Por favor, preencha a atmosfera com a vibração sublime dos Santos Nomes:
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segunda-feira, 23 de julho de 2007

TANTRA

Não nos esqueçamos que nos finais dos tempos surgirá uma religião de sexo, e, segundo pesquisadores o sexo é o demônio em ação, diferente do amor entrega, e aqueles que fornicarem e cometerem iniqüidades, não entrarão no Reino.Devo antes explanar o conceito da Câmara Nupcial Gnóstica do Evangelho de Filipe: O supremo mistério da Câmara Nupcial (algumas vezes chamado casamento espiritual ou mistério das sizígias) é o evento decisivo para a união das partes do ser humano. Conforme foi observado de várias formas nos nossos mitos gnósticos, um dos mitologemas fundamentais dos gnósticos diz respeito à divisão entre a personalidade humana e o Self superior ou "anjo gêmeo", Diz-se que enquanto na tera o ser humano tem um corpo, uma alma e um espírito. Esses três coexistem num estado de impoerfeita associação, que se torna perfeita pela Câmara Nupcial,esse mistério pode ser como o casamento do espirito humano com um anjo do redentor, que reside no mundo celeste acima desta terra. Em termos modernos, pode-se definir esse mistério como um rito sagrado de individuação, no qual a pessoa se torna um verdadeiro individuum, ou unidade indivisível. Não menos de trinta frases no Evangelho de felipe refere-se à Câmara Nupcial. Aqui estão algumas das mais importantes: "Quem quer que se tornar um filho da Câmara Nupcial receberá a luz... Se alguém não partilha dela enquanto etá neste mundo, não partilhará dela em nenhum outro lugar. Aquele que partilhou dessa luz não será visto, nem poderá ser detido. E ninguém poderá afligi-lo, mesmo se ele continuar no mundo. E novamentre quando ele partir do mundo, já terá recebido a verdade sob forma de imagens. O mundo já se tornou o aeon. Pois o aeon será para ele um Pleroma e o será assim: revelar-se-á somente para ele, não escondido pela escuridão da noite, mas oculto num dia perfeito e numa luz sagrada". Toda a técnica de elevação espiritual que envolve sexualidade ou sensualidade, mesmo que haja o controle orgástico é negra, ou dita tantra da esquerda. O verdadeiro tantra branco ou da direita visa a androgênia (estado angelical) atravéz da fusão do principio masculino e feminino intimos dentro do próprio ser. Muito se fala de Sexo dos Anjos, mas é sabido que o anjo já ultrapassou essa natureza e não possui sexo. O significado da palavra tantra pode pairar em diversos sentidos conforme o contexto, mas é comum associá-la a doutrina mística.

Existem divergentes escolas de tantrismo Negro, e Branco.

Através do caminho do prazer o tantra visa alçar a evolução espiritual trilhando os caminhos do amor não efêmero em discordância ao da libido animal, o tantrismo nos ensina a transcender nossos próprios limites, encarando a mulher como ser divino na capacidade de gerar uma nova vida, transformando o ato de amor num ritual para a purificação do espírito e elevação da mente por meio da prática sexual sagrada, da meditação, da yôga, da não violência e da alimentação vegetariana; os registros nos reportam os drávidas serem vegetarianos e alimentarem-se essencialmente de frutos desprezando a caça. Sua forma filosófica é de origem drávica nascida no vale do Indo, região que compreende parte da Índia e Paquistão, e data de aproximadamente 6 mil anos. A filosofia do tantrismo, cujos pais foram os drávidas, pode ser encontrada hoje no Tibet, entre os adeptos da yôga, nas religiões da nova era, entre outros. Segundo a filosofia oriental, o objetivo inicial do tantrismo é despertar aquilo que nos tantras se chama a Força da Serpente, personificada na Deusa kundalini.
Situada na base da coluna vertebral, no muladhara-chakra, que contém a raiz do sushumna-nadi, enrolada como uma serpente adormecida, quando posta em atividade mediante o rito sexual e a entonação da mantra específica, tal força penetrará um por um os centro nervosos psíquicos reavivando os vórtices de energia findando por atingir o Sétimo Centro, o Loto das Mil Pétalas, no centro do cérebro, dali alimentando todo o corpo psíquico.
Impregnando-se, desta forma, com a suprema energia, o ser experimenta o acme psíquico, o desenvolvimento psico-espiritual em afinidades psico-espirituais com as correntes afins e desenvolvimento neuro-cerebral, conduzindo a energia através do sistema nervoso central desenvolvendo as regiões até hoje não utilizadas no sistema cerebral humano.

"Em 1844 surgiu no ocidente o método Carezza, semelhante à uma determinada prática tântrica, implantado pelo americano John Humphrey Noys, tal método se edificou antes da primeira guerra mundial e seus adeptos entendiam Carezza como a mais elevada e perfeita arte de amar, na qual nem a mulher nem o homem desejam ou procuram chegar ao orgasmo enquanto a ejaculação impede a sublimação do verdadeiro amor."

A diferença do Tantrismo Branco e Negro está contida no controle orgástico!
É preferível abdicar de alguns segundos de prazer perante a eternidade, do que abdicar da eternidade perante alguns segundos de prazer!!!

O Objetivo inicial do tantrismo é lograr a liberação da Essência, com o trabalho sobre si mesmo, auto-observação, autoconhecimento, detectarmos e compreendermos nossos valores negativos (egos) e através da transmutação da força mais sublime humana, a sexual, desintegrarmos o ego em seu múltiplos departamentos de atuação, no princípio antes de adentramos no tantra em si devemos utilizar da castidade ou celibato, sem orgasmo para aniquilarmos pelo menos 50% dos egos, a compreenção de cada agregado psicológico e de sua atuação perante os eventos da vida causa sua disolução psíquica gradativamente, devemos abdicar do orgasmo , caso contrário não estaremos livres de tara genética na Câmara Nupcial. É claro que a Câmara Nupcial pode ser compreendida através do Arquétipo como um Matrimônio Perfeito entre Animus e Anima. Porém nessa pesquisa venho a tratar do tantra em específico. Cabe ao estudante no decorrer do texto compreender se a tele fecundação envolve ou não a união no plano físico.
A Transmutação envolve o poder da Vontade consciente e determinados mantras (no caso cada pessoa tem uma vibração única no Universo, e, para cada pessoa há um mantra pessoal, que deve ser zelosamente guardado por ela, pois um mantra pessoal nas mãos de um agente da Loja Negra, ou adepto da esquerda pode servir como arma de coação ao iniciado!).

O Objetivo final do tantrismo é a tele fecundação! Trazer ao Mundo o Fruto de um amor 100% hominal 0% libido!

Como entender isso?

Podemos nos servir de estórias ou histórias de acordo com a filosofia enraizada no psiquismo de cada individualidade humana. Mas o importante é termos as mãos as ferramentas de uma ciência esclarecedora.

A inteligência , muitas escolas criam uma imagem arquetípica poderosíssima no inconsciente coletivo correlacionando a inteligência a Lúcifer, porém, se nos despirmos do fascínio das crendices e compreendermos o sentido arquetípico de Lúcifer (Porta-Luz) poderemos correlacionar essa imagem arquetípica à um quadro de evolução, uma luta primordial ente o despertar da consciência na humanidade em contraposição com o ego animal instintivo ainda presente no psiquismo agregado ao reino natural ao qual pertence, de forma que para destruir uma imagem arquetípica tão enraizada devemos tomar que a inteligênciaa fez ver a Eva, e ela convenceu Adão, que a libido sexual podia ser cultivada como um fim, como um gozo autônomo, em vez de ser usada apenas como um meio para a procriação, como acontece no mundo animal.
Essa inversão ou perversão do meio para fim é todo o “pecado original”, que provocou a tríplice maldição das Potências Creadoras. É claro que ainda podemos ver isso segundo o parecer de C.G.Jung, correlacionando o fato a imagens arquetípicas tomando forma real a perseguir a creação pela quebra da lei natural que envolve as leis universais. O homem genuinamente hominal devia procriar pelo amor, e não pela libido. Essa procriação pelo amor seria um “crescimento”, uma evolução rumo ao mundo hominal, ao passo que a procriação pela libido é uma estagnação no mundo animal, e até uma involução infra-animal, porque o animal só usa a libido como meio, e não como um fim.

Os livros sacros apresentam diversos homens de alta espiritualidade, que foram gerados mais pelo amor do que pela libido, entre eles Seth, Enos, Isaac, João Batista; homens em cuja fecundação prevaleceu o amor humano sobre a libido animal. No caso da formação do corpo de Jesus desaparece totalmente o fator libido e ocorre uma concepção 100% hominal, razão porque Jesus se dá a si mesmo o título honorífico de “o Filho do Homem” (82 vezes), ao passo que João Batista é o maior entre os “filhos da mulher”, em cuja concepção o amor sobrepujou a libido.

Para compreender melhor o Tantrismo Branco ou como algumas escolam denominam (supra-sexo), podemos reportar-nos ao gênesis, e entendermos o super homem como fruto de um matrimonio 100% hominal, com bases no amor e espiritualidade pura.

A serpente da Vitalidade Cósmica se manifesta no homem de três modos:

- Como vitalidade sexual.
- Como vitalidade mental.
- Como vitalidade espiritual.

Quando essa serpente - que os hindus chamam kundalini - esta enroscada, dormente, é inconsciente e instintiva.
Quando kundalini se desenrosca e rasteja horizontalmente, se torna egoconsciente e intelectual.
Quando kundalini se ergue verticalmente às alturas, torna-se Eu - cosmoconsciente e espiritual.

Porém devemos entender que esse EU - cosmoconsciente e espiritual, não se trata de um EGO! Mas de um modo de espressar a espiritualização mais refinada no Ser. Trataria-se do desenvolvimento da Alma, do Ser Real em seu aspecto mais profundo.

Para melhor explanar essa questão transcrevo um trecho de um psicólogo junguiano:

"....................O nome Yaldabahot, embora tenha muitos significados é derivado de YHVH Yahveh, Jehovah, cujo significado é "Eu sou o que Eu sou". As palavras "Eu sou" não caracterizam, também, a própria natureza do ego psicológico? O criador imperfeito serve assim como uma metáfora válida, para que os psicólogos da psicologia profunda chamam de ego alienado". Definido pelo seu próprio sentido de identidade, essa entidade psíquica afasta-se da sabedoria (Sophia) contida no inconsciente e se declara criador e regente por nascimento. Ele que poderia ter se tornado um anjo de Luz torna-se um tirano das trevas. A prova definitiva da arrogância do ego tirano está implícita na afirmação do Demiurgo: "Eu sou Deus e não há outro Deus além de mim!" O psicólogo junguiano Edward Edinger descreve assim esse fenômeno: "Todo tipo de motivação de poder é sintoma de inflação. Sempre que alguém age movido pelo poder, a onipotência está implícita; mas a onipotência é um atributo apenas de Deus. A rigidez intelectual, que tenta equacionar sua própria verdade ou opinião com a verdade universal, também é inflação. É a presunção de onisciência...Todo desejo que dê à sua própria satisfação, um valor central transcende os limites da realidade do ego e, em conseqüência, assume os atributos dos poderes tanspessoais." Shophia, assim, significa a matriz (de mater, mãe) celestial transpessoal, ao passo que Yaldabaoth representa o ego tirânico, que não está disposto a reconhecer a existência da transcendência e, portanto de quaisquer limites impostos ao seu poder. Também deve ser notado que o Demiurgo, freqüentemente, exibe ataques de fúria, o que é marca característica de um estado de inflação. O ego inflado sempre tenta coagir e dominar seu meio e quando tais tentativas não são bem sucedidas, o resultado é uma raiva feroz............"

A letra sagrada Shin influi nesse aspecto: - O significado secreto conjectural do nome "Yeoshva" (Josué, Jesus) pode ser o seguinte: as quatro letras hebraicas Yod, Heh, Vav, Heh compõem o Tetragrammaton, ou nome de quatro letras de Deus. Com a inserção da assim chamada "letra sagrada" Shin, no centro do nome divino, temos o nome de Josué: Yod, Heh, Shin, Vav, Heh. O pensamento gnóstico vê essa operação como um complemento do nome do Deus judeu. O evangelho de Felipe afirma claramente que o nome "Jesus" contém um certo segredo, mas que esse segredo só existe na língua hebraica.

Despertar a serpente kundalini é perigoso e arriscado, porque ela pode desequilibrar toda a vida do homem, se o seu despertar não for devidamente controlado pelas faculdades superiores que não necessáriamente necessitam ser exteriores ao próprio psiquismo do ser, ou um mestre alheio à própria consciência. Há casos em que o despertar de kundalini hipertrofia a tal ponto um sector da natureza humana em detrimento dos outros, que reduz o homem a um monstrengo, ou de sexualidade, ou de intelectualidade.
Há uma constante afinidade e interação entre os diversos estágios evolutivos de kundalini.
Moisés, certamente entrou em contacto com essa filosofia, conhecendo esses mistérios da vitalidade do homem, a kundalini, que em hebraico se chama nahash na Septuaginta aparece em grego como ophis, e na Vulgata latina como serpens.
Não se trata nem de um animal réptil, nem de satanás. Devemos nos desligar totalmente da infantilidade das crendices e colocar toda a religião, filosofia e arte ao crivo da ciência. Trata-se da natureza humana no seu aspecto tríplice, que no caso de Eva, foi invadida pela mentalidade, simbolizada pela serpente.
E, como “nada há no intelecto que antes não tenha estado nos sentidos”, como diz a filosofia, o sensorial- intelectual de Eva se manifestou como sexo, sua serpente kundalini vital comeu do fruto da árvore do conhecimento. O sexo quando passa do instinto para o intelecto, perde a orientação.
Adão, depois de ter recebido o “sopro divino”, se tornou “imagem e semelhança de Deus”, entrou no estado inicial da kundalini espiritual. Por isso, o Gênesis não menciona nenhum contacto de Adão com a serpente; todo colóquio entre a mulher e a serpente corre a revelia do homem.
Eva era ainda mais acessível à influência da kundalini horizontal, porque, como diz o texto assírio do Gilgamech, fora tomada da “vitalidade” (ti) de Adão.
Moisés teve a visão intuitiva desses acontecimentos e da futura evolução da humanidade, sobre a base da vitalidade sexual, da vitalidade intelectual, da vitalidade espiritual.
Mas, como nenhuma experiência intuitiva pode ser expressa em palavras analíticas, Moisés tentou dizer em parábolas o que seu espírito viu em realidade.
Para compreender o Gênese, devia o leitor de hoje entrar na mesma faixa de consciência em que estava Moisés durante sua cosmovidência. Mas isso não é dado a qualquer homem.
Explicar analiticamente uma visão intuitiva é sempre uma deturpação. Querer egopensar o cosmopensado é uma temeridade. Toda verdade, quando pensada, está falsificada. E, quando verbalizada, ou até escrita, está duplamente falsificada.

Na condição sexual-mental, Kundalini se encontra em seu aspecto horizontal, simbolizada pela serpente que rasteja, ao passo que Kundalini espiritual coloca o indivíduo em uma evolução psico-espiritual, simbolizando a serpente verticalizada.
Em primeiro plano Kundalini revela-se como força procriadora, impelida pela libido que domina todos os seres vivos. O homem primitivo deitava-se unicamente à esse plano ignorando a possível discórdia entre seu poder vital, o seu querer mental e o seu futuro compreender racional. O senso de pudor sexual tem origem nesse conflito entre instinto e intelecto, entre um primitivo poder corporal e um subseqüente dever moral.
Segundo a conscientização do karma, nosso destino é a conseqüência de nossos atos, dessa forma a humanidade pode adentrar em uma procriação espiritualizada, abstendo-se da procriação puramente animal, não sofrendo assim o adharma resultante das causas aplicadas sem consciência desperta.
Devido a não familiaridade com o termo karma, adharma e dharma e uma consequente deturpação de seu verdadeiro aspecto no mundo ocidental devo explanar o que é Karma:

Para que não tomemos o intelectualismo como conhecimento faz-se necessário o correto discernimento do que é karma.

A sabedoria encontra-se latente na compreensão do que podemos denominar karma.
Do sânscrito, "Karma", o fundamento essencial do príncipe Gautama (Buda), tem o sentido de "Ação".
A relação entre causa e efeito é denominada lei, e segundo a lei do karma, o homem mediante seu comportamento adotado durante a existência física é brindado com os efeitos de suas ações, gerando-lhe desdita ou felicidade.
A experimentação da lei do karma faculta-lhe a sabedoria equipando-o incessantemente para cada etapa de sua vida, sendo que a soma das experiências e ações positivas anula, como nas leis da física, as negativas propiciadoras de sofrimento e residuadas em seu psiquismo.
Como resultado das ações meritórias ou comprometedoras do ser, as leis kármicas geram efeitos correspondentes no ciclo evolutivo de cada ser, como lei natural estabelece assim o sentido metafórico da divina justiça, presente em todos os fenômenos da natureza e da criação.
Infelizmente houve uma degeneração desse termo no ocidente e a cultura popular o adotou como castigo, trazendo também a palavra Dharma como mérito. Quando na verdade no Oriente utiliza-se o termo Dharma com o sentido de agir segundo as leis da Natureza e Adharma com o significado de contrariar estas mesmas leis.
A palavra Dharma deriva da raiz verbal dhri, que significa "sustentar" ou "manter". Dharma é aquilo que sustenta ou suporta o Universo, como também o indivíduo. Na humanidade, Dharma é a Conduta Correta, o resultado do verdadeiro conhecimento.
Mas em suas raízes, bom ou mau Karma, advém unicamente de ação englobando pela lei seus respectivos efeitos.
A lógica nos leva a crer que toda a ação, como efeito, provém de causas anteriores que por sua vez vão produzir efeitos futuros em uma reação em cadeia.
Mas Karma também é a lei que rege o mundo do pensamento, é a lei que rege o mundo das sensações e emoções. Karma é a lei que rege os fenômenos da vida, como também a lei que determina e governa, não só a forma física do homem, como também as formas de todos os corpos que compõe o nosso universo material.

Todas essas leis são naturais e inflexíveis.

Como o homem está vinculado a família, à sociedade e a natureza, dizemos que ele possui vínculos kármicos.
Quanto maior o conhecimento do homem sobre o Karma, maior o seu domínio sobre a sucessão de efeitos, a isto denominamos sabedoria.
Cabe porém explanar que a pratica de atitudes dharmicas visando unicamente eliminar aos resíduos adharmicos é uma atitude egocêntrica do tipo mercantil, e pode se considerado um seixo negro no tribunal de nossa própria consciência. Assim como o Ungido expulsou os mercadores do templo devemos extirpar o mercado de nossa psique, mercado este, oriundo de nossos próprios valores negativos.
Já uma atitude dharmica visando a realização psico-espiritual do semelhante sem visar méritos em especial para si pode ser considerado um seixo branco, pois no Karma uma lei superior transcende uma lei inferior.
É cômodo cruzar os braços dizendo ser o sofrimento uma necessidade kármica que o próximo ou a coletividade tem a passar, difícil é atuar em infinita compaixão pelos seres sensíveis sem promulgar a si mesmo o que no karma é uma lei superior.
Não nos esqueçamos que somos indivíduos, e, nossa somatória algébrica é que resulta na coletividade.

Resumo comparativo em “comentários” e outros registros sobre o tantrismo exposto acima:

O significado da palavra tantra pode pairar em diversos sentidos conforme o contexto, mas é comum associá-la a doutrina mística.

Através do caminho do prazer o tantra visa alçar a evolução espiritual trilhando os caminhos do amor não efêmero em discordância ao da libido animal, o tantrismo nos ensina a transcender nossos próprios limites, encarando a mulher como ser divino na capacidade de gerar uma nova vida, transformando o ato de amor num ritual para a purificação do espírito e elevação da mente por meio da prática sexual sagrada, da meditação, da yôga, da não violência e da alimentação vegetariana; os registros nos reportam os drávidas serem vegetarianos e alimentarem-se essencialmente de frutos desprezando a caça. Sua forma filosófica é de origem drávica nascida no vale do Indo, região que compreende parte da Índia e Paquistão, e data de aproximadamente 6 mil anos.

Para aqueles que crêem apenas nos registros, podemos reportarmo-nos à alimentação vegetariana historicamente, pois no Monte Sagrado de Mihintale, no Ceilão, ainda existe, como testemunho de um Budismo mais Puro, o antigo edito, gravado em uma laje de pedra que proíbe a matança de qualquer animal.

É importante frisar a não violência, o estado de não violência, é sem dúvidas um dos maiores poderes de transformação intima do ser, sendo um princípio espiritual.

A ação não violenta é ativista, portanto, tecnicamente, não é inércia, e sim ação que é não violenta.

Segundo os estudiosos, a ação não violenta, pode envolver atos de omissão, o que não implica no descredito e desunião proveniente da mentira, ao contrário, a omissão torna-se uma alavanca frutífera contra debates e conflitos ideológicos, e atos que normalmente não realizam, ou habitualmente espera-se que se executem, que segundo as leis de retorno, esperam que realizem, ou que são obrigadas a realizar por lei ou norma. A manutenção de uma disciplina de não-violência em face da repressão não é um ato de ingenuidade moralista, pois, contribuindo, para um mecanismo de pacificação é um pré-requisito para avantajadas mudanças psico-emocionais do ser.

Grande parte da longa história da ação não violenta faltou-se em registros históricos, mesmo assim podemos reportarmo-nos, segundo estudiosos aos plebeus de Roma, em 494 a.C., aonde relatam que ao invés de assassinar os cônsules na tentativa de uma correção de abusos, retiraram-se da cidade para uma colina, denominada mais tarde, "Monte Sagrado"., na recusa aos vínculos kármicos sociais, em sua permanência por algum período, chegou-se à um acordo de significativa garantia para a melhoria de condições em suas vidas.

Gandhi dera uma significativa contribuição à técnica de não violência, ampliando essa técnica e a tornando mais refinada, ativa e dinâmica.

A Não-Violência tem, como codificação imprescindível, o poder de comover. É uma repressão consciente e deliberada do impulso de vingança. É o controle espiritual que comove e purifica o homem oprimido e o opressor. O coração mais endurecido e a ignorância mais grosseira desaparecem diante do sol do sofrimento paciente e sem maldade. A fibra mais dura não subsiste ao fogo do amor. Se não fundir será porque o fogo não é bastante forte - Gandhi: "Cartas a Ashram."

"Bem-Aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra"

Esta beatitude não é apenas inerente à Cristo, mas também à Gandhi, de Tolsoi, de Thoreau, de Lao-Tsé e de todos os detentores do conhecimento da natureza humana integral. A ampliação da violência pela inteligência egóica, conduz o ser a apelar para a força, enquanto o homem magnificado psico-espiritualmente reconhece o principio causal e o valor do espírito, que não necessita da violência, pois esta em suma é uma prova da própria fraqueza. Mas o termo possuir não se refere à um estado de posse egóica, mas podemos conceituar que um não violento possui realmente o possuído.

O tantrismo sofreu muitas alterações ao longo dos milênios. Os drávidas, pais dessa tradição, foram praticamente exterminados pelos muitos povos guerreiros que invadiram o vale do Indo século após século, e vários fundamentos tântricos foram adaptados ou deturpados pelos dominadores. Mas sua essência sobreviveu e, graças ao esforço de mestres e estudiosos das filosofias hindus, uma grande parte dos seus mistérios foi resgatada durante os dois últimos séculos.

A filosofia do tantrismo, cujos pais foram os drávidas, pode ser encontrada hoje no Tibete, entre os adeptos da yôga, nas religiões da nova era, entre outros.

Segundo a filosofia oriental, o objetivo inicial do tantrismo é despertar aquilo que nos tantras se chama a Força da Serpente, personificada na Deusa kundalini.

Situada na base da coluna vertebral, no muladhara-chakra, que contém a raiz do sushumna-nadi, enrolada como uma serpente adormecida, quando posta em atividade mediante o rito sexual e a entonação da mantra específica, tal força penetrará um por um os centro nervosos psíquicos reavivando os vórtices de energia findando por atingir o Sétimo Centro, o Loto das Mil Pétalas, no centro do cérebro, dali alimentando todo o corpo psíquico.

Impregnando-se, desta forma, com a suprema energia, o ser experimenta o acme psíquico, o desenvolvimento psico-espiritual em afinidades psico-espirituais com as correntes afins e desenvolvimento neuro-cerebral, conduzindo a energia através do sistema nervoso central desenvolvendo as regiões até hoje não utilizadas no sistema cerebral humano.

Como podemos notar, a filosofia drávidica sobreviveu ao tempo: “Em 1844 surgiu no ocidente o método Carezza, semelhante à uma determinada prática tântrica, implantado pelo americano John Humphrey Noys, tal método se edificou antes da primeira guerra mundial e seus adeptos entendiam Carezza como a mais elevada e perfeita arte de amar, na qual nem a mulher nem o homem desejam ou procuram chegar ao orgasmo enquanto a ejaculação impede a sublimação do verdadeiro amor.”

O Catolicismo também apresentou seu método. O método de coito apoiado pelo cardeal Hugúcio (m.1210), grande especialista em leis canônicas e professor do ainda maior Papa Inocêncio III, só funciona para o homem. O grande problema teológico de Hugúcio era o de cumprir o débito conjugal deixando o homem sem pecado, já que o prazer se dá ao ejacular.

Hugúcio descobriu uma maneira: "Posso cumprir minha obrigação para com a esposa e aguardar até que tenha saciado seu prazer. Com efeito, nesses casos as mulheres estão muitas vezes acostumadas a sentir prazer antes dos maridos, e, quando o prazer da mulher no ato físico estiver sido saciado, posso, se desejar, me afastar sem satisfazer meu prazer, livre de pecado e sem deixar o sêmem fluir" (Summa 2,13). Só se precisava ter uma certa dose de concentração para prender o sêmem, mas a dificuldade se justifica: O marido que luta pela santidade permanece sem pecado aqui, porque copulou sem prazer. Retirou o membro da vagina, e mesmo depois disso, não permitiu que ocorresse a ejaculação (que teria sido um pecado mortal).

O orgasmo da esposa, que exigiu o coito por incontinência em primeiro lugar, é pecado venial, porque, segundo Agostinho, quando o coito é exigido, só o exigido para a procriação é sem pecado.

Assim como os egípcios antigos, os tântricos exaltam o conhecimento correto de reprodução a nível de uma ciência religiosa, simbolizando a inteireza do poder pelo princípio masculino e a sabedoria pelo princípio feminino, tornando o tantrismo a base de uma evolução psico-genética magnificada.

A prole resultante do tantra, segundo estudiosos, deram origem a grandes personalidades que marcaram ou mudaram o curso da história universal de nosso planeta podendo ser representada por Seth, Enos, Isaac, João Batista entre outros tantos conhecidos e desconhecidos, e, cujo clímax desse processo evolutivo gerou Cristo, quando o amor humano, sem efemerismos se sobrepôs totalmente à libido animal telefecundando o Mestre dos Mestres em um ser totalmente magnificado o qual autodenominava-se "O Filho do Homem.".

O despertar da energia, está correlacionado com todas as funções mentais, o que torna-se arriscado devido ao desequilíbrio se não controlado devidamente pelas faculdades superiores, o que acontece quando este foge do objetivo último do tantrismo que é a telefecundação ou fecundação bioplasmática, ou seja, ao invés de adentrar no intuito de uma magnificação em relação à descendência, adentra no falismo de culto ao homem e à mulher. Causas assim aplicadas, segundo o karma trazem o que se denomina lei do retorno, tanto no aspecto pessoal como nos vínculos sociais.

O livro de Dzyan diz:

"Então a Quarta Raça encheu-se de orgulho. Nos somos os reis, diziam eles, nós somos os deuses. Construíram templos para o corpo humano. Adoravam o homem e a mulher. Então o Terceiro Olho não voltou a atuar...Vieram as primeiras grandes águas que tragaram as Sete Grandes Ilhas. Todos os santos se salvaram e os ímpios foram destruídos. Com estes a maior parte dos animais produzidos pelo suor da Terra."

Desta forma podemos compreender que quando alguém não preparado adentra ou desperta seus próprios poderes, surge uma característica dominante, o valor negativo da saga de poder se não desintegrado do psiquismo através de sua compreensão em todos os departamentos de atuação da mente desperta-se, o indivíduo passa a enaltecer-se conceituando uma posição de domínio e, automaticamente, corrompe-se por esse valor deveras negativo, causando assim uma desarmonização do chakra localizado no entrecenho visto que os chakras respondem ao todo. Podemos relacionar isso `”À Queda!”.

Enquanto a kundalini se encontra no instinto inconsciente, a sexualidade não apresenta perigo, se encontrando automaticamente controlada, quando porém, o intelecto influi sobre o instinto a sexualidade apresenta um determinado grau de periculosidade, pois que a liberdade mental destrói a segurança vital, e o instinto tornando-se intelectualizado utiliza a libido como um fim ego satisfatório ao invés de utilizá-la como meio procriativo constituindo-se um adharma.

Em seu aspecto tríplice Kundalini, enquanto dormente é comumente tida como enroscada, possui como atributo a inconsciência e os instintos, quando desenroscada e horizontal, torna-se ego consciente e intelectual, quando erguida, torna-se Eu-cosmo consciente e espiritual. Trata-se da natureza humana em seu aspecto tríplice, que em alguns casos é invadida pela mentalidade a se manifestar como sexo, e, segundo a filosofia que nos afirma não haver nada no intelecto sem que antes tenha estado nos sentido, o sexo, quando passa do instinto para o intelecto, perde a orientação. Ao tempo que um instinto vital é inofensivo, um instinto intelectualizado é perigoso.

O conhecimento correto de reprodução exaltado pelos tântricos pode ser encontrado no Egito antigo. A paternidade e o nascimento de Amenofis III, por exemplo (da décima oitava dinastia), são apresentados, com extraordinário detalhe numa série de esculturas em Luxor. Além disso estabelecera-se que os Faraós, sendo de sangue tão divino, não se podiam casar com o barro comum, e, consequentemente, estavam habituados a efetuar matrimônio num grau de consangüinidade agora proibido, chegando mesmo a esposar as próprias irmãs. Isso nos círculos das intenções não deixaria de ter fundamento, um casal do "barro comum", ou seja a população em geral, concebe pelo instinto paterno-materno, a necessidade da procriação, embora nos dias de hoje a concepção dá-se na maioria da vezes pela falha do método anticoncepcional utilizado. Já para os Senhores do Egito, a necessidade da prole era trazer ao mundo alguém com capacidade de governar com sabedoria seu povo, instruí-lo e zelar por este com perfeição divina.

A telefecundação ou fecundação bioplasmática trata-se de um conceito, baseado na fecundação astral ou indução vital.

Podemos encontrar sincronismo na física, sobretudo eletrônica e fenômenos parecidos, como é de conhecimento geral a indução elétrica ou magnética, quando a eletricidade forma um campo magnético sem nenhum contato físico dos dois pólos. A ciência eletrônica conhece o fenômeno de transmissões de sons e imagens sem contato material entre o pólo emissor e o polo receptor, uma relação imaterial e real, e segundo Einstein: "a energia é real, mas não material; ela é matéria descongelada. E, por isso mesmo, mais real que a própria matéria." Segundo Einstein, o grau de realidade consiste na atuação; quanto mais atuante ou ativa é uma coisa, tanto mais real ela é. Realidade não coincide com materialidade.

Suponhamos que os pequenos impulsos do cérebro, quando adequadamente dirigidos, pudessem harmonizar-se através do comprimento de onda correto com forças maiores, qual seria a resultante?

Experiências com aparelhos sensíveis provaram o que os escritores em sânscrito e sensar já detinham em seu conhecimento, o cérebro humano emite correntes elétricas, e o pensamento é ou produz um impulso elétrico, de modo que parecem acreditar que esta corrente cerebral é deveras poderosa.
segundo a língua alemã Wirklich (real) aquilo que wirkt (atua), o real é o atuante, ou ativo, e, isto vai de encontro ao conceito de Einstein. Se seguirmos essa lógica de pensamento podemos conceituar que se existe uma fecundação material, poderia haver uma fecundação real imaterial. Tal telefecundação seria impossível no nível ego consciente, mas plausível no nível supra consciente, que encontramos representadas por duas palavras gregas no Evangelho: hypnos (sono) e onar (sonho), embora não material, não deixaria de ser energética e atuante portanto real.

É de conhecimento científico que o que se origina na energia é mais perfeito do que o oriundo da matéria.

Poderíamos então conceituar que o que nasce da energia está isento das taras da matéria. Sendo a atual fecundação do homem baseada no nível material, poderíamos conceituar que uma fecundação imaterial, atuante e real à nível energético o isentaria dessas taras materiais, tais como doenças e morte compulsória. O que poderíamos denominar uma fecundação por indução vital.

É cientificamente correto que, para haver fecundação humana, há necessidade de elementos masculinos e femininos da mesma espécie, uma devida homogeneidade entre os gens do fecundante e da fecundada. As leis da natureza são inexoráveis e não se podem contradizer uma as outras, isso isenta os "milagres" embora essas mesmas leis possam atuar de maneira ignorada por nós, de modo que em certas mentes paira o conceito dos "milagres" serem efetuados em uma dimensão quântica sujeita à um número menor de leis naturais em comparação a dimensão na qual o ser humano habitualmente está situado.

A literatura sacra quando refere-se à origem de um ser humano perfeito utiliza palavras tais como ekstasis, hypnos, onar, respectivamente, êxtase, sono, sonho. Tal fecundação se daria à um nível extra - sensorial, em estado extático, hipnótico, onírico. Reportemo-nos às experiências do casal russo Kirlian, que nos relatam a existência do corpo astral, ou bioplásmico, consistindo este num substrato fluídico, ou seja, o aura imaterial que plasma a sua duplicata material.

Em estados de êxtase, ekstasis ou samadhi, ou hypnos, sono profundo ou onar, sonho, há uma indução, por vezes do desligamento deste corpo bioplasmático, desligamento este conhecido como bilocação ou multilocação, de forma que o corpo bioplasmático materializa-se em diversos lugares, ou quando não, se torna visível a pessoas clarividentes.

Podemos então conceituar que a telefecundação poderia ocorrer, mesmo sem noção da consciência normal, nesse estado, quando se dá um conúbio entre os gens do casal, imaterial, atuante e real, sem contato dos corpos físicos.

É mencionado na Septuaginta grega que Eva foi materializada durante uma "extraposição", "ekstasis" enquanto Adão se encontrava em um sono profundo "hypnos" que a Vulgata Latina traduz por "sopor".
Tendo em vista que na telefecundação, o egoísmo biológico da erótica animalesca, substitui-se por uma freqüência vibratória de amor magnificado a prole oriunda dessa concepção, não seria afetada pelas taras da atual fecundação material.

Existe uma constante interação e afinidade entre os estágios evolutivos dessa energia.
Nossos atuais irmãos humanos ainda carregam em si, salvo exceções, essa característica "libido - intelectualizada", sem haver alcançado a magnificação psico-astral-mental-causal.
Quando o amor humano, sem efemerismos se sobrepõe à libido animal, surgem a prole de um matrimônio que pode ser considerado perfeito.

Quando desaparece totalmente o fator libido, ocorre portanto uma concepção 100% magnificada a resultante pode ser tida como um "Filho do Homem", o corpo do "Filho do Homem" é perfeito pois é isento de tara genética.

Ao utilizar-se a libido como meio para a procriação, ela está de acordo com as leis do karma, tornando-se um dharma, porém o homem atual, devido a intelectualização de sua libido, descobriu esta poder ser convertida em uma libido-fim, como uma idolatria existencial, e se a prole "acontece", geralmente é contra a vontade do casal, geralmente devido a falha de inibitivos e abortivos, o que constitui-se um adharma.

No reino animal, a procriação é feita simplesmente pelo fator libidinoso, devido ao fato do animal não possuir o amor no sentido humano, de forma que atuam de acordo com o karma. No reino humanóide a procriação por amor torna-se possível, e se essa se faz apenas pela ego satisfação libidinosa torna-se adharmica, pois o indivíduo utiliza a libido como um fim e não como um meio, e consequentemente o adharma trará suas resultantes como quebra das leis naturais e inflexíveis do karma.

O aflorar do instinto paterno-materno em decréscimo à um intuito causal superior, "Crescei e Multiplicai-vos!" torna-se então uma exclamação deveras utilizada quando entra em pauta o assunto do sexo científico.

É interessante frisar a frase : "Crescei e multiplicai", essa ordem, na Septuaginta grega "auxánesthe", ou "crescite" na Vulgata latina, não se refere a um crescimento físico, mas sim a uma evolução metafísica. O casal, relatado como sendo o primeiro, ou segundo certas correntes, os escolhidos entre duas tribos para dar origem à descendência humana, já era adulto e em perfeito estado de maturidade núbil, e a ordem não se trata de um crescimento animal e sim de um engrandecimento, uma magnificação humanóide.

Essa magnificação espiritual humanóide, sempre existiu em forma de uma semente potencial, porém a antiga animalidade instintiva prevaleceu sobre essa magnificação, a inteligência, baseada nos sentidos causou a perversão da libido sensorial intelectualizando-a, de modo que o indivíduo percebeu que a libido sexual poderia ser utilizada como um culto ao próprio ego, ao invés de uma ferramenta procriativa como acontece no mundo da natureza, esse fato poderia reportar-nos ao "pecado original".

O fruto proibido, aparece em grego como "xylon", em latim como "lignum". Reporta-nos o texto de que Eva viu que esse fruto era bom para comer, agradável aos olhos e de vez para ser provado. Essas três expressões em grego aparecem como "kalón", "arestón" e "horáion", que respectivamente o latim traduziu por "bonum", "pulchrum" e cujo "horáion" o latim não traduziu, mas reportou vagamente como "aspectu delectabile". Na Septuaginta grega, fiel tradução do original hebraico de Moisés, é "horáion hatanoesai", literalmente "Na hora certa ou de vez, para ser provado".

O Gênese reporta-nos Eva como sendo a protagonista de uma procriação animal, do mesmo modo que Adão recebera o sopro divino e Eva fora extraída de uma de suas costelas, podemos conceituar que Adão possuía o divino interior, enquanto Eva poderia ser tida como fruto de uma geração mais animal.

Mas para um melhor entendimento cognitivo, reportemo-nos ao ensinamento arcano:

"Depois de trezentos milhões de anos, a Terra voltou-se. Deitou-se de costas, e depois de lado. Gerou do seu próprio seio. Desenvolveu criaturas aquáticas, terríveis e más." (Livro de Dzyan. Estância II).

Os ensinamentos antigos reportam-nos que há aproximadamente dezoito milhões de anos, pois a data fornecida nas Tábuas bramânicas é de aproximadamente 18.619.793 anos atrás, foi alcançado um ponto em que evoluiu algo semelhante ao homem; mas não tinha pensamento, ou magnificação, pois nascera da Terra:

"A vida precisava de uma forma. Os antepassados deram-na. A vida precisava de um corpo físico; a Terra moldou-o. A vida precisava de um espírito de vida; os poderes solares deram-lhe forma. A vida precisava de um espelho para seu corpo. "Nós concedemo-lhe o nosso próprio", disseram os deuses. A vida precisava de um veículo de desejo. "Já o tem", disse o Drenador das Águas. Mas a vida precisava de um pensamento para abraçar o Universo. "Isso não podemos dar-lhe", disseram os antepassados. "Eu nunca o tive", disse o Espírito da Terra. "A forma seria consumida se eu desse o meu", respondeu o Grande Fogo. E assim o Homem permaneceu um vazio e insensível bhuta." (Livro de Dzyan. Estância V.)

Dizem então os antigos ensinamentos, que vieram então os "Senhores da Chama", os irmãos mais velhos, altamente aperfeiçoados, de um ramo mais antigo da família, dotados de infinita compaixão pelas criaturas que andavam às apalpadelas nas fumegantes florestas primitivas, seu sacrifício envolvia, senão o encarne, o desenvolvimento do embrião de alma de tais criaturas, e "O Sacrifício da Chama" se realizou e por milênios permaneceu.

Porém a medida que o homem primitivo desenvolvia o pensamento, ele também se transformava do andrógino original em homem e mulher, em dois corpos separados. Isso encontra sincronismo com o Gênese, de onde Eva fora retirada de uma costela de Adão, pela necessidade de uma companhia.

Podemos entender o instinto intelectualizado de Eva, se formos mais atrás no tempo reportando-nos novamente aos antigos ensinamentos, aparentemente a modificação sexual foi demasiado rápida para algumas criaturas, ainda nas fronteiras da consciência humana.

"Os animais separaram-se primeiro. Começaram a procriar. O homem dúplice também se separou. Disse ele: "Sejamos como eles; juntemo-nos e façamos criaturas" e assim o fizeram. E aqueles que não tinham a faísca tomaram enormes animais fêmeas para si. Nelas procriaram as raças mudas. Eles próprios eram mudos. Engendraram monstros. Uma raça de monstros disformes, cobertos de pêlos encarnados que andavam sobre quatro patas". (Estância VIII. 31).

De outros tópicos dos livros sacros consta que os filhos dos deuses se acasalaram com os filhos dos homens, e geraram uma raça de homens abrutalhados.

O desenvolvimento do embrião de alma, ou "O Sacrifício da Chama" pode ser síncrono com a magnificação espiritual, a aceleração do processo evolutivo através da kundalini.

Podemos então compreender que no Gênese a serpente simboliza a libido animal intelectualizada, e quanto ao fato de ser declarado que porão inimizade entre a serpente e a mulher, entre os descendentes da serpente e os descendentes da mulher podemos interpretar como descendentes da libido animal e de uma nova mulher, mais evoluída e voltada a concepção psico-espiritual.

O texto hebraico e o grego não diz que a mulher esmagará a cabeça da serpente, como afirma a Vulgata latina, mas refere-se que haverá duas humanidades até a plenitude dos tempos, a humanidade magnificada espreitará a cabeça da humanidade animal, e esta espreitará o calcanhar daquela.

Àqueles que possuem o conhecimento do Ritual Tântrico ou Maithuna, antes de qualquer prática alertamos que o que geralmente se encontra nos livros e outras fontes de informação são informações que devem ser levadas ao critério da meditação profunda para termos a certeza de que não se trata de informações falsas ou fantasiosas. As técnicas do maithuna pertencem à tradição denominada gupta vidya ou ciência secreta, e a alquimia sexual é para aqueles que obtiveram o grau desejado de purificação no desenvolvimento dos gestos reflexológicos, sintonização com o arquétipo, vocalização de sons e ultra-sons, domínio da bioenergia através de técnicas respiratórias, purificação das mucosas, posições psicofísicas, técnicas de desconcentração, concentração, meditação e outros exercícios mais profundos.

Conciliando todo o material, e separando os sicronismos podemos ainda assim conceituar que o casal deve estar em plena concordância de pensamentos, sentimentos e vontades, e afinidades psicológicas em todas as esferas do próprio psiquismo em perfeita harmonia com o parceiro e em harmonia com a natureza, não nos esquecendo que os drávidas eram vegetarianos e que o Bagavad-Gitã reporta: "Os animais podem matar outros animais vivos que não estarão incorrendo em pecado; mas se um homem mata um animal para satisfação de seu paladar incontrolável, ele deve ser responsável por violar as leis da natureza." Além de encontrarmos referências no Livro dos Mortos do Antigo Egito aconselhando à abster-se de alimentar-se de peixes, aves e animais, é preferível, àqueles que adentrarem neste campo uma dieta vegetariana preservando assim a natureza, não interferindo no karma do animal e não vinculando-se ao comércio do extermínio da vida natural em benefício à uma humanidade que pode saciar seu paladar em outras fontes, liberando assim as essências para seu ciclo natural, no cumprimento do próprio karma da criatura.

Alertamos também a nunca visar o parceiro como um mero instrumento de aprendizado o que seria um aspecto voltado à ego-satisfação, voltando-se sempre ao religare, para que as forças cósmicas, as emanações energéticas possam interagir de modo harmonioso entre o casal, e sempre com a fé necessária, a moral elevada e o amor elevado de modo a não atrair à esfera astral forças psíquicas desarmonizadoras.

O tântrico não procura apoderar-se do corpo nem do sexo do parceiro. Ele não pensa "É meu parceiro, sua sexualidade e seu sexo me pertencem". Ele percebe, na união tântrica, a expressão do Poder Criador Cósmico Suprapessoal.

Compreendam o significado mântrico OM SHIVA SHAKTI, cuja vibração representa a união perfeita entre o homem e a mulher.

SHAKTI simbolizada na figura feminina significa a Realidade Última. No tantra o homem não é o Sr. X ou a mulher a Sra. X. Ele é SHIVA, Ela é SHAKTI, no tantra é mais a Shakti do que o Shiva que capta e transmite os ritmos cósmicos, ambos devem impregnar-se de sua energia magnética, até que a vibração superior os invada, bastando para isso uma atenção calma, porém infalível, a tudo que se passa nos campos de pensamentos, sentimentos e vontades, e, a tudo que se passa no corpo e às trocas prânicas que se efetuam. Ele deve buscar respirar no ritmo da Shakti, isso é muito importante, então advirá a experiência, o acme psíquico, que deve ser controlado, ambos se retiram da prática antes do orgasmo físico, mantendo a mente no clímax culminando assim o êxtase psíco-espiritual, sendo de importância frisar que o contato físico é desnecessário segundo alguns conceitos, importando uma interação psico-energética voltada ao supra intelectual-emocional em todas as esferas do ser.

O casal é uma parcela da natureza, na meditação sobre os vórtices energéticos de ambos, na vocalização de mantras, na projeção imaginativa das cores e no coração transbordante de compaixão um para com o outro na certeza de conceber um "Filho do Homem" no intuito de regenerarem a raça humana, não que ela se encontre degenerada, pois tudo tem uma razão para existir, e se existem diferenças existem razões para isso, talvez por algum equívoco nosso, algo que tenhamos feito errado, ou algo que deixemos de fazer corretamente, mas é importante antes de adentrar em tal campo, ter-se magnificado interiormente, não para mostrar isso aos outros, mas na modéstia de um coração verdadeiro, e humildemente calado. O ato torna-se uma meditação profunda, na doação advém a troca prânica, mas se ambos vão inconscientemente ao sexo, torna-se um instrumento incontrolável nas mãos da evolução biológica, abrindo caminho desconhecido aonde ambos não se encontram verdadeiramente ali, como que postos de lado.

Fonte: http://br.geocities.com/templarios_do_graal_purpura/

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