à sua riqueza ou pobreza, a todos os seus bens móveis, dinheiro emprestado, ao lucro ou ganho, perda ou prejuízo; em processos legais, significa os amigos ou ajudantes da pessoa; em duelos privados, os padrinhos do querente; num eclipse ou grande conjunção, a pobreza ou a riqueza do povo; na entrada do Sol em Carneiro, representa as munições, os aliados e o apoio que o Estado receberá; indica as suas reservas.
Num ser humano, representa o pescoço e a sua parte posterior até aos ombros; nas cores, o verde.
Assim, se alguém perguntar sobre qualquer coisa especificada acima como desta casa, deve-se procurar o significado a partir dela. É uma casa feminina e sucedente, chamada por alguns autores latinos Anaphora.
Tem como co-significadores Júpiter e Touro; pois se Júpiter estiver colocado nesta casa, ou for seu regente, é indicação de património ou fortuna; o Sol e Marte nunca estão bem posicionados nesta casa, qualquer deles mostrando dispersão de bens, conforme a capacidade e a qualidade daquele que nasce ou que faz a pergunta.

A terceira casa

Significa os irmãos, irmãs, primos ou familiares, vizinhos, pequenas viagens, ou viagens por terra, mudanças frequentes de um lugar para outro, epístolas, cartas, rumores, mensageiros. Rege os ombros, braços, mãos e dedos.
Das cores, governa o encarnado e o amarelo, ou castanho encarniçado. Tem como co-significadores o signo de Gémeos e o planeta Marte, que é uma razão porque Marte nesta casa, a não ser que esteja junto a Saturno, não está muito desafortunado; é uma casa cadente e é a alegria da Lua, pois se ela lá estiver posicionada, especialmente num signo cardeal, é indicação de muitas viagens para aqui e para ali, ou de que raramente se estará parado. A casa é masculina.

A quarta casa

Dá julgamento sobre os pais em geral, e sempre sobre o pai de quem pergunta; sobre terras, casas, edifícios, heranças, o cultivo da terra, tesouros escondidos, a decisão ou o final de qualquer coisa; todas as antigas habitações, jardins, campos, pastagens, pomares; a qualidade e natureza dos terrenos que a pessoa compra, se são vinhas, campos de milho, etc., diz se o terreno será florestado, pedregoso ou estéril.
O signo na quatro denota a cidade, o seu regente representa o governador. Rege o peito e os pulmões.
Das cores, o encarnado. O seu co-significador é Caranguejo e o planeta Sol; chamamos-lhe o ângulo da terra, ou Imum Coeli; é feminino e é o ângulo Norte. Nas natividades ou perguntas, esta quarta casa representa o pai, tal como o Sol durante o dia e Saturno durante a noite; contudo, se o Sol lá estiver colocado, não está mal, mostrando antes que o pai tem uma nobre disposição, etc.

A quinta casa

Por esta casa julgamos sobre os filhos, as embaixadas, o estado de uma mulher grávida, os banquetes, as cervejarias, tabernas, divertimentos, mensageiros ou agentes de repúblicas; sobre o património do pai, as munições de uma cidade sitiada; se a mulher grávida dará à luz uma pessoa do sexo masculino ou feminino; da saúde ou doença do filho ou filha daquele que faz a pergunta.
Rege o estômago, fígado, coração, costelas e costas, e é masculina.
Das cores, o preto e o branco, ou a cor de mel, e é uma casa sucedente; os seus co-significadores são Leão e Vénus, que tem a sua alegria nesta casa, por ser a casa do prazer, deleite e divertimento; é completamente desafortunada por Marte ou Saturno, e estes lá colocados mostram filhos desobedientes e perversos.

A sexta casa

Diz respeito aos criados e criadas, escravos, porcos, ovelhas, bodes, lebres, coelhos, todo o tipo de gado menor e o lucro ou perda deles resultante; à doença, a sua qualidade e causa, o humor principal que a provoca, se tem cura ou é incurável, se a doença será curta ou longa; jornaleiros, rendeiros, lavradores, pastores, guardadores de porcos, vaqueiros, guardas de caça; e significa tios ou irmãos e irmãs do pai.
Rege a parte inferior da barriga e intestinos até às nádegas; esta casa é feminina e cadente, desafortunada por não fazer aspecto ao ascendente.
Das cores, o negro. Marte alegra-se nesta casa, mas o seu co-significador é o signo Virgem e o planeta Mercúrio; geralmente verificamos que Marte e Vénus em conjunção nesta casa são indicações de um bom médico.

A sétima casa

Dá julgamento sobre o casamento e descreve a pessoa sobre quem se pergunta, quer seja homem ou mulher, todo o tipo de perguntas de amor, os nossos inimigos públicos; o arguido num processo litigioso, na guerra define a parte oposta; todas as desavenças, duelos, processos legais, na astrologia o próprio artista; na medicina o médico; ladrões e roubos; a pessoa que rouba, quer seja homem ou mulher, esposas, namoradas; o seu aspecto, descrição, condição, nobre ou ignobilmente nascidas; num ingresso anual, se se deve esperar guerra ou paz; da vitória, quem vence e quem perde; fugitivos, homens banidos ou fora da lei.
Tem como co-significadores Balança e a Lua; Saturno ou Marte desafortunados nela, indicam desventura no casamento.
Da cor, uma cor negra escura.
Rege as ancas, e do umbigo às nádegas; é chamada o ângulo do ocidente e é masculina.

A oitava casa

O património de homens falecidos, a morte, a sua qualidade e natureza; as últimas vontades, legados e testamentos de homens falecidos; dote da mulher, dote da donzela, quer seja muito ou pouco, de obtenção fácil ou difícil. Nos duelos representa o padrinho do adversário; nos processos legais, os amigos do arguido. Que tipo de morte terá um homem. Significa medo e angústia mental. Quem usufruirá ou será herdeiro do falecido.
Rege as partes privadas. Das cores, o verde e o preto.
Dos signos, tem Escorpião e Saturno como co-significadores, as hemorróidas, os cálculos renais, a estrangúria, os venenos e a bexiga são regidas por esta casa; é uma casa sucedente e feminina.

A nona casa

Por esta casa damos julgamento sobre as viagens ou longas travessias além-mar, sobre homens religiosos, ou clérigos de qualquer tipo, quer sejam bispos ou sacerdotes inferiores; sonhos, visões, países estrangeiros, livros, estudos, subsídios da Igreja ou benefícios eclesiásticos, colações; sobre os familiares da mulher da pessoa, & sic e contrario.
Das cores, pertencem-lhe o verde e o branco.
No corpo humano, rege as nádegas, as ancas e as coxas, Sagitário e Júpiter são co-significadores desta casa, pois se Júpiter lá estiver colocado, significa naturalmente um homem devoto na sua religião, ou alguém dado à modéstia; tenho frequentemente observado que quando a Cauda do Dragão, ou Marte, ou Saturno estão desafortunadamente colocados nesta casa, o querente é pouco melhor do que um ateu, ou um fanático furioso; o Sol rejubila nesta casa, que é masculina e cadente.

A décima casa

Geralmente personifica reis, príncipes, duques, condes, juízes, oficiais superiores, comandantes em chefe, quer de exércitos ou de cidades; todo o tipo de magistrados e oficiais de autoridade, mães, honra, promoção, dignidade, posição, advogados; a profissão ou ofício que qualquer pessoa tem; significa reinos, impérios, ducados, províncias.
Pertencem-lhe as cores encarnada e branca e rege os joelhos e as coxas.
É chamado o Medium Coeli, ou meio-do-céu e é feminino. Os seus co-significadores são Capricórnio e Marte; tanto Júpiter como o Sol afortunam muito esta casa quando lá estão posicionados, Saturno e o Nó Sul geralmente negam honra a pessoas de distinção ou dão escasso apreço público a uma pessoa comum e pouca alegria na sua profissão, ofício ou mister, se for um artífice.

A casa onze

Representa naturalmente os amigos e a amizade, a esperança, a confiança, a segurança, o louvor ou a crítica de qualquer pessoa; a fidelidade ou a falsidade dos amigos; quanto aos reis, personifica os seus favoritos, conselheiros, servidores, os seus associados ou aliados, o seu dinheiro, finanças ou tesouro; representa cortesãos, etc. num Estado governado por uns poucos Nobres e Comuns, personifica a sua ajuda no Conselho; assim, em Londres a casa dez representa o Lord Mayor; a onze o Conselho dos Comuns; o ascendente representa a generalidade do povo da dita cidade.
Dos membros, rege as pernas até aos tornozelos.
Das cores, rege o açafrão ou amarelo.
Tem o signo Aquário e o planeta Sol como co-significadores; Júpiter rejubila especialmente nesta casa; é uma casa sucedente e masculina e em virtude é equivalente à sétima ou quarta casas.

A casa doze

Significa os inimigos ocultos, bruxas, grande gado, tal como cavalos, bois, elefantes, etc. Tristeza, tribulação, encarceramento, todo o tipo de aflições, destruição da própria pessoa, etc., e significa aqueles homens que maldosamente minam os seus vizinhos, ou informam secretamente contra eles.
Tem como co-significadores Peixes e Vénus; Saturno alegra-se muito nessa casa, pois Saturno é naturalmente o autor de desgraças; e rege os pés no corpo humano.
Na cor representa o verde.
É uma casa cadente, feminina, e por vezes vulgarmente chamada Cataphora, como se pode chamar a todas as casas cadentes. Este é o verdadeiro carácter das várias casas, de acordo com a doutrina Ptolomaica, e a experiência que eu próprio tenho tido durante vários anos. Devo confessar que os Árabes fizeram várias outras divisões das casas, mas na minha prática nunca pude verificar qualquer veracidade nelas, portanto não digo nada sobre elas.

astrologiaantiga

Beijokas Mágikassssss****

Luthien

Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.

Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais.
4.2.

Re: [Isis] Das 12 casas, influências e significados.....

Enviado por: "Luthien Arcamenel" elfa.arwen@yahoo.com.br elfa.arwen

Qui, 23 de Ago de 2007 11:01 pm

Beijokas cósmicas querido!

Lú...

tobias noronha noronha <tobiasnoronha@yahoo.com.br> escreveu:
Minha querida,
meus parabens mais uma vez.
Otexto esta brilhante.
Tobias Noronha

Luthien Arcamenel <elfa.arwen@yahoo.com.br> escreveu:
Por: Pietra Caterino.

Conforme foi dito, há doze signos e também doze casas do céu, de forma que vamos agora referir a natureza dessas doze casas; o seu conhecimento é tão necessário que aquele que aprenda a natureza dos planetas e signos sem o exacto julgamento das casas é como um homem imprevidente que se abastece de uma variedade de objectos para casa, não tendo lugar para os colocar.
Não há nada que diga respeito à vida do homem neste mundo que de uma forma ou de outra não tenha relação com uma das doze casas do céu e, tal como os doze signos dizem respeito aos diferentes membros do corpo humano, assim também as doze casas representam não só as várias partes do ser humano, mas também os seus actos, qualidade de vida e vivência, e a curiosidade e o critério dos nossos antepassados na astrologia era tal, que deram a cada casa um significado particular, e assim distinguiram os acontecimentos humanos através das doze casas, de forma que àquele que entenda as perguntas pertencentes a cada uma delas não faltarão suficientes bases sobre as quais julgar ou dar uma resposta razoável sobre qualquer eventual incidente e sobre o seu sucesso.




Da primeira casa e do seu significado

A primeira casa contém toda a parte do céu desde a linha em que o número um se encontra, até ao número dois, em que começa a segunda casa.
Tem significação sobre a vida do homem, a sua estatura, cor, tez, forma e feitio daquele que faz a pergunta, ou que nasceu; nos eclipses e grandes conjunções, e aquando do ingresso anual do Sol em Carneiro, significa o povo, ou o estado geral do país onde a figura foi levantada.
E como é a primeira casa, representa a cabeça e o rosto do homem, de forma que se Saturno, Marte ou o Nó Sul estiverem nessa casa, quer no momento da pergunta, quer no momento do nascimento, observar-se-á algum defeito na cara, ou no membro correspondente ao signo que está então na cúspide da casa; assim, se Carneiro estiver no ascendente, a marca, verruga ou cicatriz está com certeza na cabeça ou na cara; e se ascendem poucos graus do signo, a marca está na parte superior da cabeça; se o meio do signo estiver na cúspide, a verruga, marca ou cicatriz está no meio da cara ou perto dela; se ascendem os últimos graus, a cara está marcada perto do queixo, junto ao pescoço. Isto verifiquei ser verdadeiro em centenas de exemplos.
Das cores, pertence-lhe o branco; ou seja, se um planeta estiver nesta casa, que tem o significado de branco, a tez da pessoa é mais pálida, branca ou sem cor; ou se se pergunta sobre a cor das roupas de qualquer homem, se o seu significador estiver na primeira casa, e num signo correspondente, a roupa da pessoa é branca ou cinzenta, ou próxima dessa cor, o mesmo acontecendo se a pergunta for sobre gado; quando os seus significadores se encontram nesta casa, denotam que são dessa cor ou próxima. A casa é masculina.
Os co-significadores desta casa são Carneiro e Saturno; pois tal como esta casa é a primeira casa, assim também Carneiro é o primeiro signo e Saturno o primeiro dos planetas, e portanto quando Saturno está apenas moderadamente bem fortificado nesta casa, e em aspecto benevolente com Júpiter, Vénus, Sol ou Lua, promete uma boa e sóbria constituição física e normalmente longa vida; Mercúrio tem também alegria nesta casa, porque ela representa a cabeça e ele a língua, a imaginação e a memória; quando está bem dignificado e posicionado nesta casa, produz bons oradores; é chamada o ascendente, porque quando o Sol chega à cúspide desta casa, ascende ou levanta-se e toma-se visível no nosso horizonte.

Perguntas respeitantes à segunda casa

Desta casa pede-se julgamento respeitante ao património ou fortuna daquele que faz a pergunta, à sua riqueza ou pobreza, a todos os seus bens móveis, dinheiro emprestado, ao lucro ou ganho, perda ou prejuízo; em processos legais, significa os amigos ou ajudantes da pessoa; em duelos privados, os padrinhos do querente; num eclipse ou grande conjunção, a pobreza ou a riqueza do povo; na entrada do Sol em Carneiro, representa as munições, os aliados e o apoio que o Estado receberá; indica as suas reservas.
Num ser humano, representa o pescoço e a sua parte posterior até aos ombros; nas cores, o verde.
Assim, se alguém perguntar sobre qualquer coisa especificada acima como desta casa, deve-se procurar o significado a partir dela. É uma casa feminina e sucedente, chamada por alguns autores latinos Anaphora.
Tem como co-significadores Júpiter e Touro; pois se Júpiter estiver colocado nesta casa, ou for seu regente, é indicação de património ou fortuna; o Sol e Marte nunca estão bem posicionados nesta casa, qualquer deles mostrando dispersão de bens, conforme a capacidade e a qualidade daquele que nasce ou que faz a pergunta.

A terceira casa

Significa os irmãos, irmãs, primos ou familiares, vizinhos, pequenas viagens, ou viagens por terra, mudanças frequentes de um lugar para outro, epístolas, cartas, rumores, mensageiros. Rege os ombros, braços, mãos e dedos.
Das cores, governa o encarnado e o amarelo, ou castanho encarniçado. Tem como co-significadores o signo de Gémeos e o planeta Marte, que é uma razão porque Marte nesta casa, a não ser que esteja junto a Saturno, não está muito desafortunado; é uma casa cadente e é a alegria da Lua, pois se ela lá estiver posicionada, especialmente num signo cardeal, é indicação de muitas viagens para aqui e para ali, ou de que raramente se estará parado. A casa é masculina.

A quarta casa

Dá julgamento sobre os pais em geral, e sempre sobre o pai de quem pergunta; sobre terras, casas, edifícios, heranças, o cultivo da terra, tesouros escondidos, a decisão ou o final de qualquer coisa; todas as antigas habitações, jardins, campos, pastagens, pomares; a qualidade e natureza dos terrenos que a pessoa compra, se são vinhas, campos de milho, etc., diz se o terreno será florestado, pedregoso ou estéril.
O signo na quatro denota a cidade, o seu regente representa o governador. Rege o peito e os pulmões.
Das cores, o encarnado. O seu co-significador é Caranguejo e o planeta Sol; chamamos-lhe o ângulo da terra, ou Imum Coeli; é feminino e é o ângulo Norte. Nas natividades ou perguntas, esta quarta casa representa o pai, tal como o Sol durante o dia e Saturno durante a noite; contudo, se o Sol lá estiver colocado, não está mal, mostrando antes que o pai tem uma nobre disposição, etc.

A quinta casa

Por esta casa julgamos sobre os filhos, as embaixadas, o estado de uma mulher grávida, os banquetes, as cervejarias, tabernas, divertimentos, mensageiros ou agentes de repúblicas; sobre o património do pai, as munições de uma cidade sitiada; se a mulher grávida dará à luz uma pessoa do sexo masculino ou feminino; da saúde ou doença do filho ou filha daquele que faz a pergunta.
Rege o estômago, fígado, coração, costelas e costas, e é masculina.
Das cores, o preto e o branco, ou a cor de mel, e é uma casa sucedente; os seus co-significadores são Leão e Vénus, que tem a sua alegria nesta casa, por ser a casa do prazer, deleite e divertimento; é completamente desafortunada por Marte ou Saturno, e estes lá colocados mostram filhos desobedientes e perversos.

A sexta casa

Diz respeito aos criados e criadas, escravos, porcos, ovelhas, bodes, lebres, coelhos, todo o tipo de gado menor e o lucro ou perda deles resultante; à doença, a sua qualidade e causa, o humor principal que a provoca, se tem cura ou é incurável, se a doença será curta ou longa; jornaleiros, rendeiros, lavradores, pastores, guardadores de porcos, vaqueiros, guardas de caça; e significa tios ou irmãos e irmãs do pai.
Rege a parte inferior da barriga e intestinos até às nádegas; esta casa é feminina e cadente, desafortunada por não fazer aspecto ao ascendente.
Das cores, o negro. Marte alegra-se nesta casa, mas o seu co-significador é o signo Virgem e o planeta Mercúrio; geralmente verificamos que Marte e Vénus em conjunção nesta casa são indicações de um bom médico.

A sétima casa

Dá julgamento sobre o casamento e descreve a pessoa sobre quem se pergunta, quer seja homem ou mulher, todo o tipo de perguntas de amor, os nossos inimigos públicos; o arguido num processo litigioso, na guerra define a parte oposta; todas as desavenças, duelos, processos legais, na astrologia o próprio artista; na medicina o médico; ladrões e roubos; a pessoa que rouba, quer seja homem ou mulher, esposas, namoradas; o seu aspecto, descrição, condição, nobre ou ignobilmente nascidas; num ingresso anual, se se deve esperar guerra ou paz; da vitória, quem vence e quem perde; fugitivos, homens banidos ou fora da lei.
Tem como co-significadores Balança e a Lua; Saturno ou Marte desafortunados nela, indicam desventura no casamento.
Da cor, uma cor negra escura.
Rege as ancas, e do umbigo às nádegas; é chamada o ângulo do ocidente e é masculina.

A oitava casa

O património de homens falecidos, a morte, a sua qualidade e natureza; as últimas vontades, legados e testamentos de homens falecidos; dote da mulher, dote da donzela, quer seja muito ou pouco, de obtenção fácil ou difícil. Nos duelos representa o padrinho do adversário; nos processos legais, os amigos do arguido. Que tipo de morte terá um homem. Significa medo e angústia mental. Quem usufruirá ou será herdeiro do falecido.
Rege as partes privadas. Das cores, o verde e o preto.
Dos signos, tem Escorpião e Saturno como co-significadores, as hemorróidas, os cálculos renais, a estrangúria, os venenos e a bexiga são regidas por esta casa; é uma casa sucedente e feminina.

A nona casa

Por esta casa damos julgamento sobre as viagens ou longas travessias além-mar, sobre homens religiosos, ou clérigos de qualquer tipo, quer sejam bispos ou sacerdotes inferiores; sonhos, visões, países estrangeiros, livros, estudos, subsídios da Igreja ou benefícios eclesiásticos, colações; sobre os familiares da mulher da pessoa, & sic e contrario.
Das cores, pertencem-lhe o verde e o branco.
No corpo humano, rege as nádegas, as ancas e as coxas, Sagitário e Júpiter são co-significadores desta casa, pois se Júpiter lá estiver colocado, significa naturalmente um homem devoto na sua religião, ou alguém dado à modéstia; tenho frequentemente observado que quando a Cauda do Dragão, ou Marte, ou Saturno estão desafortunadamente colocados nesta casa, o querente é pouco melhor do que um ateu, ou um fanático furioso; o Sol rejubila nesta casa, que é masculina e cadente.

A décima casa

Geralmente personifica reis, príncipes, duques, condes, juízes, oficiais superiores, comandantes em chefe, quer de exércitos ou de cidades; todo o tipo de magistrados e oficiais de autoridade, mães, honra, promoção, dignidade, posição, advogados; a profissão ou ofício que qualquer pessoa tem; significa reinos, impérios, ducados, províncias.
Pertencem-lhe as cores encarnada e branca e rege os joelhos e as coxas.
É chamado o Medium Coeli, ou meio-do-céu e é feminino. Os seus co-significadores são Capricórnio e Marte; tanto Júpiter como o Sol afortunam muito esta casa quando lá estão posicionados, Saturno e o Nó Sul geralmente negam honra a pessoas de distinção ou dão escasso apreço público a uma pessoa comum e pouca alegria na sua profissão, ofício ou mister, se for um artífice.

A casa onze

Representa naturalmente os amigos e a amizade, a esperança, a confiança, a segurança, o louvor ou a crítica de qualquer pessoa; a fidelidade ou a falsidade dos amigos; quanto aos reis, personifica os seus favoritos, conselheiros, servidores, os seus associados ou aliados, o seu dinheiro, finanças ou tesouro; representa cortesãos, etc. num Estado governado por uns poucos Nobres e Comuns, personifica a sua ajuda no Conselho; assim, em Londres a casa dez representa o Lord Mayor; a onze o Conselho dos Comuns; o ascendente representa a generalidade do povo da dita cidade.
Dos membros, rege as pernas até aos tornozelos.
Das cores, rege o açafrão ou amarelo.
Tem o signo Aquário e o planeta Sol como co-significadores; Júpiter rejubila especialmente nesta casa; é uma casa sucedente e masculina e em virtude é equivalente à sétima ou quarta casas.

A casa doze

Significa os inimigos ocultos, bruxas, grande gado, tal como cavalos, bois, elefantes, etc. Tristeza, tribulação, encarceramento, todo o tipo de aflições, destruição da própria pessoa, etc., e significa aqueles homens que maldosamente minam os seus vizinhos, ou informam secretamente contra eles.
Tem como co-significadores Peixes e Vénus; Saturno alegra-se muito nessa casa, pois Saturno é naturalmente o autor de desgraças; e rege os pés no corpo humano.
Na cor representa o verde.
É uma casa cadente, feminina, e por vezes vulgarmente chamada Cataphora, como se pode chamar a todas as casas cadentes. Este é o verdadeiro carácter das várias casas, de acordo com a doutrina Ptolomaica, e a experiência que eu próprio tenho tido durante vários anos. Devo confessar que os Árabes fizeram várias outras divisões das casas, mas na minha prática nunca pude verificar qualquer veracidade nelas, portanto não digo nada sobre elas.