O Terreiro do Bogum está localizado na Ladeira do Bogum, antiga
Manoel do Bonfim, no Bairro do Engenho Velho da Federação, em
Salvador , Bahia , Brasil .
O Terreiro de Bogum, de Nação Jeje , é diferente dos outros terreiros
de Salvador. Uma das principais diferenças é a língua falada nos
rituais. Que é o ewé , do povo fon , com tradição ligada ao Benin .
A maioria dos candomblés baianos é de tradição nagô e utiliza como
língua o iorubá .
Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro
do Bogum não existem orixás , lá se cultuam os voduns e recebem
outras denominações.
A missa em homenagem a São Bartolomeu é feita anualmente há 200 anos,
tendo-se tornado uma tradição do Terreiro do Bogum.
Segundo historiadores, foi no local onde está o Bogum que Joaquim
Jêje, herói do movimento de insurreição de escravos malês, deixou o
bogum (baú) onde estavam os donativos que permitiram a famosa Revolta
dos Malês ocorrida em Salvador em janeiro de 1835.
Esses escravos sabiam ler e escrever em árabe, tinham grande poder de
organização e articulação e pretendiam fundar um "reino africano" em
terras brasileiras, mas foram traídos e a "revolução negra-escrava"
foi descoberta.
O termo "bogum" também pode ser explicado pelo dialeto gun(dialeto do
fon com muitos elementos do iorubá), falado na região de Porto Novo,
no Benin, significando "lugar ( ibo ) dos fon ( gun )". O nome
completo do terreiro é Zoogodô Bogum Malê Rundó .
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