Os Cargos:
Os cargos abaixo são os mais importantes na hierarquia.
OBS: vejam comentários abaixo antes dos estudos!!!
• Babalawo:Um Babalawo, ou Pai dos segredos (awô) é muito respeitado
pela cultura yorubá.
O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de todos os mistérios e
segredos no culto à Orunmilá, sendo portanto sacerdote de ifá.
Somente o Babalawo pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá
recebe o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou Jeje
tem o nome de agú-magá.
Ainda na cultura Jeje, ifá é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e
o Babalawo é denominado de Bokunó.
• Ogã: Os cargos de Ogã na nação Jeje são assim classificados:
Pejigan que é o primeiro Ogan da casa Jeje. A palavra Pejigan quer
dizer "Senhor que zela pelo altar sagrado", porque Peji = "altar
sagrado" e Gan = "senhor".
O segundo é o Runtó que é o tocador do atabaque Run, porque na
verdade os atabaques Run, Runpi e Lé são Jeje.
No Ketu, os atabaques são chamados de Ilú. Há também outros Ogãs como
Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.
A Nação Jeje é muito particular em suas propriedades. É uma nação que
vive de forma independente em seus cultos e tradições de raízes
profundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos negros ao
Brasil.
• AJOIÉ E EKEDI: A palavra "ajoié" é correspondente feminino de ogã
pois, a palavra ekedi, ou ekejí, vem do dialeto ewe, falado pelos
negros fons ou Jeje.
Portanto, o correspondente yorubá de ekedi é ajoié, onde a palavra
ajoié significa "mãe que o orixá escolheu e confirmou".Assim como os
demais oloyés, uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão.
Deve ser sempre chamada de "mãe", por todos os componentes da casa de
orixá, devendo-se trocar com ela pedidos de bençãos. Os
comportamentos determinados para os ogã devem ser seguidos pelas
ajoiés.
Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se com seus trajes rituais,
seus fios de contas, um ojá na cabeça e trazendo no ombro sua
inseparável toalha, sua principal ferramenta de trabalho no barracão
e também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.
A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a enxugar o
rosto dos omo-orixás manifestados. Uma ajoié ainda é responsável pela
arrumação e organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos
dias de festas, como também, pelos ojás que enfeitarão várias partes
do barracão nestes dias.
Mas, a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar dos
orixás, roupas e outras coisas. Uma ajoié também é porta-voz do orixá
em terra. É ela que em muitas das vezes transmite ao Babalorixá ou
Yalorixá o recado deixado pelo próprio orixá da casa.
No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as ajoiés são chamadas
de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada
de "makota de angúzo".
Mas, como relatei anteriormente, "ekedi" é nome de origem Jeje mas,
que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do
Brasil, seja qual for a Nação.
• ABIYAN: Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de
pessoas que são classificadas de Abiyans. A palavra Abiyan quer
dizer:
Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer
dizer "caminho".
As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer
dizer "aquele que começa", "um novo caminho". O Abiyan é uma pessoa
que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.
O Abiyan também pode ter fios de contas lavados, obrigação de bori e,
até em alguns casos, ter orixá assentado.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas
das vezes é classificado.Pode desempenhar várias atividades dentro de
um terreiro, como por exemplo, varrer, ajudar na limpeza, ajudar nos
cafés da manhã e almoços comunitários realizados em dias de festas de
orixá, lavar louças, ajudar na decoração do barracão, enfim, o Abiyan
pode desempenhar várias tarefas sem maior envolvimento religioso.
O período de Abiyan é de muita importância pois, é nesse período que
o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a
conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes
de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância
deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o frequentador em yorubá,
chama-se Lemó-mú.
Curiosidades
*A primeira Casa Jeje no Rio de Janeiro foi fundada em 1848, por
D.Rozena, cuja filha de santo foi D.Adelaide Santos
*Ekede – termo Jeje
*Done – cargo feminino na casa Jeje, similar à Yalorixá
*Doté – cargo ilustre do filho de Sogbô
Os vodun-ses da família de Dan são chamados de Megitó, enquanto que
da família de Kaviuno, do sexo masculino, são chamados de Doté; e do
sexo feminino, de Doné.
Os cumprimentos ou pedidos de bençãos entre os iniciados da família
de Dan seria:
"Megitó Benoí?"
Resposta: "Benoí";
Na família Kaviuno, ou seja, Doté e Doné seria: "Doté Ao?"
Resposta: "Aótin".
O termo usado "Okolofé", cuja resposta é "Olorun Kolofé" vem da fusão
das Nações de Jeje e de Ketu.
TEM ASSUNTOS ABORDADOS POR VC COM RELAÇÃO A NAÇÃO DJEJE QUE NÃO ESTÃO CORRETOS, NÃO QUERO SER MELHOR DO QUE NINGUEM, MAS POR EXEMPLO: O CARGO DE EKEDJI E KETU EM DJEJE E PONCILÉ. REVEJA OS FATOS APRESENTADOS.
ResponderExcluirGratidão Anônimo por me informar. Sou da Umbanda e este é um pequeno estudo que recebi de um colega que diz ser do Candomblé. Se você sabe o correto me informe para que eu possa corrigir e compartilhar com os irmãos que aqui vem buscar informações! Sou Grato!
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