Devemos acabar com os preconceitos religiosos, fazendo do lema "Fora da caridade não há salvação" nossa única bandeira
Os espíritos trabalhadores na linha de Umbanda, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que, infelizmente, nós encarnados ainda estamos demorando em aplicar. Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que no "mundo dos mortos" não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras, o que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom.
Baseado nisso, nos falam das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens que acabam se distanciando de Deus pela pretensão de se adonar d’Ele, impondo cada um, a "sua" verdade. As religiões ou os credos em geral ainda existem por necessidade de nossos espíritos, que encontram dentro de cada uma delas a melhor adaptação de "religar-se" ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre certos homens por questões religiosas, como se vivessem em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas "guerras santas". Como nos traduz o espírito Ramatís, "o rótulo religioso não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do espírito eterno."
Também nos dizem os bons espíritos que o homem erra mais por ignorância do que por maldade. Talvez por isso, ao cessar os tempos inquisitórios, jorram do mais alto, através de vários canais mediúnicos e por todos os cantos do planeta, muita informação vinda do Alto nos forçando à evolução. E se hoje, por força do ambiente energético denso da Terra, não é mais possível a descida de avatares entre nós, a bondade divina nos presenteia com Allan Kardec, com Zélio Fernandino de Moraes, com Francisco Cândido Xavier, além de outros espíritos iluminados, para retirar dos nossos olhos, o "véu de Isis". Mostrando de novo à humanidade terrena aquilo que havia sido roubado pelo interesse dos "religiosos" manipuladores. Provam a imortalidade da alma, a existência do mundo espiritual e a lei da reencarnação. Abrem novos horizontes através do concurso da mediunidade, que além de instruir, promove o socorro dos que, ainda no além-túmulo, ignoram sua condição de espíritos imortais ou se aproveitam disso para dar continuidade às práticas antifraternas de quando encarnados. O Espiritismo chegou para esclarecer e caridosamente auxiliar. A Umbanda e sua magia branca vem neutralizar as forças trevosas que insistem em conquistar a humanidade através da manipulação negativa dos elementos.
Na Umbanda, embora haja todo o ritual e simbologia, também existem os aspectos filosófico, científico e doutrinário, como no Espiritismo. Ambas promovem e priorizam a reforma íntima dos seres, ensinando o bem-viver para melhor morrer. Ambas foram inseridas no contexto do planeta num momento de extrema necessidade da humanidade, onde urge a higienização dos ambientes etéricos e astrais do planeta azul, na separação do joio e do trigo.
Diante deste contexto, respeitando os preceitos e linhas de pensamento de cada uma, é inconcebível que possa haver entre estas duas linhas – Espíritismo e Umbanda - qualquer espécie de antagonismo ou preconceito. É inconcebível, no homem moderno, a intolerância com a fé alheia. Principalmente nas linhas que se dizem cristãs, pois o exemplo do Mestre Jesus nos prova a todo instante que só existe um caminho, uma verdade e uma vida. Por enquanto, a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que a mentalidade universalista será plena. Então, haverá um só rebanho para um só pastor.
E como acontece no "andar de cima", formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a ferramenta mediunidade tem um só objetivo: - a caridade! Fora isso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.
Leni W. Saviscki psicografou o livro Causos de Umbanda, do espírito Vovó Maria Conga, publicado pela Editora do Conhecimento.
Atendimento apométrico
No atendimento de um caso onde se fez necessário o resgate de espíritos escravizados e aprisionados por mago negro instalado na sub crosta, dentro de caverna dividida em galerias, a ação da vibratória de Ogum se deu comandando os guardiões ( Exus) que impondo-se conseguem aquietar um ser animalesco que guarnecia a entrada.
No segundo momento, como numa operação estratégica de guerra, os "soldados" de Ogum, adentram, impedindo qualquer reação da falange trevosa, criando campo de força onde foram retidos. Com uma espada, onde reluziam símbolos aos moldes de pontos riscados, a entidade que chefiava separava os espíritos que podiam ser socorridos daqueles que deveriam seguir para os tribunais sob a regência de Xangô. Isso se dava pela colocação dessa espada sob o frontal de cada um, que num ato magístico dos mais puros, conforme o estado vibracional e mental do ser, acendiam ou não, os símbolos da espada. Os que estavam com condições de socorro, eram imediatamente transportados para fora da caverna, enquanto a mesma era limpa pelos elementais, após a retirada de todos os espíritos. Primeiro passavam as salamandras queimando o excedente de energias densas bem como toda matéria astralina que formava as galerias e celas. Após, as ondinas lavavam o local para só depois os gnomos em movimento ascendente, remexer o material rochoso fechando o local atrás de nós.
À medida que alcançávamos a saída e tínhamos acesso à luz, os espíritos socorridos, com seus corpos astrais em precárias condições, não suportando a luminosidade, adormeciam. Já fora dela, foram colocados sob a grama verde, formando um círculo. O local era um imenso campo aberto, iluminado pela luz da lua e ao investigar melhor podíamos perceber que tratava-se de uma fazenda onde aos fundos da paisagem, visível aos nossos olhos, estavam as construções físicas além de um cercado que prendia os cavalos. Espalhados pelo campo, em grande número, o gado dormia.
Podíamos observar que nossos acompanhantes espirituais, agora recolhiam o ectoplasma exalado pelo gado (*), que fluía em grande quantidade através de sua respiração. Fomos instruídos a incentivar os cavalos para que se movimentassem no cercado e, relinchando pudessem exalar maior e mais condensada energia que rapidamente era recolhida também. O material seria então usado para a recomposição mais imediata dos seres retirados da caverna.
Por que o ectoplasma usado no caso era dos animais e não dos humanos? Pela maior compatibilidade existente naquele momento, uma vez que os socorridos encontravam-se semi-animalizados devido ao longo tempo que permaneciam renitentes à reencarnação, submetidos à atração deteriorante que exerce a energia telúrica negativa sobre os corpos mais sutis, no caso o corpo astral, além do estado mental tomado por sentimento de vingança.
A medida em que recebiam os "enxertos" ectoplasmáticos, e recebiam nossas emanações energéticas de amor, aos poucos tomavam consciência e eram levados às alas hospitalares para o restante do tratamento.
No local onde os espíritos estavam deitados recebendo o tratamento, a grama ficou assinalada por uma mancha circular onde a grama, a nível físico, ficou queimada pela energia extremamente densa captada daqueles corpos energéticos.
Em nosso retorno, todos voltamos com a mesma idéia - a grama queimada num grande círculo, aliado ao movimento dos animais durante a noite, com certeza faria as pessoas pensar que lá estivera um "disco voador" durante a noite.
(*)Ectoplasma
Os tipos de ectoplasma
- Por Edvaldo Kulcheski -
... se o ectoplasma está relacionado com a matéria que constitui o corpo humano, ele deve existir também nos minerais, nas plantas e nos animais em geral. Em termos de complexidade, esse ectoplasma não deve ser igual ao existente nos seres humanos.
Em princípio, o ectoplasma mineral é o mais simples. Nos vegetais, que se alimentam principalmente de materiais inorgânicos, ele se apresenta de modo relativamente mais complexo, em virtude de ter sido trabalhado por eles a partir do material inicial. Já nos animais, que se alimentam de produtos minerais, vegetais e mesmo outros animais, o ectoplasma deve adquirir uma maior complexidade.
Assim, em função da espécie de vegetal ou animal, certamente haverá qualidades diferentes de ectoplasma. Essa dedução é fácil de ser feita, pois, ao que se sabe, o ectoplasma não-humano não é suficiente ou adequado para a realização de fenômenos físicos e de materialização, já que, se fosse, eles ocorreriam livremente pela manifestação de espíritos desencarnados. Haveria interferência direta destes no mundo dos encarnados, criando grande confusão.
No livro Espírito, Perispírito e Alma, Hernani GuimarãesAndrade propõe a existência dos seguintes tipos de ectoplasma: ectomineroplasma, originário dos materiais minerais; ectofitoplasma, extraído dos vegetais; ectozooplasma, produzido pelos animais; ectohumanoplasma, gerado pelos humanos. Mas para efeito de simplificação de terminologia, no sentido de tornar o significado mais acessível às pessoas, podemos dizer apenas ectoplasma mineral, vegetal, animal e humano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário